Um imprevisto problema informático afastou-nos do agradável convívio com os nossos leitores. Tanto bastou para os comentários resvalarem em direcção ao insulto, à calúnia, ao palavrão fora de contexto, aos textos sem propósito aparente. Para quê? É assim que tencionam fazer face à crise? Acham que é tratando mal os eleitos e/ou os candidatos, que vão conseguir mobilizar cidadãos competentes para iguais funções? São tão desprovidos, que não conseguem distinguir entre a crítica e o insulto, entre o humor e a grosseria, entre a piada e a grossa asneira?
Feita a necessária operação de higiene do blogue, continuemos então com coisas sérias.Um dia destes, um amável leitor foi lesto a corrigir-nos sobre o Daniel Cohn-Bendit, só porque tínhamos grafado Cohen. Até nos facultou, numa mensagem, a biografia do simpático ecologista alemão de formação francesa, obvimente sacada da Net. Para agradecer tal atitude e partindo do princípio que o nosso amável correspondente é um sincero admirador de "Dany le rouge", decidimos publicar quatro fotos, todas recentes, menos aquela que é o verdadeiro ícone de Maio de 68. Dany tinha então 23 anos. Os nossos leitores repararão decerto que, se a idade mudou e muito, o comportamento nem por isso. Demonstrando, na prática, que as coisas sérias -e até as muito sérias- se podem fazer com um amplo sorriso, mas sem ofender as pessoas. Igualmente sem aquele ar de "dia da paixão de Cristo", que constitui, por assim dizer, um traço de carácter dos políticos portugueses em geral.
(As fotos do nouvelobs.com, a quem agradecemos.)
8 comentários:
todos ( os velhotes dessa época… ) se lembrarão que a melhor propagação portuguesa a Daniel Cohn-Bendit, terá sido um rapaz – hoje sólida e burguesmente instalado nas cadeiras do poder – que nesses tumultuosos anos da década de sessenta do século passado, “ecologicamente”, dirigia os difíceis destinos da Academia de Coimbra, de seu nome, lembram-se certamente, Alberto Martins. (esse mesmo o Sr. Ministro!)
como as coisas mudaram para alguns, desde então!
e´ assim, noutras paragens, noutros climas, outros continuam, “com um sorriso”, a fazer, ecologicamente política; no torrão, esses puros d´outrora, hoje clonados pelo vírus do capital, aburguesam-se e tratam-nos mal…
de qualquer maneira:
“ os verdes vêem o futuro rosa; os rosas vêem o futuro negro”!...
até à vitória !
bakuunin
Você não estará a falar do Alberto Martins, deputado e líder de bancada do PS na Assembleia da República?
É que ministro Alberto há só o Costa da Justiça.
Quem ganha é o PSD e aguentem-se.
Anónimo da Parolada.
... é esse mesmo, o gajo!
não sendo ministro, vontade não lhe falta!
daí...
.... mas ele manda muito!...
( "esse mesmo o Sr. Ministro!")
...que, nesta seita dos boys, poucos se safam: virados, neo-burgueses, de capital-envergonhados,fascisados e fascisantes,... nenhum é como era dantes!
bakuunin
“Andavam uns cães esfaimados pelo campo quando, ao passarem por um rio, viram umas peles de animais à tona da água.
Como as não podiam alcançar, combinaram beber toda a água do rio.
Pensavam que, assim, poderiam chegar-lhes.
Beberam, beberam... e acabaram por rebentar!”*
...
*Fedro
É realmente uma estopada de primeira ter de ler algumas mensagens. Então vamos lá a factos. Os que continuaram na política e guinaram para a direita, de Alberto Martins a Durão Barroso, passando pela Zita e tantos outros, é tudo uma malandragem infrequentável, não é verdade? E os outros? Aqueles que nem mais para a direita, nem mais para a esquerda, nem mais para frente? É tudo malta fixe? Neste país, para se ser fixe é preciso estar mudo e quedo? E se aqueles que são tão lestos a criticar os que singraram por aqui e por ali, tomassem a iniciativa de se olharem ao espelho, questionando-se: Afinal que fiz eu de útil para a sociedade até agora? Criticar é fácil, o resto é que é cada vez mais complicado. E com críticas sem base, tipo palpite, já nem o futebol se aguenta, quanto mais agora a política!
Este é o Cohn, não o Cohen. Esse vai actuar no próximo dia 30 de Julho no Pavilhão Atlântico.
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