De tanto se falar/escrever sobre a crise, tudo indica que os portugueses começam a estar acomodados, excepto talvez os desempregados e respectivas famílias próximas. Os outros lá vão fazendo a vidinha do costume, agora muito mais preocupados com a Liga de Futebol Profissional do que com os problemas da economia local ou nacional. Resolvemos por isso publicar hoje e amanhã de manhã dois textos que de algum modo fazem o ponto da situação. Decidimos também não identificar o ou os autores respectivos, com o intuito de que os nossos leitores se interessam pela mensagem e não pela autoria. Pensamos que um dos nossos grandes problemas é o da fulanização. Na próxima terça-feira à noite publicaremos o BI de cada uma das referidas peças. Até lá ficamos a aguardar os sempre pertinentes e apreciados comentários dos nossos amáveis e pacientes seguidores.
O REGRESSO DA BOA E DA MÁ DÍVIDA NA ZONA EURO
Bastou o medo de uma nova recessão da economia mundial para que as taxas de juro dos títulos do tesouro da Irlanda e de Portugal tenham levantado voo, rumo a cumes nunca atingidos. Para os países da zona euro em má situação financeira, o problema subsiste. Serão capazes de criar condições para uma retoma suficiente, mantendo simultaneamente o controlo das finanças públicas? Devem declarar falência? Ou aceitar ajuda exterior?
Em qualquer caso, a zona euro começa a assemelhar-se a uma auto-estrada com três vias. Na mais rápida circulam a Alemanha, a França, a Bélgica, a Holanda e o Luxemburgo. Os juros dos respectivos títulos da dívida pública a 10 anos são inferiores a 3% ao ano. Na via intermédia encontramos a Espanha e a Itália, com juros à volta de 4% para os mesmos títulos e prazos. Finalmente, na via para veículos lentos, rodam Portugal e a Irlanda, com taxas da ordem dos 6% anuais. Com juros de 11,5%, a Grécia foi forçada a parar na faixa de socorro, onde está a ser ajudada pelos mecânicos da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional.
Quarta-feira 8 de Setembro não foi um dia feliz, nem para Portugal, nem para a Irlanda, nem para a Grécia. É verdade que Portugal conseguiu colocar, aparentemente sem dificuldades de maior, mais um empréstimo de estado. Contudo, a respectiva taxa de juro subiu vertiginosamente, até atingir 5,97%, bastante superior aos 4,17% do precedente empréstimo, em Março passado. Com uma dívida pública de mais de 90% do PIB, prevista para 2011, e um histórico de crescimento bastante raquítico, os portugueses vão ter de batalhar seriamente para alcançar o equilíbrio financeiro.
No mesmo dia, a Irlanda anunciou a divisão do Banco Anglo Irish, sem indicar todavia qual o montante da factura final para o estado. O governo já lá injectou até agora quase 23 mil milhões de euros -qualquer coisa como 14% do PIB-que contudo não parecem suficientes. O astronómico custo dos auxílios estatais aos bancos explica a assustadora subida do défice orçamental irlandês, que vai atingir 20% em 2010 e 10% em 2011, de acordo com as melhores previsões. Mas há pelo menos um aspecto favorável: Aumentam as exportações, o que permite pensar que a Irlanda é bastante competitiva para ultrapassar a presente crise pelo crescimento económico. Deverá, ainda assim, acelerar a redução das despesas públicas.
Na Grécia, nem sequer as exportações aumentaram. Pelo contrário. Baixaram 4,6% no segundo trimestre deste ano. O consumo interno vai pelo mesmo caminho. Na passada quarta-feira, uma correcção previsional aumentou a contracção do PIB, entre o primeiro e o segundo trimestre, para -1,8%. Quanto ao PIB anual, de acordo com as melhores fontes, poderá recuar acima de 4% em 2010.
Habitualmente, nos países em crise, a desvalorização da moeda restabelece a competitividade e a subsequente saúde económica. Acontece, porém, que a Grécia e os outros países em crise que integram a zona euro, manietados pelo colete de forças da moeda única, continuam demasiado caros. Dado o montante do auxílio que a União Europeia está pronta a consentir, a presente situação poderá prolongar-se por vários anos. Para os investidores serão sem qualquer dúvida anos de grandes incertezas.
10 comentários:
Os nossos economistas são uns curtidos. Isto é Frasquilhos, comentadores e a "malta" das reformas douradas. Primeiro deliciavam-se com a Irlanda, o bom aluno (como diria Cavaco, "o das 3 pensões"), o país dos investimentos certos e grande crescimento económico! Veio a crise e a Irlanda foi "apanhada". Depois, a delícia, o bom exemplo da Irlanda que cortou 15% na função pública (ninguem dizendo que lá o salário mínimo é superior a 1200 euros). Afinal agora vê-se que a Irlanda tem vindo a pagar sempre um juro mais alto que Portugal! E que pode ser a "Grécia que se segue"!
