Foto Rádio Hertz, com a devida vénia e os nossos agradecimentos.
É hoje, a partir das 15 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, que vamos ter mais uma oportunidade de participar de forma cidadã na vida política local. É hoje, que vamos ficar a saber se os eleitores tomarenses estão a mudar, ou cada vez mais na mesma. É hoje que se poderá constatar se os cidadãos da cidade e do concelho estão mesmo indignados, ou se é só conversa. É hoje, finalmente, que podemos mostrar na prática se estamos interessados em ajudar a construir o nosso futuro, tanto individual como colectivo, ou se continuamos fatalistas, a pensar que o que "está escrito" não tem remédio.
Que ninguém se desculpe com o facto de não haver porta-voz. Já basta a reunião ter sido convocada a uma hora em que a maioria dos eleitores estão a trabalhar. Como é evidente, para se poder falar em nome dos tomarenses, são indispensáveis pelo menos duas condições -Que quem fala seja tomarense e que os seus conterrâneos estejam presentes em grande número. Caso contrário fácil seria retorquir-lhe -Diz falar em nome dos tomarenses. Onde é que eles estão? Passaram-lhe alguma procuração?
Caso se consiga realmente um "ajuntamento" de cidadãs e cidadãos, eis as questões que poderão ser colocadas ao senhor presidente da Assembleia, tomarense por opção e amante da sua terra adoptiva: 1- Em Lisboa, exige ao governo que reduza as despesas, e tem toda a razão. Aqui em Tomar, orienta a sua maioria no sentido de esbanjar quanto mais melhor. Pode explicar esta sua dualidade de critérios? 2 - No caso do ex-Estádio, como no Largo do Pelourinho, nunca até agora conseguiram acabar as obras. Porquê? Quem as projectou? Quem as preparou para adjudicação? Quem elaborou os respectivos cadernos de encargos? Quem os aprovou? 3 - Até agora, a Câmara fechou os sanitários de S. Gregório, da Rua da Fábrica, da Calçada de S. Tiago, do Mercado e da Cerrada dos Cães, tendo demolido os do Mouchão, do Cine Esplanada e da Mata. Nestas condições com que argumentos resolveu custear casas de banho de luxo nas traseiras de Santa Maria, que ninguém usa, e na Mata, que nem sequer pertence à autarquia? 4 - A tenda do mercado era para estar aberta uma semana depois, segundo declarou o senhor presidente. Já lá vão mais de 3 meses e continua fechada. Pior ainda, como não dispõe de ventilação nem de ar condicionado, no próximo Verão, ou até antes, terá de fechar outra vez para remodelação, pois ninguém lá vai aguentar dentro com a canícula estival. 5 - Com anos e anos de tarimba política, designadamente na Assembleia da República, o senhor conseguiu ver aprovada neste parlamento local uma ditatorial e ridícula grelha de tempos, com todo o aspecto de uma banda adesiva, para impedir os deputados de falar. Como explica a sua atitude? Tem medo do que a oposição pudesse vi a dizer? 6 - Continuando a série de obras extravagantes, como a adulteração do Mouchão, a Ponte Mouchão-campo de treinos, a destruição do Estádio e do Parque das Merendas, a destruição do Cine-Esplanada, a construção de campos de ténis onde não há quem jogue, e de pistas de atletismo onde não há quem pratique, a remodelação da rotunda a partir de um projecto que ninguém entende, nem mesmo os que o aprovaram, o horrível paredão e o inútil deck, que mutilaram toda aquela margem do rio. Após todos estes disparates, e muito mais, fala-se agora na Envolvente ao Convento, com um parque de estacionamento para autocarros junto à fachada norte do monumento, no qual os veículos ficarão com os escapes praticamente encostados à parede com mais de 400 anos. Fala-se também no realojamento dos ciganos na Zona Industrial, o que é não só condenável como ilegal e nefasto para quem já lá está instalado. Fala-se finalmente no megalómano Museu Polinucleado da Levada, coisa para mais de 6 milhões de euros, fora os trabalhos a mais e outras alcavalas. Tendo em conta o presente clima de austeridade, que está apenas a começar, na qualidade de orientador técnico da actual maioria de cirunstância, o que pensa o senhor presidente de tudo isto?
Cada um por si, não vamos a lado nenhum. Juntos podemos ir até ao fim do Mundo.
18 comentários:
Ó Rebelo. Vai organizando as ideias, os papeis, arregimentando companheiros e nas próximas eleições arranha umas assinaturas e concorre às eleições. Aí podes fazer todas essas perguntas e entar que alguém te ligue, mas pelo menos passas a ter legitimidade para as fazeres.
