Permitam uma pinceladazinha de cultura, que fica sempre bem num domingo à noite. Até facilita a queda nos braços de Morfeu.
Numa altura em que tanto se fala de turismo aqui em Tomar, pareceu-nos conveniente abordar a dicotomia turismo/TURISMO.
As três ilustrações supra mostram as filas que se formam junto às muralhas vaticanas a partir das 7 da manhã. Às 8 abrem-se as portas de acesso às bilheteiras para visitar o Museu do Vaticano, incluindo a Capela Sistina, onde se reúne o conclave para eleição do Papa. Esportulados 15 euros por cabeça, pode-se começar a visita.
Após um longo mas interessantíssimo percurso, consegue-se entrar finalmente na Capela Sistina, cujo aspecto geral é sempre este. Durante a época alta do turismo, (Junho, Julho, Agosto, Setembro), por aqui passam diariamente cerca de 40 mil visitantes.
Na parede da esquerda, pinturas de Botticelli, Ghirlangaio e Rosselli. No tecto e ao fundo (Julgamento Final) obras de Miguel Ângelo.
Com alguma paciência e com uma máquina provida de visor articulado, sempre se consegue fotografar o essencial do Julgamento Final, sem a multidão de visitantes.
-E que temos nós a ver com tudo isso? Pensará o nosso leitor que nos seguiu até aqui. Alguma coisinha, patrício; alguma coisinha!
Se clicar sobre a ilustração para a ampliar, constatará que a figura central da imensa obra-prima do mestre é o Cristo ressuscitado, com aspecto atlético e ar triunfante.
Pois olhe agora com atenção para a parte superior da parede onde foi aberto o arco que liga a Charola ao Coro Alto Manuelino. Já viu? Ali temos o nosso Cristo ressuscitado, réplica do anterior, executada numa época em que não era nada fácil saber em Portugal o que tinha sido pintado em Roma.
É mais um detalhe que poderá mostrar à família numa próxima visita. E depois não diga que não se aprende nada por estas bandas... O saber não ocupa lugar, não é verdade?
4 comentários:
Para já estamos a ir no bom caminho aqui em Tomar. Já se construiu o Muro da Mijação, futuro polo de atracção.
Esperam-se novas "invenções"...
Meu caro António Rebelo,
Mas não isso que a tal Associação Nacional de Amigos (não sei de quem) de Turismo anda por cá a fazer?
Então os milhares de euros mensais; que lhe é atribuída; não são para isso?
A Gência para a Comunicação/Propaganda que o Corvelo contratou também não é para isso?
Não estamos perante duas instituições (Associação Nacional de Turismo (?) e Agência de Comunicação) de primeira grandeza, até pelos meios técnicos de que dispõe (pessoal, instrumentos de promoção, instrumentos de avaliação/medição de resultados etc...) e da apetecível subvenção autárquica que ainda ninguém percebeu para que serve.
Eu estou em crer que dentro de pouquíssimas semanas iremos ter enchentes diárias de turistas, talvez mais do que 50.000 por dia a visitar a nova rotunda, mais de 70.000 por dia a visitar a tenda do mercado, mais de 85.000 por dia a visitar as ruínas do convento de Santa Iria (mas para isso é conveniente que nem lhe mexam), mais de 100.000 por dia a visitar o convento de Cristo e por aí fora.
Só assim se entende tanta delegação de "poderes" atribuídos pelos protocolos ou contratos a tão ilustres instituições atrás referidas.
Acresce, a tudo isto, os 200.000 espectadores/público do tomarinbando (constituído apenas pelos familiares dos intervenientes e alguns elementos da direcção da organização, capitaneados pelo Bruno Graça (a quem tiro o chapéu)), sendo de salvaguardar e apoiar com manifestações em todo o território nacional a exigência feita à autarquia para que lhe forneça os milhares (que diz) de mantimentos perdidos, ou não achados no dito evento.
Já agora manifesto o meu total apoio à s famílias cujo rendimento mensal não dá para as despesas básicas que se desloquem à autarquia a solicitar um subsídio que complemente os gastos lá de casa com a Alimentação, o Ensino, o Vestuário etc...
José Soares
Mete-te com o Bruno, mete-te!
Ainda levas p´ró tabaco! Ficas sem a pericha!!!!!
Trata mas é de zurzir nos teus amiguinhos, que nada fazem!!!!!!
Três comentários destinados a este post foram atirados para o lixo. Dois por serem claramente ofensivos em relação a determinado cidadão. Um outro por constituir um claríssimo exemplo de má-fé, ignorância e seguidismo bacoco.
Comentando a minha afirmação de que o Cristo ressuscitado da Charola, que se vê na ilustração, é uma clara réplica do Cristo ressuscitado da Capela Sistina, que se pode apreciar na outra ilustração, acusava-me de ser como o Dr. José Hermano Saraiva (que faz o favor de me honrar com a sua amizade) e onde é que eu tinha ido ler semelhante coisa. Já há algum tempo, quando escrevi que o manuelino começou em Tomar, o mesmo bacoco veio perguntar onde é que isso estava escrito. Pobres escolas que formam gente assim, sem ideias próprias. Passam a vida inteira a citar o que já leram. Será que andam no Mundo por verem andar os outros? Parece.
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