Constituiu um indiscutível sucesso popular o 1º Festival de Estátuas Vivas. De acordo com informações que reputamos credíveis, custará aos cofres municipais algo como 40 mil euros. Mas foi uma excelente jornada de festa, de animação e de promoção. Lá isso foi!
Tomar a dianteira andou por aí a indagar. Tarefa difícil, numa triste terrinha onde quase todos murmuram que "o calado foi a Lisboa e veio e não pagou nada", para se fecharem em copas. A saca-rolhas, lá se conseguiu apurar, mediante prévia garantia de absoluto sigilo, que um dos restaurantes locais facturou mais ou menos 350 refeições nos dois dias. Bem bom! Façamos então as contas. 350 x 20 euros = 7.000 x 25% de impostos = 1750 euros. Sejamos generosos e admitamos que tera havido dez estabelecimentos nas mesmas condições. Teremos então uma receita global de 17.500 que acabará por chegar aos cofres camarários. Não é mau, não senhor. Mas está longe, muito longe, de cobrir as despesas. Pelo que, quanto mais eventos fazemos seguindo este modelo, mais pobres vamos ficando. Exagero? Não nos façam rir. Por um lado, é muito duvidoso que tenha havido dez estrabelecimentos com um total apurado de 7 mil euros cada um, nos dois dias. Era bom era! Por outro lado, à receita bruta apurada há que subtraír os custos, que são elevados, sendo os impostos (excepto o IVA) sobre os lucros. Enfim, não nos iludamos -Os cafés da Corredoura terão feito excelente negócio, sobretudo o Pepe e as Estrelas. Ainda bem. Mas convém não esquecer que no domingo, à hora de maior movimento, a esplanada do Noite e Sol, por exemplo, tinha 3 clientes...
Significa isto que, numa altura em que até os cavernículas irmãos Castro, após terem sacrificado dramaticamente os cubanos, (que até passaram e passam muita fome), durante mais de 50 anos, admitem agora que afinal o sistema não funciona, tendo decidido despedir um milhão de funcionários públicos, numa população de 10 milhões; numa altura em que até os suecos, exemplo sempre citado da boa social-democracia, votaram maioritariamente à direita, tendo até mandadado para o parlamento, pela primeira vez, gente de extrema-direita; enquanto isto, dizíamos, o nosso optimista congénito, o primeiro-ministro Sócrates, insiste no Estado Social. Fingindo ignorar que começa a não haver dinheiro para o pagar. Poder, a quanto obrigas!
Perante tal exemplo, o orientador técnico da equipa camarária nabantina, Miguel Relvas, vai jogando ao mesmo tempo em dois tabuleiros. Em Lisboa insiste com o governo para que reduza as despesas e faça reformas estruturais. Em Tomar vai aconselhando que gastemn quanto mais melhor, em telemóveis de 350 euros cada, automóveis de gama média alta, computadores pessoais, passeios/comezainas à borla, subsídios chorudos com força, eventos com fartura e à borla, publicidade e promoção quanto mais melhor. É preciso é conseguir aguentar até 2013, que nessa altura os eleitores serão fáceis de enrolar...como é costume!
Entretanto, quando uma empresa privada, modesta mas activa e corajosa, ousa avançar com uma realização tendo em vista o debate público dos problemas locais, o vereador do PSD não apareceu, "por motivos pessoais inadiáveis". O senhor Relvas também não. Os cabotinos do costume lastimaram amargamente o facto de não poderem aparecer mais uma vez. E não apareceram sequer na sala. Assistiram à roda de 90 cidadãos, entre os quais vários eleitos do PSD e do PS, bem como o presidente do PSD local, um ou outro eleito dos IpT...e os valentões do costume.
Para estes últimos, aquilo foi uma seca. Não se aproveitou mesmo nada. O que não surpreende, porque agora até as aulas são cá uma seca!...
