sexta-feira, 19 de junho de 2009

A CRISE E O CAMPISMO


Com o acentuar da crise por essa Europa fora, os reformados com mais capacidade tendem a debandar para o sul do continente, onde o clima é melhor, a vida é mais barata, há menos balbúrdia e mais segurança. Fazem-no geralmente em caravanas ou autocaravanas, maneira mais económica e recatada de efectuar estadas prolongadas onde mais lhes agrada. Aqui em Tomar, que já foi uma pausa importante nos seus périplos, há uns anos que deixaram de dispôr de instalações adequadas. Por isso é vê-los em qualquer sítio minimamente propício. Várzea Grande, Cerrada dos Cães, Largo do Mercado, Largo do Cemitério... Com um pequeno inconveniente para os restaurantes e o comércio local. Como só ficam uma noite, o suficiente para visitarem o Convento e para constatarem que não há instalações para os receber, nem chegam a ter tempo para visitarem a oferta privada local.

Conscientes deste triste estado de coisas, os eleitos da oposição tanto batalharam que lá conseguiram convencer a actual maioria autárquica a reabrir o Parque de Campismo. Desde então, as obras têm prosseguido, como já aqui se escreveu, infelizmente com pouco ritmo para o nosso gosto.

Inesperadamente, ou nem tanto, manifestou-se um outro problema, a ultrapassar antes da anunciada reabertura do parque, que segundo as nossas fontes deverá ocorrer lá para finais de Julho. Elementos do União de Tomar, que ocupa uma parte das instalações do parque, desde que foi despedido das demolidas bancadas do estádio, têm-se mostrado adversos a qualquer solução consensual. De acordo com informações recolhidas, as relações entre aqueles elementos e membros da autarquia tornaram-se de tal modo tensas que houve necessidade de uma conversa entre representantes unionistas e o presidente da câmara. Inesperadamente, Corvêlo de Sousa, que muitos dizem ser boa pessoa mas carecer de "pulso", adoptou um estilo calmo mas extremamente enérgico, que terá surpreendido agradavelmente alguns dos presentes e contribuído para fazer avançar as coisas. Oxalá que sim, porque pelo menos as carrinhas ainda por lá estão e aquilo não é propriamente um parque de estacionamento para clubes desportivos, mesmo tomarenses.

8 comentários:

Anónimo disse...

Ponto 1 - As obras decorrem, como afirmou, a passo de caracol. A mim quer-me parecer que estão a fazê-las esticar de molde a não permitir a utilização do parque de campismo durante esta época de férias. E depois das autárquicas cai a máscara de encerram-no...definitivamente.

Ponto 2 - Este parque de Tomar não é apenas procurado por reformados endinheirados. Também por cá aparece muita gente nova. Só no ano passado mandei para o parque da Golegâ, que é excelente, 4 autocaravanistas que por cá passaram ao engano, dos quais 3 eram gente bem nova (um dos casos era um jovem casal italiano em lua-de-mel).

Ponto 3 - Sendo esta câmara tão lesta a declarar interesse público ou interesse autárquico em tanta situação, porque espera para impôr-se neste caso aos senhores do União de Tomar.
Quero aqui deixar bem claro que sou um grande defensor do União de Tomar. Sou inclusivamente o autor de algumas das intervenções aqui deixadas noutras ocasiões em que mais "ferozmente" o União era defendiso, tendo qté sido atacado por isso mesmo. Mas considero que há limites e a ponderação deve imperar. Neste caso quem de direito da parte do União tem que perceber que há lugar a cedências, e da parte da câmara o seu presidente ficaria bem na fotografia se a sua instituição colaborasse com a outra parte no sentido de se arranjar uma solução inermédia que permita ao clube não ficar com os "cacaréus" na rua com se fosse despejado.

Dito isto, e em resumo, será para mim uma grande alegria ver reaberto DEFINITIVAMENTE, o parque municipal de campismo, e que ao mesmo tempo seja facultada ao União de Tomar a possibilidade de se alojar em condições dignas até se arranjar uma solução permanente.

Anónimo disse...

O campismo não é solução para o turismo, mas sim limpar a cidade, arranjar ou inventar lendas e factos para acirrar a curiosidade dos turistas, e proporcionar-lhes paz, tranquilidade, higiene, e pouca despesa. Tontos do raio, são mesmo brutos e ignorantes.

