Diz o povo, com a sua consabida sabedoria, que "filho és, pai serás; conforme fizeres, assim acharás." Ou ainda: "Quem semeia ventos, colhe tempestades". Para já não falar no estafado "quem se põe a urinar contra o vento, corre sérios riscos de molhar as calças."
Conforme aqui foi dito e redito; conforme foi aventado em devido tempo em toda a comunicação social local; veio a ASAE, inspeccionou, e ordenou o encerramento do mercado municipal. Dezenas de vendedores e outros trabalhadores são assim atirados para o desemprego forçado, por tempo indeterminado. Perante tal lástima, Corvelo de Sousa disse em conferência de imprensa que a ASAE manifestou excesso de zelo ao ordenar o fecho daquelas instalações municipais. Está-se mesmo a ver, não está? A autarquia tem cumprido cabalmente as suas obrigações. A ASAE é que resolveu exagerar. Como sempre acontece neste desgraçado país, também neste caso a culpa é dos outros.
Incomodado (?) com a delicada situação social assim criada, Luís Ferreira, já desabafou: "Mercado fechado só demonstra necessidade de o município ser mais previdente e lesto a executar as decisões que são tomadas. Meses a mais..." (vamosporaqui.blogspot.com) Quem estava convencido de que a óbvia falta de ideias e de planos, a evidente inoperância do actual executivo e o previsto encerramento compulsivo do mercado municipal, provocariam a ruptura da estranha coligação, seguindo-se a desejada e cada vez mais necessária e urgente queda da actual maioria relativa...pode e terá de ir vender carne, peixe, fruta ou legumes para outro lado. O tacho é quem mais ordena!
Ficam igualmente avisados os entusiastas do futebol, tanto eleitores como eleitos, que na vida de todos nós -na política, portanto- não acontece como no desporto em geral, onde tanto faz que ganham uns como outros. Nas eleições o caso é bem mais sério, como mais uma vez fica demonstrado. Estão redondamente equivocados, e vivem noutra época, todos aqueles que resolvem plantar arbustos ornamentais, mas esperam depois vir a colher frutos.
Usando mais um ditado popular, desta vez em linguagem de tasca -"Quem tem telhados de vidro, mais cedo ou mais tarde acorda com um corno partido." É o que acaba de acontecer!
E agora ? Quem vai indemnizar todos os prejudicados pelo forçado encerramento do mercado? Os contribuintes, como sempre? Ou os autarcas, mais preocupados com a sua vidinha do que com a dos outros?
Bem diz o presidente do PS, Almeida Santos: "Tudo para os amigos, nada para os inimigos. Com os outros cumpre-se a Lei." Até quando?
15 comentários:
Num exercício do mais puro cinismo, o embuste que é o presidente da Câmara de Tomar, Corvêlo de Sousa, vem mostrar-se "bastante perorado" afirmando que espera encontrar em breve uma solução para os vendedores do mercado, gente honesta, trabalhadora, cuja economia dependia em muito daquele espaço, e que grande jeito davam a muita gente que procurava ali os seus alimentos em alternativa às chamadas grandes superfícies situadas na periferia da cidade.
Se se mantiver a tradição tomarense, bem poderão esperar sentados os vendedores do mercado, pois que este "em breve" vai de certeza transformar-se num "nunca mais"...que o digam os ciganos do Flecheiro a quem já foi prometida habitação condigna pelos mais enfarpelados e "dignos" governantes desta espécie de concelho.
Sabemos todos que para aquele espaço está projectada uma obra (mais uma de duvidosa acuidade) paulina, ao que se diz um Forum, certamente para albergar lojas dos trezentos, da Galinha Gorda, de Chinês, tascas de encostar a barriga ao balcão para venda de tinto a copo, e outras de marcas regionais-saloias, já que reza a lei do mercado que jojas de marca em Tomar nem daqui a 50 anos pelos motivos quer todos conhecem.
Parabéns ao sr. Paiva e seus robots colocados na câmara que assim podem alegar que até nem foram eles que fecharam ou mandaram fechar o Mercado Municipal. É mais um ícone da vivência tomarense que se vai.
