Eis aqui, em todo o seu esplendor, a Venerável Casa da Ordem, que propiciou os meios e os homens que deram novos mundos ao Mundo. Já lá vão cinco séculos e como isso se nota!!! A juntar ao problema do alambor e do muro em betão, temos também o do Coro Manuelino. Aquela rapaziada do IGESPAR cismou que tem de ser limpo, incluindo a Janela do Capítulo. Debalde tenho escrito que se trata de uma monumental asneira, ainda por cima muito perigosa. Retirando a velha patine que protege os poros do calcáreo contra a poluição nomeadamente contra as chuvas ácidas, uma eventual limpeza provocará a médio prazo estragos irreparáveis. Além de não fazer qualquer sentido, tanto do ponto de vista histórico como esteticamente, ter uma construção com uma cor "nova", ao lado da Charola do século XII. Pois contra ventos e marés, perante a usual indolência dos tomarenses, avançaram com uma limpeza experimental, na verdade uma lavagem, bem visível na foto, entre a Charola e o primeiro botaréu. Custou perto de 100 mil euros, foi contratada por ajuste directo e foi a própria empresa que elaborou o caderno de encargos. Muito curioso, realmente. Mais curioso ainda é que tanto o IGESPAR como a directora interina do monumento têm insistido na existência de líquenes que danificam gravemente a pedra. Dado que a construção manuelina data de 1515 e não se lhe nota qualquer dano causado pelos musgos da patine, tudo indica que deverá tratar-se de algum fungo do tipo glutão, que terá aparecido um pouco por todo o país ao mesmo tempo que os fundos da União Europeia. Eis um caso muito interessante, tanto para os biólogos como para a minha prima Judite. |
Sem comentários:
Enviar um comentário