A comunicação social portuguesa no seu todo está assim formatada que, sobre temas políticos à esquerda do PS, convém falar ou escrever o menos possível. E então quando se trata de países dirigidos por partidos comunistas (Coreia do Norte, Cuba, Laos, Nepal e Vietnam), o silêncio é de ouro.
Seria demasiado longo e enfadonho desfiar aqui tal novelo, pelo que nos parece que o melhor é ficar-se pela sua provada existência. Mas se vier a ser caso disso...
É outro o posicionamento dos profissionais da imprensa de referência estrangeira, que sempre procuram mostrar as grandes linhas da evolução deste mundo onde vivemos. Transcrevemos a seguir na íntegra -com a devida vénia e os nossos agradecimentos- o recente ponto da situação cubana, escrito pelo correspondente do EL PAIS em Havana, Maurício Vicent.
Raúl Castro: "Estamos à beira do precipício. Ou mudamos ou mergulhamos"
O presidente cubano admite perante os deputados "erros" cometidos em meio século de socialismo
"Ou Cuba muda ou afunda-se a revolução. Assim, simplesmente. Mais alto não o pôde dizer Raúl Castro, na sua última intervenção perante o parlamento, num discurso chave, muito crítico em relação aos "erros" cometidos durante meio século de socialismo. O presidente cubano disse que agora já passou o tempo de olhar para trás e que já não se pode esperar para acuar. "Ou mudamos ou esgota-se o tempo de ir vivendo à beira do abismo; mergulhamos e afundaremos connosco... ...o esforço de gerações" acrescentou, numa altura em que a ilha se prepara para o VI Congresso do Partido Comunista de Cuba, que deve abrir o país a um modelo de economia mista, com caa vez mais espaço para a economia privada e menos intervenção do Estado.
Castro expôs de forma severa a situação de crise que assola a ilha, e reconheceu que os dirigentes cubanos devem abandonar velhos métodos e implementar as mudanças, sem o que se hipotecará o futuro. "Trata-se simplesmente de transformar conceitos errados e insustentáveis acerca do socialismo, muito enraízados em amplos sectores da população durante anos, em consequência do excessivo enfoque paternalista, idealista e igualitarista, que considerou a revolução o altar da justiça social."
O governante cubano também não foi brando para com a actividade do Partido Comunista e dos seus quadros políticos, reconhecendo que a má vontade de alguns contribuiu para travar anteriores mudanças. "É necessário mudar a mentalidade dos quadros e de todos os compatriotas perante o novo cenário que começa a gora a delinear-se", acrescentou, depois de destacar que "o Partido Comunista deve dirigir e controlar, mas não interferir nas actividades do Governo, a nenhum nível". Castro prosseguiu, afirmando que as decisões do Governo devem cumprir e não converter-se em letra morta, como vem sendo habitual, insistindo que a repetição dos mesmos erros põe em risco "a existência da revolução".
O Presidente condenou igualmente a política do segredo, usada no passado pela revolução e sustentou que se deve "pôr em cima da mesa toda a informação e todos os argumentos que fundamentam cada decisão".
Agora, acrescentou Raúl Castro, é "vital explicar, fundamentar" as mudanças que vão ser introduzidas. E esclareceu que essas alterações são para tornar o socialismo sustentável; não para regressar ao capitalismo. A abertura e os incentivos à iniciativa privada, bem como ao trabalho independente são "irreversíveis", mas não se permitirá a acumulação de capital pelos proprietários. O planeamento continuará a ter a primazia, e não o mercado, mas abrir-se-á o dique dos câmbios."
Nota final de Tomar a dianteira:
Após 50 anos de partido único, de censura, de polícia política, de fome, de ajuda da URSS, de interdição de emigrar, mas também de injusto bloqueio americano, lá começam agora a entender que aquilo que tem de ser, tem realmente muita força.
Visitei Cuba de uma ponta à outra em 2007, durante 15 dias, acompanhado por um guia cubano, tendo falado com vários cubanos, sobretudo durante as visitas às igrejas. O principal lamento que ouvi foi que tinham fome.