Importam-se de estudar os assuntos e não fazer dos portugueses remediados e pobres burros?
Pedro Miguel
REBELO PODES EXPLICAR UMA COISA AOS TEUS LEITORES?
ENTÃO CÁ VAI: SE PERCEBES TANTO DE ECONOMIA POLÍTICA COMO VEJO QUE PERCEBES POIS NEM METADE DO QUE ESCREVES EU PERCEBO ENTÃO PORQUE É QUE NUNCA FOSTE CONSULTOR DE PEDRO MARQUES, ANTÓNIO PAIVA, DUPLO-QUEIXO, RELVAS OU CORVÊLO DE SOUSA?
DAS DUAS UMA OU ÉS UMA GRANDE FRAUDE OU ELES SÃO GRANDES LOGROS LOCAIS.
VAMOS VER SE TENS CORAGEM DE RESPONDER SEM OFENDER AS PESSOAS ACIMA CITADAS.
MEGA MASSA PRO!
Para Mega Massa Pro:
Fui chefe da divisão socio-cultural da Câmara, durante 8 meses, no tempo de Pedro Marques. Concluí que, naquele contexto, não havia condições. Apresentei a demissão. Pedro Marques aceitou. Continuamos a conversar normalmente, quando nos encontramos. Nunca confundo um cidadão com a política que faz no cargo que ocupa.
Não tenho feitio para colaborar com qualquer dos citados, pois nunca dou o corpo à curva. Por saberem isso muito bem, também nunca me convidaram. Graças a Deus!
Talvez quando estiverem com a água pelo queixo...
Cordialmente,
António Rebelo
Para Mega Massa Pro - 2
Colaborei com a Câmara AD de Amândio Murta e Duarte Nuno de Vasconcelos (Onde isso já vai!). Idealizei o dossier, depois aprovado em Friburgo, pela UNESCO que permitiu atribuir ao Convento de Cristo o estatuto de Património da Humanidade. Fui o autor do relatório, depois aprovado em conselho de ministros, que transferiu o Convento de Cristo da Fazenda Pública para o IPPAAR, antecessor do actual IGESPAR. Defendi em Santarém perante os presidentes ou representantes de todos os municípios do distrito a posição de Tomar sobre a Comissão Regional de Turismo, que acabou por ser instalada em Tomar, quando o destino inicial era Santarém.
Em todos estes casos, e nalguns outros, acabei depois por ser atraiçoado. A ideia inicial foi sendo alterada segundo as conveniências de quem se seguiu e foi comendo à custa. Trabalhei sempre à borla, em prol do concelho. Por exemplo o Convento era para ser gerido pela autarquia. Acabou por depender do Ministério da Cultura, cujo ministro e fundador era Lucas Pires, do CDS. Por acaso o vereador e vice-presidente tomarense, Duarte Nuno, também era do CDS. Coisas...
Fui claro?
Cordialmente,
A.R.
Claro Sr. Pedro Miguel. A outra parte dos factos não interessa nada. Apenas interessa que nos considerem os malandros da Europa.
Os portugueses não podem ser burros, porque o burro é um animal inteligente...
O burro até é o símbolo de um partido político americano.
Como o romeiro, os portugueses não são ninguém.
Carlinhos
CLARO E MUITO BEM CLARO!
AGRADEÇO O FLASHBACK E CONFIRMA-SE, PARA MIM, QUEM SÃO OS LOGROS POIS NEM PRECISO DE OUVIR OS OUTROS.
SEM BEM QUE QUEM PENSA PELA SUA CABEÇA E TEM A COLUNA VERTICAL NÃO SERVINDO OS "INTERESSEIROS" NEM OS INTERESSES DOS LOGROS... NÃO "PRESTA".
MEGA MASSA PRO!
Malvada neurose...MMP não tem mesmo emenda. Está a falar de quê e para quem?
"Malvada neurose...MMP não tem mesmo emenda. Está a falar de quê e para quem?"
OH ATRASADO NÃO É FALAR É ESCREVER.
ESCREVO PARA ANTÓNIO REBELO E SOBRE AQUILO QUE TE CARACTERIZA - IMCOMPETÊNCIA.
POR ISSO O CONCELHO ESTÁ ASSIM HÁ 20 E TAL ANOS - UM ANTRO DE ATRASOS E ATRASADOS AOS QUAIS PERTENCES.
MEGA MASSA PRO!
Não sei porquê mas algo me diz que este mega mass pro anda muito oferecido.
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