Inexplicavel, incompreensível, indescritível e espantosa a situação a que chegou uma das mais prósperas e promissoras cidades portuguesas durante séculos. Tomar começa a ser um "case study" de decadência e desgoverno, sobretudo a partir de 1990. Este caso é a "cereja em cima do bolo" e não vale a pena disfarçar ou assobiar para o lado!
pedro.miguel
Ao Anónimo das 20H05,
Concerteza, tem razão com "o embuste que é o presidente da Câmara", é a ele que devem ser assacadas as responsabilidades. Só lhe resta pedir a demissão. O que é que anda lá a fazer? Pela leitura do post, parece que o fecho nem sequer é temporário (?).
E agora?
Mas aí pode andar marosca..., outros interesses. O espaço é grande, a localização é apetitosa.
E agora os vendedores vão para onde?
Este Mercado até devia ser visto como Património da cidade, devidamente modernizado.
Sinto muito.
Peço desculpa por fujir ao tema do Post, mas sendo levado pelo mesmo ao Blogue do Sr. Luís Ferreira, fiquei estupefacto pela maneira como se refere ao Presidente da República Portuguesa, em quem não votei, mas que é o mais alto magistrado do meu país, eleito democraticamente, a merecer o devido respeito.
Sendo o Sr. L.Ferreira um dirigente partidário, um autarca e mais não me lembro o quê (foi até assessor do G.Civil), não é admissível que a ele se refira como
"O SR. SILVA", à maneira de Alberto João Jardim lá da cadeira do seu trono. Fica mal, cai mal, é um contrasenso.
A "classe" política portuguesa anda mesmo tonta. É caso para dizer: "Parece que está tudo grosso"!
Tomar tem o que verdadeiramente merece.
O actual presidente, "include".
Vénia óbvia à abertura do comentário das 20:05.
Porquê?
Não se percebe a figura de espectadores que fomos há alguns meses aquando de idêntica acção da ASAE (não foi longe, não senhor, foi mesmo aquí ao lado...), para não haver iniciativa imediata de "bóra aí dar alguma dignidade e algumas condições aquele espaço, antes que os senhores inspectores se virem também práqui".
E depois fala-se de excesso de zelo???
Agora os culpados são os inspectores???
Abram os olhos, chiça!
SEXTA-FEIRA, 07:00H DA MANHÃ
Lá estou eu em pleno mercado para comprar o pãozinho caseiro que ainda se vai vendendo em Tomar. Polícia por todo o lado, o ex-bancário fraudulento em frenética, direi quase histérica, actividade falando com agentes da autoridade, comerciantes mais ou menos calmos, e um ou outro transeunte conhecido. O mercado fechado lembra uma fábrica que acabou de fechar portas. Alguns olham lá para dentro demoradamente dando tempo ao escorrer dos pensamentos confusos. Tristeza nos olhares é o denominador comum.
Tomar é vítima dos seus governantes que deviam ser atirados ao rio pela "populaça" se a oportunidade chegasse e o caldo das emoções fervesse...
As grandes superfícies vão facturar mais. À falta de alternativas é para lá que as pessoas se terão de virar. E os preços vão subir e muito. A subida dos impostos e a falta de concorrência assim o determinarão.
Entretanto, presidente, vereadores e demais responsáveis pelo definhamento da cidade continuarão a dormir no descanso que a sua falta de escrúpulos permite, e estranhamente a tal "populaça" continuará inerte, amorfa, à espera do próximo golpe do açougue.
Para o ano cá estaremos todos contentes e festeiros a animar a Festa dos senhores autarcas, passeio de virtudes, procissão de vaidades...
O Muro da Mijação já começa a ter inscrições! Bom trabalho! Palmas para os rapazinhos pinta-paredes! Estou deserto que a obra acabe para lá deixar a minha assinatura renal! Ainda por cima aquilo tem a vantagem de ser de dupla face...dum lado mija-se, do outro caga-se!!!
Até proponho que se coloquem uns suportes para papel higiénico com uma placa dizendo "senhor utente, não gaste para além do estritamente necessário"
E agora, para complicar, os comerciantes irão mover um processo contra a CMTomar por quebra contratual, perda de negócio e prejuizos causados.
E é bem feito. Só espero que vá direitinho ao bolso dos autarcas trapalhões e incompetentes que temos por cá.
P.M.
Meus amigos,
Deixem-se de tretas!
Quase toda a gente anda com as mãos untadas de manteiga, cada vez que falam com o autarca-presidente-formal!
