sábado, 4 de setembro de 2010

POLÍTICA CASO A CASO?

Foto reproduzida do Expresso, com os nossos agradecimentos.

Numa interessante entrevista ao semanário EXPRESSO, o líder do PSD Pedro Passos Coelho, afirmou, designadamente: "A minha ideia não é chegar ao poder a distribuir simpatia. Eu não quero pôr as pessoas a pagar mais. Sei é que os sistemas políticos que temos não são suportáveis por muito mais tempo nos moldes actuais. Se não encontrarmos novas formas de financiar a saúde e a educação, não haverá impostos que suportem essas políticas. Se chegássemos ao poder sem lançar as discussões mais difíceis, cumpriríamos uma parte do interesse partidário, que é ganhar eleições, mas não teríamos realizado o interesse nacional, que é ganhar com um bom programa reformista."
Concorde-se ou não, no todo ou em parte, está bem dito, soa bem, sendo até bastante pragmático. Provoca, no entanto, várias interrogações, pelo menos aqui pelas bandas do Nabão. Vamos a elas.
Pronunciadas na presença da "verdadeira sombra do líder", para usar a expressão do jornalista, o "patrão" do PSD/Tomar, Miguel Relvas, as posições de PP Coelho denunciam, de alguma maneira, uma política à medida do freguês.
Exemplos: Em Lisboa os laranjas recusam qualquer aliança formal com o PS. Em Tomar estão coligados com ele.
Em Lisboa o líder afirma não querer chegar ao poder a distribuir simpatia. Em Tomar não têm feito outra coisa. Basta pensar nos cada vez mais frequentes passeios/comezainas/tintol/animação. Ou no Congresso da Sopa. Ou nos generosos subsídios...
Em Lisboa, Passos Coelho afirma, e nós até concordamos, "que os sistemas políticos que temos não são suportáveis por muito mais tempo nos moldes actuais." Em Tomar serão?
Diz também que "se não encontrarmos novas formas de financiar a saúde e a educação, não haverá impostos que suportem essas políticas." Na nossa cidade haverá impostos suficientes para continuar a financiar a cultura? E os museus da Levada?
Considera, finalmente, que "se chegássemos ao poder sem lançar as discussões mais difíceis, cumpriríamos uma parte do interesse partidário que é ganhar eleições, mas não teríamos realizado o interesse nacional que é ganhar com um bom programa reformista." Em Tomar, onde tiveram lugar essas ditas discussões mais difíceis? E o apregoado bom programa reformista, que é feito dele?
O benfeitor da cidade que é Miguel Relvas, introdutor de António Paiva na política local e apoiante incondicional desde a primeira hora de todas as suas políticas, como por exemplo os numerosos campos de ténis, ou o paredão do Flecheiro, assistiu a toda a entrevista, conforme já foi referido. Deve por isso uma explicação detalhada a todos os eleitores tomarenses, uma vez que continua a presidir à Assembleia Municipal, embora não pareça.
Ficamos a aguardar explicações plausíveis para este caso evidente de dois pesos, duas medidas, consoante o local onde se perora. Política por medida...

19 comentários:

zeferino pereira disse...

Muito bem dito,apoiado

zeferino pereira disse...

muito bem dito e uma analise perfeita,parabens.

zeferino pereira disse...

Muito bem dito,apoiado

Anónimo disse...

Claro que é tudo relativo e depende do local. Impressiona neste "lugar" o descaramento e arrojo de certas figuras. Mas pior é que sobrevivem politicamente e, ainda pior, com o voto do povo! O percurso de vida de Relvas (tal como o daquele comentado por JAE) é exemplar. Não estamos como estamos por obra do acaso...
Pedro Miguel

Anónimo disse...

E se acrescentar um tal Jorge Lacão ou um tal António José Seguro, ou um tal Paulo Portas, ou um Tal Rui Pedro Soares, ou um Tal Mexia, ou um tal Carrapatoso, ou dezenas de meninos e meninas (até aos trinta e tal anos) das Jotas instalados pelo Poder poderá saber por onde anda a massaroca que faz falta para conter o défice.
Claro, tudo boa gente, gente superior, a nata das natas!!!!!!!!

Anónimo disse...