Prof. Rebelo
Acho muito bem a iniciativa, espero que apareçam muitos munícipes. Eu próprio em mandatos anteriores lá estive sozinho, outras vezes com uma ou duas pessoas a assistir à Assembleia e sempre lamentei que isso acontecesse.
Claro que acho hilariantes alguns dos comentários que alguns colocam, especialmente sabendo que alguns estão lá como actores na Assembleia. É aliás um exercício anti-stress que tenho há anos. Ler comentários de blogues.
Em todo o caso o propósito deste comentário é para lhe chamar a atenção a um pormenor formal. As questões são colocadas ao Presidente da Câmara, não ao da Assembleia.
até mais logo, cumprimentos.
Meu caro Dr. António Rebelo,
Lá estaremos e espero ir bem aacompanhado.
Este gesto é de uma importância enorme para o exercício da cidadania, seria bom que as pessoas que vivem em Tomar correspondessem.
Estou em crer que, apesar da descrença que reina nas gentes boas que são apenas vítimas da sua própria inércia, as que têm coragem para estar e dar a cara vão ter o agradecimento daqueles que por razões várias preferem a ausência.
Se estivermos bem representados, na próximo, se houver próxima, seremos muitos mais.
José Soares
Foram detidos na passada terça-feira dois ilustres conterrâneos por alegadamente estarem envolvidos num gang que se dedicava ao assalto a carrinhas de transporte de tabaco. Estes tomarenses habitam no Flecheiro e são as mais recentes vítimas de racismo por parte das autoridades.
Nada leva a supor que sejam culpados, até porque levam uma vida descansada. Recebem RSI, abono de família, alimentos e roupas da Caritas, etc, etc, etc...
Como se não bastasse, e para que a vida lhes corra prazenteira, vão ser presenteados por todos nós com casa, água e luz grátis. Com um bocadinho de sorte e algum alarido também receberão transporte de e para casa à borla.
Vivem desafogadamente a tal ponto que consomem o excesso de liquidez queimando gasolina e gasóleo todo o dia e boa parte da noite acelerando os motores dos carros que possuem, a meias com a ingestão massiva de «cerveja e outras bebidas, fazendo gincanas e piões para gáudio dos habitantes das redondezas que assim têm motivo de entretenimento, e dos proprietários das lojas que, à falta de clientes, vão pelo menos entretendo o tempo a limpar o pó levantado por tais actividades.
É bom viver em Tomar! Resta saber quem é afinal a minoria...
'Bom' retrato de uma cidade (e o resto do concelho?)que já foi pujante na indústria e no comércio. Gente competente do passado deve estar às voltas no 'espaço' que Deus reserva a todos para sempre...
Zé da Ponte
Para anónimo em 09:19
Pela linguagem, sou levado a pensar que nos conhecemos. Mal, pelos vistos. Caso contrário, seria evidente que não escrevo para me ligarem, mas apenas para memória futura.
Quanto à legitimidade, qualquer eleitor a tem para fazer perguntas. Faz parte dos seus direitos de cidadania, como contrapartida ao pagamento de impostos e, no meu caso, ao cumprimento das obrigações militares para com a pátria.
Ignorar isto,após 36 anos de democracia, dá-me que pensar.
Cordialmente,
A.R.
Prezado amigo Cristóvão:
Obrigado pelo comentário, que peço licença para contestar em parte. Em qualquer parlamento livre, como é o caso (enfim, quase...), as perguntas devem ser sempre endereçadas, oralmente ou por escrito, ao presidente do órgão. Ele é que depois tem de decidir quem responde, consoante a natureza das perguntas. O presidente da câmara apenas responde a eventuais questões dos deputados da assembleia, uma vez debitada a sua habitual informação. Nunca a perguntas do público, excepto nas reuniões do executivo.
Cordialmente,
António Rebelo
Começou entretanto a alegre destruição daquele "não-sei-quê" de vidro colocado no Mouchão, de que nunca se descortinou finalidade. Constatei-o hoje! A vadiagem tomarense nocturna já tratou de partir um painel de vidro. É fácil adivinhar os episódios seguintes. A pouco e pouco vai o resto.
Tal como tenho vindo a dizer aqui e ali sempre que a oportunidade surge, o vandalismo instituido em Tomar mostra-se pujante, e sobretudo incólume perante a justiça. Nem polícia nem autoridades civis parecem sequer reconhecer o fenómeno. Só o aldeão Carrão, provável futuro presidente desta treta toda, tem vindo aqui e ali a denunciar os casos, mas apenas realçando o custo que o vandalismo implica. Não se mostra preocupado com o aspecto social subjacente, ou então não possui agilidade mental para aflorar o tema segundo esa vertente.