Há anos que escrevo a dizer (porque recuso o diz-que-diz) que o Corvelo é uma incompetente! Como presidente é uma formalidade (Já o era como vereador)!
Curiosamente, as conversas de café iam todas nesse sentido. Mas, quando se trata de assumir com clareza o que pensamos e que até verificamos no dia-a-dia, aí é que a porca torce o rabo!!!
A cida de Tomar converteu-se (para ser mais preciso: as pessoas!) há muito tempo, na cidade da hipocrisia, na cidade da blasfémia, na cidade da ignomínia, enfim, tanto haveria a dizer. Mas um dia...!!!
Apetece-me contar-vos aquela história que já tem basbas: "certo dia, uma senhora de bem passava no Martim Moniz e ao cruzar-se com uma prostituta, esta diz:
- Olha a puta, tem a mania que é séria!
A senhora, indignada, acelarou o passo e desapareceu.
Inspirados nesta história, andam por aí uns rapazolas (que não aguentam com duas bofetadas) que agem de modo parecido como forma de afastar da contenda...aqueles que não se assustam com tais cerimónias, e, para bem desta Terra, e para mal dos pecados dos pobres de espírito, assumem de corpo inteiro os deveres e os direitos de cidadania.
Há por aí gente que vai cuspindo para o ar até o dia em que todo o cuspe lhes vai cair em cima!!!
A História da vida é como o azeite, vem sempre à tona da água!
José Soares
A Câmara de Tomar está irrespirável.
Alguns autarcas, que nunca passaram de moços de recado, ameaçam os funcionários que não lhes lambe as botas com a seguinte frase: "Eu fui eleito!" E eu digo: puta que pariu para os eleitos que são indignos dos lugares que ocupam!
Acabei de ler uma notícia no pasquim local "Cidade de Tomar" que dá conta da intenção, encabeçada pelo sr. Carrão, de transformar o espaço entre o campo de borracha da bola paulino e os escombros paulinos do Mouchão numa área permanente para festas de sardinhentos, sopeireiros, cervejeiros e demais morfadores.
Não me surpreende que a ideia tenha surgido do sr. Carrão. É um aldeão com pretenções a citadino que saiu da aldeia há muito tempo mas trouxe a aldeia consigo. E como é hábito nas aldeias usarem os espaços mais ou menos centrais para as festas, vai de aplicar a receita aqui em Tomar a um espaço que foi intervencionado para um determinado fim mas que agora, pelos vistos com a aceitação geral na câmara, prostituído para outro fim.
Também não me espanta a anuência do sr. Pedro Marques. Foi, a seu tempo, um dos principais mentores do fim do cine-esplanada, encerrando o local e posteriormente "oferecendo-o" ao União de Tomar para sardinhadas e festas de bêbedos. Também foi no consulado do sr. Pedro Marques que a Mata dos Sete Montes era frequentemente usada para patuscadas tribais de certos partidos políticos da nossa arena, indo o desrespeito pelo local ao ponto de por lá permanecerem ad aeternum os assadores e resíduos decorrentes das festarolas.
Voltando à "vaca fria" temos assim que o espaço que o senhor ex-vereador Ivo Santos tanto queria consagrar à sua inefável "Praça Sony" à la Tomarense tem fortes possibilidades de se transformar na "taberna da coxa" ao ar livre, com a inevitável escorrência para o rio de lixo, fluidos corporais, refluxos e outros que aos leitores ocorram, música de cordel a metro e o sempre folclórico cortejo de bêbedos e outras espécies raras que povoam este vale (Green was the Valley)...
Estamos a ir bem para o destino que se adivinha! Cada dia...cada cavadela...cada minhoca!!!
Os tomarenses quando foram avisados sobre o esperado encerramento das grandes empresas disseram que não ia acontecer, porque o Governo não deixaria, o Cavaco punha cá dinheiro "porque é um gajo porreiro", as empresas eram de importância regional, etc.
As empresas fecharam.
Sobre as ameaças do Plano Rodoviário Nacional, os tomarenses não ligaram.
Sobre a possibilidade de encerramento do Mercado Municipal há quem tenha afirmado que tal não ia acontecer, a ASAE não se atreveria...
Sobre as ameaças que pairam sobre o ramal de Tomar, dizem que elas não existem...