Explicações detalhadas? Como é evidente trata-se de um discurso, como todos os outros, para as elites digerirem. As mentes brilhantes não devem qualquer explicação, muito menos detalhada. Quem ouviu, ouviu. Quem não percebeu, percebesse. Do pedestal em que se colocam a elaboração discursiva não é para levar a sério, é uma espécie de politiquês para consumo interno. Sabemos bem o que fazem quando chega a hora da verdade... Os casamentos de conveniência estão na berra e por isso não convém explicar muito. Os ignorantes são muito mais fáceis de convencer porque se dá o dito por não dito. Basta acenar com o superior interesse da nação, a conjuntura internacional, as múltiplas crises, desde que não incluam as de carácter e de ética e está amanhado o terreno para o próximo acto eleitoral, para o reconhecimento público de que é necessária uma maior intervenção cívica e um maior empenho do cidadão anónimo, para que exerçam a sua vontade uma vez eleitos. Discursos promissores de coisa nenhuma.
Laura Rocha

Anónimo disse...

Já uma vez disse para questionarem o senhor Relvas sobre a s posições discursivas que adopta em Lisboa que em nada batem certo com as utilizadas em Tomar.

Para isso, também acho que ele deve ser confrontado com as culpas, que certamente tem, sobre a realidade tomarense em plena Assembleia Municipal e com a imprensa nacional convidade para o efeito.

Quem é que na Assembleia Municipal tem os ditos no sítio para fazer isso? Aguardam-se respostas.

José Soares

Anónimo disse...

Para José Soares:

Já aqui foi escrito várias vezes, mas repete-se de boa vontade. Ninguém consegue fazer chouriços sem carne. Podem fazer-se variadíssimas outras coisas. Chouriços não! Porque assim é, no dia em que o Salão Nobre dos Paços do Concelho estiver cheio, mesmo sem ser a abarrotar, para assistir à função, haverá quem ouse tomar a palavra por Tomar, questionando o sr. presidente da AM sobre o seu estranho papel. Fica prometido. Agora sem bastantes eleitores presentes, temos de convir que não se pode falar em nome deles...
Cordialmente

António Rebelo

Anónimo disse...

Um Alemão, um Francês, um Inglês e um Português contemplando a imagem de Adão e Eva no Paraíso comentam:

O alemão disse:
- Olhem que perfeição de corpos: ela esbelta e esguia, ele com este corpo atlético, os músculos perfilados...
- Devem ser alemães.
Imediatamente, o francês reagiu:
- Não acredito. É evidente o erotismo que se desprende de ambas as figuras... Ela tão feminina... Ele tão masculino...
- Sabem que em breve chegará a tentação... Devem ser franceses.
Movendo negativamente a cabeça, o inglês comenta:
- Que nada! Notem... A serenidade dos seus rostos, a delicadeza da pose, a sobriedade do gesto.
- Só podem ser Ingleses.
Depois de alguns segundos mais de contemplação, o
português exclama:
- Não concordo. Olhem bem: não têm roupa, não têm sapatos,não têm casa, só têm uma triste maçã para comer, não protestam e ainda pensam que estão no Paraíso.
- Só podem ser Portugueses!!!.. de Tomar, claro!

Anónimo disse...

Pois é, uma pena o José Soares não ter concorrido para a Assembleia Municipal e, assim, eleito.
Era ele quem iria questionar o senhor Relvas sobre as posições discursivas que adopta em Lisboa que em nada batem certo com as utilizadas em Tomar.

Era o José Soares quem iria confrontar o Relvas com as culpas, que certamente tem, sobre a realidade tomarense em plena Assembleia Municipal e com a imprensa nacional convidade para o efeito.

E, claro, com música ... de Mozart!!!!!

Anónimo disse...

E, claro, sem a grelha de tempos!!!!

Falava o tempo que quizesse! com a benevolência do Relvas e a aceitação dos Hugos!!!!!!!!!

Parole! Parole! Parole!

Na bancada é muito mais fácil que no relvado!!!!!!!

Anónimo disse...