Há depois os que dizem ter ficado decepcionados. Uns porque esperavam ouvir apresentar planos milagrosos, quando não havia condições para tal, nem existem planos desses; outros porque "aquilo nem sequer chegou a aquecer". Seja! Pois vão ter agora uma excelente e rara oportunidade para "aquecer". Na quinta-feira, dia 30 de Setembro, a partir das 15 horas, realiza-se uma das raras e obrigatórias sessões da Assembleia Municipal, o parlamento tomarense. Excelente ocasião para os referidos valentões exercitarem os seus conhecidos e afamados recursos oratórios. Aqui fica o desafio.
Caso não queiram arriscar, como é costume; se o salão nobre estiver cheio; se nos convidarem a falar em nome dos presentes, não nos negaremos. Mas só nessas circunstâncias. Porque seria ridículo falar em nome dos tomarenses...ausentes "por motivos pessoais inadiáveis". E bem conhecidos, cumpre acrescentar!
20 comentários:
Sr. rebelo,
Acha que o vereador do PSD conseguiria dizer alguma coisa de jeito e de modo a que toda a gente entendesse o seu discurso? Como já alguém disse, ele brindou-nos com a sua ausência, a melhor opção que poderia ter tomado.
Esteve muito bem composta de público o anfiteatro da biblioteca municipal para o debate sobre a ruína tomarense.
Os bolinhos fizeram milagres...
Tarde mal passada, sesta mal feita.
Acordar assim, com tanta asia, a disparar contra tudo e contar todos, só pode dar mau resultado...
Apesar de ainda faltar tanto tempo, não se esqueçam de no dia 30 de NOVEMBRO comparecer na Assembleia Municipal.
O Amigo Prof Rebelo (sem a companhia dos outros dois comentadores, ao que se sabe) lá estará para questionar em nome do povão!
Boas contas.
Infelizmente, tudo soa a ressabiamento...
O que se deveria discutir é que plano para publicitar, divulgar e colocar Tomar no mapa. Esta acção resultou em pleno. Ao contrário de outras. Agora estar já a pedir resultados positivos, mais do que precipitado revela falta de decoro político.
O lacrau gordo
Bem disse que a iniciativa das estatuas ia dar em nada. Prejuízos sobre prejuízos.Enfim...uma pena! Não compreendo é como os cidadãos concelhios são tão volúveis no exercício do voto. Quanto à diferenciação do comportamento dos políticos já sabemos que nunca falam aquilo que pensam e esperam sempre que os outros façam por eles. Querem o poleirito para ver se conseguem ter algum posicionamento associativo ilicito para ganhar uns cobres para ter deleites que a esmagadora maioria não pode ter, mas que clamam que a eles ela tem direito. Nada mais ilusorio e elucidativo do Estado em que estamos metidos. Não deixo de elogiar o autor do blogue que propoe ao livre arbitrio das mentes comentadoras o exercício de reflectir sobre todas estas artimanhas que cada vez mais enterram o prestigio social e a dignidade dos cidadãos.
Cumprimentos.
JSR
" Assistiram à roda de 90 cidadãos, entre os quais vários eleitos do PSD e do PS, bem como o presidente do PSD local, um ou outro eleito dos IpT...e os valentões do costume.
Para estes últimos, aquilo foi uma seca. Não se aproveitou mesmo nada. O que não surpreende, porque agora até as aulas são cá uma seca!... "
Esta última parte, que refere o horário de aprendizagem, é, no nosso ponto de vista, uma indirecta aos três elementos que, apesar de jovens, representaram a Frente Nacional do PNR de Tomar no debate(?) de sábado.