-O que é que tudo isto tem a ver com a situação tomarense?! Nada, nada! Era só o que faltava! É só por dizer que, calhando, umas mudançazitas, por exemplo no secretismo das decisões, não calhariam nada mal... Se fosse possível, claro! Pois se agora até em Cuba...
Amigos centristas, laranjas, rosas, bloquistas ou camaradas comunistas
ResponderEliminarVotos de Feliz Natal (se puderem), e que 2011 supere as Vossas melhores expectativas.
A.A.
A raiz da decadência cubana está no colapso da União Soviética. Este país era e é tão rico em solo e materias primas que dava para manter o socialismo caseiro, o da Europa de Leste, o cubano e outros "com interesse estratégico". Financiar a "libertação dos povos" também.
ResponderEliminarHoje essa riqueza dá para os vários multimilionários que fazem alarde dos bens pessoais por essa Europa fora. O Chelsea de Abramovitch é um exemplo.O pais cliente nº1 de Rolls Royce é a Rússia.
Voltando a Cuba: prova-se que o turismo, mesmo de massas, não chega como actividade económica.
À atenção de alguns estrategos/ilusionistas(?) tomarenses.
Pedro Miguel
Estimado
ResponderEliminarEm Cuba concluíram que têm de mudar de paradigma.
Em Tomar vamos "enterrar" cerca de 3 milhões de euros do dinheiro de um orçamento exaurido, mais 6 milhões de fundos comunitários para uma obra, necessária, de requalificação dos lagares d'el rei e moagens, que Nao tem projecto museologico, onde, serão necessários de ingerir vários milhões que Nao temos.
Ora, se até Cuba aprende, porque Nao aprende Tomar?
É pena!
O labrosta Ff,vergonha dos maçons portugueses,brilhante aluno da Universidade Aberta (só se foi a analfabrutos),julga que INGERIR é sinónimo de INJECTAR...
ResponderEliminarQue "pobreza franciscana"...a do inculto e incompetente vereador "queiroseano" da nossa edilidade.
Mandem-no para a Universidade Sénior de Tomar...humorar o ambiente com as suas brilhantes calinadas.
O rapaz quer é dizer que foi universitário...
Tem complexos de,já na escola primária,ser conhecido como o BURRO...
Antigo aluno do Prof. Diamantino e colega do Burro,salvo seja.
MAs este tipo vem para aqui falar do quê? Acha que somos todos parvos como ele?
ResponderEliminar3 milhões?!
Mas ele não é vereador? Porque vem para aqui tentar fazer-nos de tolos?
Cada tiro...cada melro...!
ResponderEliminarMeus caros
ResponderEliminarObviamente que era desejo escrever INVESTIR, mas o corrector automático mudou para ingerir, o que naturalmente se percebe, tirando o habitual analfabeto anafado de serviço.
Sobre a questão do investimento em si mesmo considerado, veja-se se faz sentido manter uma obra onde vamos colocar cerca de 9 milhões de euros do nosso dinheiro (6 comunitários e mais 1,5+1,5 directos do município), quando continuamos sem dar arranjo ou solução para o ex-Convento de Santa Iria.
Avançar para uma obra daquela dimensão para um futuro "Museu", sem qualquer projecto museologico, que custará outros milhões?
Quantas vezes acham que o Vereador socialista, especialmente porque tutelou também os museus, não chamou a atenção para esse facto?
Faz sentido investir nisso, quando se retira verbas para a estratégia de promoção externa de Tomar, quando precisamos de induzir as visitas ao nosso Concelho?
Aceito que achem isso bem. Eu por mim não acho e não me cansarei de o repetir. É que há demasiados silêncios comprometidos na nossa terra...
Ó Ff !
ResponderEliminarAlém de bronco és petulante!
Até na pose fotográfica de grande labrosta,encadernado com paletó e gravata.
Vai às actas da CM e recapitula todas as enormidades a que deste o teu voto favorável.
A tua suposta "oposição" de última hora,pós-escorraçamento dos pelouros do turismo e cultura,ao elefante branco da Levada,é típica da tua postura de camaleão e de impostor sem escrúpulos.
Estás a sentir o chão a fugir-te...
Estás nervoso e desorientado...
Estás em grande risco de um jejuar prolongado e de...outros do teu quilate...te passarem a perna.
É a vida!...
Antigo colega do BURRO