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É muita a informação de Tomar nesta edição d'O MIRANTE. Logo na primeira página temos a foto de António Cruz, novo director do CIRE, que acaba de tomar posse, uma chamada sobre os estragos do tornado nos Casais, outra sobre o assalto a quatro lojas do Centro Comercial Templários e uma local sobre o universário do bombeiros, este ano sem direito a festa, por causa da crise. Há ainda a foto dos reiseiros na Praça da República, a dos escuteiros de Cem Soldos na última página, bem como as piadas sobre Miguel Relvas n'O Mirante Cor de Rosa e no Cavaleiro Andante. Mas onde o jornal sobressai em relação aos dois outros da cidade é na reportagem sobre as declarações de Miguel Relvas durante o programa "À mesa do café" do último sábado. A Rádio Hertz convidou os jornais locais a estarem presentes, mas só O Mirante honrou o convite. Donde o facto de tanto o Cidade de Tomar como O Templário não publicarem qualquer referência às declarações de Relvas. Convenhamos que é bastante estranho. Sejam quais venham a ser as justificações. Mal vão as coisas quando os cidadãos têm de recorrer a semanários editados alhures para se manterem ao corrente daquilo que acontece na sua terra. E que ninguém veja nisto qualquer acusação ou ataque. Apenas alertamos para o que nos parece absurdo. |
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O TEMPLÁRIO dedica três páginas ao projecto para os terrenos dos Pegões. Na página 2 fica-se a saber que as previstas obras no edifício do turismo municipal só deverão começar depois da Festa dos Tabuleiros. Uma vez que o mesmo vai acontecer com a envolvente ao Convento, porque terá havido tanta pressa nos respectivos concursos e nas adjudicações? A falida firma FerroTemplários será vendida em hasta pública para pagar aos credores, lê-se na página três. Isabel Miliciano interroga a autarquia, num editorial na página 10, coisa assaz rara por estas bandas e por isso a merecer destaque. Na 13 anuncia-se que o peditório para Festa dos Tabuleiros arranca em Fevereiro. Numa terra cada vez mais enterrada na crise, com gente a necessitar de comida, não deixa de ser patusco fazer um peditório para uma festa destinada sobretudo aos turistas. Nas páginas 18 e 19 noticia-se que "Chuva "abençoou" Cantar dos Reis". Logo adiante fica-se a saber que em "Ferreira do Zêzere 10 grupos cantaram os Reis". Em resumo: tudo notícias palpitantes. A Lux ou a Caras não fazem melhor, podem os nossos leitores ter a certeza. Finalmente, na última página, "Obras já começaram na Rua de Coimbra". |
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CIDADE DE TOMAR abre com o assalto ao Centro Comercial, o recente concerto de solidariedade para com as vítimas do tornado e o balanço do Pelouro dos Bombeiros e Protecção Civil, apresentado pelo respectivo vereador responsável, o socialista Luís Ferreira. Na página 13, António Freitas aborda uma vez mais a questão dos funcionários da autarquia há anos à espera de serem promovidos, enquanto o Plano de Pormenor dos Pegões é noticiado na página 5. Na 6 refere-se a vinda de dirigentes da Casa do Concelho de Tomar em Lisboa, que visitaram casas atingidas pelo tornado, acompanhados pelo padre Mário. O programa "Praça Pública", que vai para o ar aos sábados na Rádio Cidade de Tomar e no qual participam representates do PSD, PS, IpT, CDU e BE, é objecto de uma resenha na página 10. Há também o habitual suplemento "Centro Desportivo", enquanto na última página podemos ler a Nota do Director e a reportagem sobre a usual Feira de Coleccionismo, habitualmente na Corredoura, mas agora transferida para a Alameda, enquanto não regressarem os dias de sol. |
Aos nossos leitores com mais vagar pedimos um favor. Leiam bem esta notícia, na página 30 de Cidade de Tomar, e informem-nos, por favor, em que terra se realiza afinal a anunciada Feira de Janeiro. Queríamos lá ir comprar uma Rosa do Ventos, para nos orientarmos, e uma Árvore das Patacas, para o mesmo fim. Mas assim, nem sabemos para que lado orientar o cavalo. Coisas que acontecem...
6 comentários:
Doutor António Rebelo:
Não faz referência ao artigo de opinião do Doutor Hugo Cristóvão, na página 12 do jornal Cidade de Tomar, que não deve ter passado despercebido a um observador e analista tão atento como o Senhor.
Se leu, terá ficado surpreendido, como certamente a maioria dos leitores. Como é possível um dirigente político local, que ambiciona chegar mais longe, ao mesmo tempo docente, escrever o que escreveu? Parece prosa de principiante. Estende-se no artigo repetindo “o presidente que eu quero” e a certa altura altera para “o presidente que eu queria”… Está, certamente, a adivinhar a decisão dos portugueses no dia 23 de Janeiro.
João Poças
O "patusco" não é a curiosidade de em tempo de crise se fazer um peditório "para uma festa destinada sobretudo aos turistas". Primeiro porque é uma marca de Tomar à qual muita gente, sobretudo comerciantes, ganha com isso! Mas para além de ser uma marca da nossa identidade enquanto tomrenses é das raras actividades culturais que referencia Tomar no mapa de Portugal e da Europa, e que trás centenas de milhar de visitantes ao concelho! Olhando para a história e prestígio da Festa, por tudo o que representa, o pitoresco é o facto de a Comissão ter que mendigar para angariar fundos num peditório com o objectivo realizar uma actividade que é de todos e deveria ser considerado patromónio imaterial de Tomar.
Para anónimo em 11:32
Afinal até você acaba por concordar que é patusco:"o pitoresco é a comissão ter que mendigar para angariar fundos..." Sem querer provocar ou ofender, que gosto muito da festa, sempre direi que a comissão só mendiga porque assim o quer. E pode muito bem acontecer que seja mesmo a última vez que tal sucede, pois é realmente um absurdo. E mais não digo, por agora. Boa sorte no peditório e podem contar com o meu óbolo, como é costume, que eu refilo mas pago...para poder continuar a refilar!
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Numa terra cada vez mais enterrada na crise, com gente a necessitar de comida, não deixa de ser patusco fazer um peditório para uma festa destinada sobretudo aos turistas.
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Ainda não vi ninguém na AM colocar em causa a Festa. Porque será?
Para anónimo em 18:57
O facto de ninguém da AM colocar em causa a Festa não significa grande coisa. Durante anos também ninguém colocou em causa a governação de António Paiva e agora é o que se vê, ouve e lê.
Na mesma linha, mas a outro nível, os militares também nunca tinham colocado em causa o governo de Marcelo Caetano antes do 17 de Março e do 25 de Abril.
Isto para já não mencionar o facto de milhões de pessoas continuarem a fumar, quando se sabe muito bem, e até consta dos maços de cigarros, que "fumar mata".
Já se anda a pôr em causa a realização da Festa dos Tabuleiro em nome da austeridade? Para quê? Para não faltar para os popós do senhor presidente e dos senhores vereadores?
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