Como tal, não podemos deixar de nos insurgir contra tais afirmações. Não achámos o debate uma seca, bem pelo contrário. Foi, aliás, uma boa palhaçada à boa maneira tomarense: falou-se muito e não se disse nada. E as poucas propostas apresentadas deixavam perplexos qualquer indivíduo com dois palmos de testa. Daí que os três jovens, um deles de calções, sim, porque não fora previamente avisado que era necessário fato de gala, resolveram abandonar a sala e demonstrar assim o seu descontentamento perante os "velhos do restelo" que, ao sabor do sistema, se vão regalando a eles e afundando o povo.
Por Tomar, Por Portugal, PNR SEMPRE PRESENTE !
PNR - Podes Não Responder
Como se fosse preciso trazer estátuas de fora para fazer um festival!!!
É sempre a mesma coisa! A galinha da vizinha é melhor que a minha!!!
Não serviam as estátuas que a gente tem na câmara? Oçlhem que não é qualquer paços do Concelho que se pode gabar de possuir uma estatuária de tamanho gabarito!!!
Quinta-feira(dia de trabalho)15 horas(hora de trabalho)?
Á muitas pessoas no desemprego, mas não abusem.
Na biblioteca foi muito pouco divulgado, mesmo assim estavam lá 90 pessoas.
Se por acaso, ainda não se deram conta, no futuro quem vai ter de pagar estes disparates todos, somos nós.
Porque acaba este mandato, vem outro presindente, mas as dividas ficam e alguém tem de as pagar.
Caro Professor, tinha a intenção de deixar aqui um comentário alargado sobre o debate realizado no sábado, no auditória da Biblioteca Municipal, por iniciativa da Rádio Hertz, mas perdi a vontade. Não deixo de dizer, no entanto, na minha maneira de ver, que valeu a pena. E felicito-o pela sua habital frontalidade! Quanto ao que já vi escrito por aqui, cada um é livre de dizer o que quer... e cada um avalia como entender. Quem esteve, portou-se cordatamente e deu um bom exemplo de cidadania; quem não esteve não fez falta. Agora, porque perdi a vontade de ser mais longo: lê-se hoje no jornal 'i' - citado na Net - que "o ramo de transporte aéreo da TAP, que inclui pilotos, tripulação e manutenção, tem um total de 171 chefes, os quais ganham, em média 4,4 mil euros brutos por mês". E na REFER, segundo a mesma fonte, há 158 chefes para 3500 operários. Num País em que os pobres continuam a ser os mais penalizados, isto brada aos céus. Pedia ao Professor, apesar de não ser o Provedor do Povo, que dissesse alguma coisa acerca disto. Para onde caminhamos?
Cordialmente,
Roberto Torres
Se podíamos não responder ? Lá isso podíamos. Mas não é da nossa índole deixar de participar activamente na política local e nacional, pois sabemos muito bem quais os nossos direitos, mas principalmente os nossos deveres enquanto cidadãos.
Por Thomar, Por Portugal, PNR SEMPRE PRESENTE !
Cerca de 90 pessoas!?
Não, foram 122 pessoas que estiveram presentes na Biblioteca Municipal.
Rapaziada, abram os olhos.
Os que escutaram o debate da Hertz não foram só os 122 que estiveram na Biblioteca. Sejam modernos. Não se esquecam dos 500 on line, dos 250 pelo vídeo, e dos milhares pela Rádio. Foi um sucesso!
Pena foi que não tivesse sido introduzido o tema das parcerias no Concelho. Entre a CMT e outros agentes. Olhem que há muito a explorar, e a esperar...
Antes do debate começar, o Luís Ferreira foi cumprimentar o Dr. Sérgio Martins. Este no final despediu-se daquele. Há anos que não se cumprimentavam. Anda mouro na costa ?
Olhem bem para as movimentações que estão a ocorrer em Tomar, à volta da CMT, dos Partidos políticos, da Misericórdia, do Turismo, e de outras coisas. Grandes são as surpresas em movimento. Esperem e verão. Saber ver é uma virtude.
O debate posia ter dado mais...
Um tomarenses atento.
Esta é mesmo uma terra da porra (com vossa desculpa e respeito, mas a coisa vale o vernáculo)!