Anónimo disse...

A) O sr. já reparou? Os reformados do norte da Europa não precisam, como os nossos, da sopa dos pobres, tão pouco das excursões promovidas pelas “mairies” lá dos seus sítios.
Fantástico, não é sr. provedor da urbe?
Quem dera, aos reformados de cá, poderem também debandar, e irem instalar -se nos luxuosos hotéis das terras daqueles que invadem cá o burgo!
Era fantástico, não era?


B) Quanto ao vetusto União de Tomar, os seus dirigentes, actuais bem como todos os antecedentes, se tivessem um pouco de vergonha na cara, não reclamavam nada!
Faziam! (Já chega de viver à custa da Câmara!....)
Um clube que tem dezenas de anos de história e não tem onde cair morto, no mínimo, envergonha todos aqueles que o dirigiram e, dizem dirigir!
Ou “dirigir” é só motivo para ter fotografia no jornal!
Tempo houve, até demais, para (os dirigentes) tratarem e resolver os dossiers que ao clube e só ao clube dizem respeito. – Deixem de se pendurar na teta da Câmara! ….

Se quiséssemos um espelho para estas enguiçadas paragens, penso, podermos pôr os olhos no União de Tomar; nele veremos reflectidos todos os méritos, espírito de iniciativa, imaginação, criação, etc, etc, da gente mais dinamizadora (de boca) desta cidade do Nabão….

HC disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Mas se alguém tem culpa não são os dirigentes actuais, esses apanharam a merd* que os outros fizeram.
Um deles até se serviu do união para chegar a presidente de câmara e pelo menos outro tentou fazer o mesmo.
Talvez por isso o Paiva, sem saber bem o futuro, mas não fosse o diabo tecê-las, e por lá se criar mais algum adversário, aproveitou-se do labrego incompetente do Graça, e tentou acabar com aquilo de vez.

Anónimo disse...

Que a coisa nunca foi famosa lá isso é verdade!
Concordo!
(quer-se dizer, as direcções nunca existiram, nunca fizeram nada, nunca puseram um tijolo em pé.
Que é verdade é! Quem o desminta que apareça e o diga!)…

Se, em não sei quantas dezenas de anos de caminho coxeado, não conseguiram sequer amanhar um pequeno asilo para arrumação dos troféus ganhos com o SUOR dos ATLETAS, que direito lhes assiste para de um espaço propriedade do Município o quererem esbulhar para garagem das suas definhadas carretas?


(Pró diabo que os carregue, gentalha de incompetentes! (nem os dinheiros da Europa, em tantos anos, souberam cativar; onde andaram? A dormir? A dar entrevistas para os jornais a falar mal da Câmara? Ide-vos fecundar.!)


ACTUAL:
Mais e ainda outra vez ( quantas ao longo do infindável labirinto de anos sem nada se
ver feito ? ) estarão á espera do milagre camarário para ,também, ao que dizem
as boas línguas, – numa engendrada golpada imobiliária – armazenarem aquilo a que querem chamar a Sede do União num labirinto subterrâneo?!...
O erário público, também em Tomar, para refugiar um mirrado clube de futebol!

Que mais valias trás para o concelho? Zero! zero!

Montai banca no terrado do Flecheiro!



Bandeirola de canto.

Rodrigo Castro disse...

Bah. Aqui se vê o espírito das nossas gentes. Por causa de duas carrinhas cascam logo em cima do clube mais histórico da terra. Quantos miúdos passam lá os dias a treinar ? O que fariam nesse tempo livre se não estivessem a jogar futebol ? Provavelmente alguns desviavam-se do rumo certo e acabavam apanhados pelas armadilhas e vícios desta vida.

Para além do carácter social do clube, tem também carácter desportivo inegável. Se imensos clubes do país recebem rios de dinheiro das respectivas câmaras (v.g. Oliveirense, Sp. Covilhã, entre outros), porque não pode a CMT arranjar um espaço condigno para a União ? Não chega a bela obra que fizeram demolindo o estádio ? Acabando de vez com a possibilidade de um dia o clube se reerguer ?

Enfim, se todos os tomarenses fossem como os vimaranenses e apoiassem o clube da terra, talvez as coisas não chegassem a este ponto.

Rodrigo Castro

Anónimo disse...

Talvez a câmara não queira concorrencia. Para armar barraca não "há pai", e daí querer o parque só para si.