COLABORAÇÃO DA PAPELARIA CLIPNETO LDA.
O MIRANTE continua a sua campanha de demolição política do vereador Luís Ferreira, por razões que falta apurar. Verdade seja dita que o nosso prezado conterrâneo também parece ter uma tendência para se pôr a jeito. Desta vez, trata-se do protocolo celebrado com a Associação Portuguesa de Turismo Cutural, APTC pela bagatela de 4.500 euros por mês. Ao que consta, o Instituto Politécnico de Tomar estará igualmente envolvido no referido acordo, assim a modos que como garante da qualidade das prestações, uma vez que os signatários (pelo menos alguns) são licenciados em Turismo Cultural por aquele estabelecimento de ensino. Terá sido mesmo um docente do IPT, que se auto-intitula "especialista de turismo", sem nunca esclarecer, todavia, qual ou quais as Universidades que lhe outorgaram tal especialidade, a recomendar os membros da dita associação e a subscrição do citado protocolo.
Acontece que o presidente da APTC, anterior colaborador de Cidade de Tomar, está a ser julgado no tribunal de Santarém, por abuso de confiança, cometido quando trabalhava como comercial para O MIRANTE. Donde, eventualmente, a chamada de primeira página e a notícia da página 34.
Palavra puxa palavra, a vingança é um prato que deve ser comido sempre frio, a ocasião era assim demasiado tentadora, pelo que a redacção do semanário sediado na Chamusca nem hesitou. Convenhamos, no entanto, com um sorriso amarelo, que como bem diz o povo, tudo o que é demais parece mal.
O TEMPLÁRIO faz manchete com o insólito caso do incêndio nocturno na Venda da Gaita, que permitiu descobrir uma estufa para a cultura de cannabis, uma elevada quantia em dinheiro, balanças e pelo menos uma arma de fogo. Tudo num pavilhão que pertenceu em tempos à Tomarplac, uma sociedade entretanto falida, cujo património foi vendido em hasta pública. Ao que consta na cidade, era um negócio já à escala industrial, com actividade sobretudo nocturna, segundo alguns vizinhos. Os proprietários e/ou gerentes ausentaram-se à pressa, antes da chegada dos bombeiros. Malvada terra, onde já nem se pode trabalhar à vontade pela calada da noite.
Também no semanário de José Gaio, reportagem fotográfica do passeio-comezaina-tintol para 850 séniores, tudo à conta dos contribuintes, bem como duas páginas sobre a Gala de Acordeon de Ferreira do Zêzere, ao que parece um grande êxito. Relevo igualmente para uma "Carta aberta ao Presidente da Câmara", em linguagem cordata mas nada amena, subscrita por José Alberto. A demonstrar que não é só em Tomar a dianteira que há descontentes. Os outros é que por enquanto ainda não arranjaram alento para dar a cara e o peito às balas...
CIDADE DE TOMAR destaca igualmente o caso da estufa candestina de droga, a que acima nos referimos. Na nossa opinião, a peça mais importante está, porém, na última página e refere-se ao estado lastimável da Calçada de S. Tiago. Sem qualquer iluminação e a aguardar a reparação do pavimento desde há quase 400 anos, mete dó. E quando se pensa que a Câmara acaba de gastar perto de 400 mil euros na propalada ligação Cidade-Castelo pela Mata, que nem sequer lhe pertence, e por onde ninguém passa, dá a ideia que os senhores autarcas não vivem nesta terra nem neste mundo.
Outro caso insólito é o do cidadão que pagou quase 4 contos por um ramal de água dos SMAS, em 1997, e até hoje nada. Continua sem água. Mas nós é que somos uns malvados. Sempre a dizer mal!
Uma nota final para o simpático quinzenário "DESPERTAR DO ZÊZERE", editado e impresso em Tomar, que por mero acaso recebeos hoje. Na primeira página e a verde ficam os tomarenses a saber que afinal a gala musical de amanhã e depois, não passa da segunda edição do espectáculo de Ferreira do Zêzere, com os mesmos artistas e tudo. Para que não restem dúvidas, o jornal dirigido pelo nosso prezado amigo Joaquim Ribeiro, conclui assim a sua reportagem: "Para quem perdeu este espectáculo pode assistir em Tomar à 1ª Gala Internacional de Acordeão dos Templários, no Cine-Teatro Paraíso, nos dias 1 e 2 de Outubro."
Por acaso nunca constou que os templários tenham sido acordeonistas, ou admiradores destes, mas pronto! É o que há! E nada de refilar, que já é bem bom. Ou não? O Infante D. Henrique também está à porta da Mata, apesar de nunca ter sido guarda florestal.