Há que ser, ou tentar ser, intelectualmente sério!
Arrazoar sobre um assunto só para o denegrir, tem um nome, que evito - e mais vale ficar calado.
Abjurar que o sucesso das estátuas, não foi um dos acontecimentos do ano em Tomar, é negar a evidência; e esta, meus caros, é como o azeite, ao de cima vem sem por ele puxar…
Querer valorizar o que de positivo resultou para as terras nabantinas numas avaras contas de multiplicar e transformar repastos em tostões, é desejar tapar o sol com a peneira; impossível!
Não se negue o óbvio:
A coisa resultou;
O povão gostou;
Vieram aos muitos milhares;
Outros, viram e ouviram, de Tomar, nesta janela global;
Mais outros, ainda, hão-de vir, por isto e por muito o mais que isto deixou e levou a enxergar.
Sejamos rectos e não digamos mal quando razão não há.
As estátuas foram um acontecimento; quantos forasteiros aos milhares, abarcaram a Tomar e levaram Tomar com desejo de voltar?
Não são proveitos directos? Sê-lo-ão, com certeza e com juros, indirectos e em grande.
O resto, o resto é despeito, inveja, maldizer, ferruncho, zelotipia, dor de corno…
Esta é que é esta!
Que venham mais!
figurantedavaranda
A verdadeira bravura lusitana não se compadece com a cobardia do esconderijo e do anonimato. Se quer ser uma verdadeiro cidadão participativo na sociedade, não se esconda ! Vivemos em democracia, pode sair do armário.
Eu sugiro para Tomar um festival de rapidinhas...
Ao figurantedavaranda:
O seu estilo de prosa não nos é estranho e merece-nos todo o respeito. Acontece que Tomar a dianteira não denegriu nem deixou de denegrir o evento das estátuas. Limitámo-nos a fazer contas, pois é extremamente fácil a generosidade com o dinheiro dos outros.E com o dos contribuintes, nem é bom falar!
Que o festival tenha atraído bastante público, é um facto; que rendeu para alguns estabelecimentos, é um facto; que podia ter rendido muito mais com outro formato, também é um facto. Infelizmente ainda não se conseguiu por estas bandas banir certas práticas dignas do "socialismo real", como essa de divertimentos, passeatas e comezainas gratuitas para todos, por exemplo. Ou os automóveis novos e os telemóveis topo de gama...
Alega que foi uma excelente promoção de Tomar. Temos fundadas dúvidas. Quem deseja voltar a uma cidade porca, mal cuidada, sem sinalização capaz, sem adequadas estruturas de acolhimento e sem instalações sanitárias? Para quem tenha mundo, não passamos de uma aldeola encardida e tosca, com uns indígenas assaz patuscos.Estão quase na miséria mas continuam armados em ricos. Promoção a longo prazo? "A longo prazo estaremos todos mortos", disse Keynes.
Cordialmente,
A.R.
É só comparar:
na Biblioteca as cinco estátuas vivas dos vivos arrastaram 5o/6o espectadores;
da Praceta à Ponte Velha, Corredoura, Praça da República, Castelo as verdadeiras estátuas vivas dos mortos trouxeram à Cidade milhares de pessoas.
Os mortos-vivos não atraem, os vivos-mortos sim!
Claro que para o Barão da Trofa cheiram a mofo e são muito antigos, o modernaço é que é bom!!!!!!!!
Vocês distraem-se do importante e a gestão do concelho, está no bom caminho, as decisões da câmara permitem um futuro melhor, as soluções para o convento de Santa Iria e ex colégio feminino já está a caminho, o centro histórico com o largo do Pelourinho como cartão de visita esta bem, as entradas de Tomar estão bem, a limpeza da cidade está bem, o mercado está bem, as dificuldades a quem pretende construir esta bem. Tenham atenção ao importante meus senhores.
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