Para 22:52

Se fizer o favor de pelo menos limpar as lentes dos seus óculos ideológicos, verificará sem dificuldade que o seu comentário é uma coisa acriançada, para não dizer pior.
Na verdade sei muito bem o que é estar na bancada e no relvado, pois já joguei bastante em campos que você nem imagina. Por acaso já ouviu falar de Maio de 68 e do que se seguiu?
O que aqui foi dito nada tem a ver com grelhas de tempos ou com benevolência. Apenas com o normal exercício dos direitos de cidadania de quem paga os impostos que permitem sustentar os políticos e seus apaniguados. O tal direito à indignação, em tempos proclamado pelo então presidente da república Mário Soares. Conhece?
Em todo o caso, caso persista em achar que se trata só de parole, parole, parole, trate lá de encher o salão nobre na próxima reunião da AM, que do resto me ocupo eu. Serenamente, pacificamente e no respeito pela legalidade democrática.Fica combinado?

Cordialmente,

António Rebelo

Anónimo disse...

Se se der ao cuidado de ler com atenção o que se escreveu "aquilo" da grelha de tempos e o resto não eram para si, mas para o presuntivo deputado municipal José Soares.

Gaita, que o sr. parece estar obcecado e nem quer perceber as coisas.

Afinal que tem as lentes embaciadas?

Anónimo disse...

Para anónimo em 09:06

Peço-lhe, com sincera humildade, que aceite as minhas desculpas. Procedi mal e reconheço-o. Mea culpa.
Apenas uma circunstância atenuante: Como administrador do blogue, quando estou a responder não tenho presentes todos os comentários. Assim, quando o comentário ao qual se responde não tem destinatário indicado, pode ocorrer o que agora infelzmente sucedeu. Mais uma vez as minhas desculpas.

Cordialmente,

A.R.

Anónimo disse...

Para 22:52

Com os melhores cumprimentos.

Deverá estar a ver-se ao espelho, o que é legítimo.

No primeiro mandato do senhor António Paiva, como elemento da bancada na condiçã0 de independente, nunca me inibi das responsabilidades que me cabiam como membro da Assembleia Municipal em questionar, contrariar, contraditar, e até votar contra a indicação/imposição partidária. Factos que estão comprovados pelas actas da dita AM. Já outros que por lá andavam e andam não poderão dizer o mesmo.

A verdade é sempre a verdade, mesmo que haja quem a queira desvirtuar. O tempo tudo esclarece.

Já agora, permita um conselho: porque não dispensa um pouco do seu tempo, que é certamente muito preeenchido, e vai consultar as actas da Assembleia Municipal do primeiro mandato do senhor Paiva?

Creia-me com consideração

José Soares

Anónimo disse...

Para o anónimo das 09:06

Para seu aconchego, deixe-me que complete o esclarecimento anterior, sobre a minha presença no relvado e no estadio.

Como membro da AM (na qualidade de cidadão independente eleito nas listas do PSD) cedo verifiquei que a norma dos seus membros eleitos pelas várias forças políticas, era de um alinhamento "cego" pelas indicações do sentido de voto que recebiam sem pestanejar.

Em face de uma AM dócil, frouxa, e muito fraca do ponto de vista da intervenção/argumentação, com excepção do DR.António Carlos Godinho da UDP, e alguns dos que lá estavam são os mesmos que andam por aí a cantar boas novas, são os que lamberam as botas ao Paiva e Relvas.

Este humlide cidadão, confrontado com figuras excelsas da política que então entegravam a AM, numa condescendência confrangedora, decidiu, em nome da sua consciência, renunciar ao cargo para que não pudesse, em tempo algum, ser acusado de mainato do senhor Paiva e Relvas.

Com os cumprimentos e por uma questão de saúde mental.

José Soares

Anónimo disse...

E, acontece que José Soares não é deputado municipal...errou, por isso não tem música. Ele nem sequer concorreu à assembleia municipal!

Anónimo disse...

Antes renunciar que chegar ao fim vencido.
Não é?
Boa!

Anónimo disse...

Com o tempo que o PSD tinha na grelha o Soares podia dizer muitas coisas.
Agora com o tempo que o BE, a CDU e o CDS têm na actual grelha (Relvas/Hugos) pouco ou nada se pode dizer.
Perguntem aos Prof. Paulo (Mendes e Macedo) e ao Sr. Herculano se têm tempo para falar.
Até os independentes se queixam!
Pois é, Soares, de fora está-se bem, está-se!!!!!!
Mas aparece lá com o Prof. Rebelo e ataquem o Relvas e os Hugos, vão ver que não ficam sózinhos!!!!