A única vez que polícia e Câmara se conjugaram foi para reforço das coimas por infracções de trânsito, a pedido do ex-edil Paulino, o Paiva da Trofa, aquando da abertura das catacumbas pagas à hora para estacionamento.
Cada um tem a terra que merece...
Ao que isto chegou!! A Assembleia Municipal parece um recreio... Cada um fala para seu lado, cada um vai fumar o cigarrito quando lhe apetece, não está respeito por quem está no uso da palavra e ainda há deputados, para além de vereadores, que nem põem lá os pés. O CDS, por exemplo, não esteve representado. O que esperar de alguém que nem de Tomar é... Mas há coisas piores: há quem se alimente em plena sessão!! Mas chegámos onde?? Então mas alguém já viu algum deputado ou ministro comer em pleno parlamento?? Mas não há respeito?? Que bandalheira!
Oh Prof. Rebelo, lá estive entre o (pouco) público à espera de ouvir a sua voz timbrada a pedir a palavra ao Sr. Presidente da Assembleia Municipal e, no uso dela, ser o porta voz dos problemas e dos anseios dos seus conterrâneos!
Mas, nada aconteceu! Rigorosamente NADA!
Foi um flop, um balão que mal encheu logo rebentou!
Foi pena!
Ouvi alguns srs. deputados municipais lamentarem-se desiludidos com a sua ausência.
Para a próxima há mais!, dirá!!!!
Mas ........
Para anónimo em 20:47
Obrigado pelo seu comentário e pelo seu sacrifício em prol da causa pública. Limitei-me a proceder como aqui escrevi. Visto que não havia eleitores em número suficiente, calcei os patins e regressei a casa. Por enquanto ainda tenho a noção do ridículo que seria pôr-me a falar em nome dos tomarenses, com apenas meia dúzia a assistir. Enquanto os cidadãos destas bandas persistirem em não aprender nem esquecer nada, vamos continuar a afundar-nos.Haja paciência e coragem!
Cordialmente,
A.R.
Sr. Prof. Rebelo, para quando o comentário ao que assistiu na assembleia.
Os leitores merecem esse esforço.\Valeu?
A vereadora Graça Costa dos Independentes por Tomar a Comer em plena assembleia Municipal.
Ha! Parece que só lá esteve para comer e depois saiu...Comeu nos dois sentidos, o lanche e o cachê!
Caro Dr. Rebelo, já aqui algumas vezes dei nota do seu voluntarismo na defesa de Tomar e nas suas ideias politicas, pró socialista. Mas é com algum lamento que continuo a ver que você na sua sincera luta por Tomar, ainda embarca em irrealismos. Se a rapaziada que vota fosse participativa e interessada na gestão do Município, não vê que não votavam nestes tipos, que dão cabo do património e do dinheiro publico. Se a rapaziada que vota fosse consciente da má qualidade dos nossos autarcas, já tinha realizado uma acção de despejo da câmara. Como é que você queria que alguém fosse á Assembleia Municipal. É ai que eu lamento a questão, porque os Tomarenses carregam com a albarda, que constroem eles próprios. Então a Assembleia não tem lá vários da oposição, ao casal (PSD/PS), e esses não estão legitimados também para defender os interesses do concelho? Meu caro você ainda não deu conta que os seus PS, são os principais culpados da actual situação.
Onde andam agora os Independentes? Querem eles gerir o concelho? Nem há respeito por uma sessão da assembleia municipal! Onde já se viu uma vereadora a comer em plena reunião??? Mas ninguém lhe chamou a atenção porquê?? Mas chegámos onde?
Compete ao Presidente da Mesa da Assembleia, tanto quanto julgo, impôr disciplina e honorabilidade às sessões a que preside. Se não o faz revela também ele baixa plataforma moral e cívica. Aliás, se Tomar está no fundo não é por acaso. É porque as gentes que acolhe no ser regaço não valem nem o ar que respiram...
A vereadora, ciente de que as medidas do Socrates (assim a meias com o Coelho de Passos) vai fazer a malta passar muita fominha, tratou de se aviar e vai daí tratou de morfar o que havia e enquanto há!
O Relvas estava a brincar com o iPad e ao telemóvel e nem sequer se apercebeu, porque caso contrário ainda lhe pedia um pouco de bolo para trincar.
No aproveitar e na hora é que está o ganho!!!!
Estivéssem lá voçês e apanhassem o bolo a jeito, que marchava todo, assim à la Cavaco (comendo, cantando e rindo)!!!!
Vai lá vai!
eh! eh! eh!
Invejosos!!!!!!!
Labreguices....
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