Sobre o esvaziamento do Hospital de Tomar, não é problema, porque o Hospital não pode encerrar...
Sobre o futuro das Conservatórias ninguém fala, mas olhem que há novidades (ler meu artigo no Templário sobre o assunto). Os mesmos que diziam que as Conservatórias não podiam acabar, são quem agora diz que elas vão acabar. O que há de verdade ?
Sobre o futuro do IPT ninguém fala...
E a Messe Militar ? Também há desenvolvimentos.
Sobre Tomar não se fala.
Voltemos ao Mercado. Este é um ícone de Tomar, e um exemplo sobre a arquitectura de época.
Durante anos comprei o peixe que aqui consumia no Mercado de Algés. Há algum tempo atrás descobri que, ao Sábado, há uma senhora que vende bom peixe em Tomar. Passei a comprá-lo a ela. E agora ?
Em democracia a Soberania, o poder supremo, está no Povo. Como a responsabilidade não se transmite, a responsabilidade é do Povo.
SÉRGIO MARTINS
Por tudo isto promoveu o PS em 2007 um amplo movimento de recolha de sugestões, no âmbito da discussão publica do Plano de Pormenor do Flecheiro e Mercado, em defesa do Mercado Municipal. No ano antrior haviamproposto uma alteração ao orçamento para contemplar obras urgentes no Mercado Municipal, muito antes dos independentes se lembrarem sequer disso.
Já neste mandato e tb por nossa (PS) insistência e após o amplo consenso que havia sido estabelecido entre td os que haviam concorrido às eleições o nosso Concelho, iniciou-se a elaboração do programa de trabalhos para intervenção no Mercado, que viria a ser presente a reunião de câmara em março e de que se aguardava o inicio desde então, dentro da programação de trabalhos realizada pelos serviços respectivos.
Entretanto a ASAE veio fazer onseu trabalho, pó que agora nos compete a nós fazer o que devíamos ter feito algures nos últimos 20 anos (mandatos do Pedro e Paiva incluídos): CONSTRUIR UM NOVO MERCADO NA SuA Actual LOCALIZAção.
Apetece relembrar um velho slogan dos alentejanos a propósito da Barragem de Alqueva: CONSTRUAM-ME PORRA!
Está mesmo na altura de nos deixarmos de conversas e fazer o que deve ser feito:
1- Convidar empresa de imediato para feitura de caderno de encargos para lançamento de concurso publico internacional, ao abrigo do DL 18/2008;
2- Lançar desde já mãos à obra e resolver as questões levantadas pela notificação da ASAE, para manter aquela insfraestrutura o minimo tempo encerrada;
3-Indemnizar se for caso disso alguns dos comerciantes directamente afectados, de forma a minimizar o impacto económico na viabilidade das suas micro-empresas;
4-lançar o concurso para a construção do novo Mercado.
Menos conversa e mais acções, é o que precisamos.
E ter, se me permitem, uma visão positiva sobre o nosso devir futuro. "Não conheço nenhum pessimista que tenha ganho uma guerra", dizia um célebre comandante.
Ó Luis, não sejas porco! Durante a campanha foste um dos que se disse a favor do encerramento do Mercado alegando que se deveria construir noutro lado! Alinhaste com os que defendiam o seu encerramento. Não venhas agora dar o dito por não dito e chorar lágrimas de crocodilo sobre o assunto!
Tomar tem o que merece quando meteu escumalha ordinária desta na câmara.
Sr. Rebelo, sei que esta intervenção é um bocado dura, mas agradeço que a publique. Assumo as consequências.
Conheço um pessimista que ganhou uma guerra, o marechal Russo que derrotou Napoleão. Recomenda-se a leitura do "Guerra e Paz " de Tolstoi, para ver como ele teve de combater o optimismo dos imaturos oficiais russos e o optimismo dos franceses.
Os generais optimistas que perderam guerras são aos molhos, recordemos a guerra colonial portuguesa, as guerras da Indochina e do Vietname, e esperemos pelo resultado das do Afeganistão e do Iraque...
Como escreveu um psicanalista, o optimista é irmão do louco, ambos vivem fechados sobre si próprios e esquecem a realidade.
Os "políticos" não serão irmãos dos loucos ?
Não é por acaso que a expressão "optimismo lorpa" é universal.
SÉRGIO MARTINS
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