quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A QUESTÃO DO MERCADO MUNICIPAL

O inquérito agora a decorrer em Tomar a dianteira, sobre a melhor opção para o Mercado Municipal, terá originado algumas posições menos correctas. Não se trata, ao contrário daquilo que já vai constando, de mais uma acção anti-autarquia. Que aliás seria perfeitamente legítima, se levada a cabo nos estritos limites da legalidade, como é o caso. Acontece, todavia, que ao lançar o referido inquérito, a intenção foi levar a cabo aquilo que à câmara competia mas que não cumpriu -Ouvir a população pagadora de impostos, para depois agir em consonância com a maioria das opiniões expressas. Dado que nunca é tarde demais para corrigir lacunas, sobretudo quando intencionais, julgamos estar a fazer o que se impunha.
Outra ideia que por aí anda, consiste em fazer crer que assim atacada, a actual maioria, só para fazer pirraça, vai optar pelo Fórum Comercial e pela entrega, em regime de projecto/construção/exploração, a um operador particular. Vontade não lhes falta, e essa decisão até já foi tomada há muito, à revelia da população. Está até plasmada no Plano de Pormenor para o Flecheiro e Mercado.
Há, no entanto e felizmente, um óbice muito dificilmente ultrapassável. Tal como em relação ao Convento de Santa Iria, que até tinha interessados, conforme garantiu várias vezes Corvêlo de Sousa, só um empresário louco, ou com absoluta e inadiável necessidade de reciclar dinheiro marado, é que poderá vir a investir no concelho de Tomar. Isto sem qualquer pessimismo da nossa parte. Apenas baseado no actual contexto de crise e na intrincada situação local.
Os eleitores menos convencidos pelo que acabamos de avançar, farão o favor de responder sim ou não às perguntas seguintes: Aceitaria investir num concelho cuja população está a diminuir?____ Aceitaria investir num concelho que decidiu alojar várias famílias ciganas, num total de 40 apartamentos, na Zona Industrial?____ Aceitaria investir num concelho que, nos 10 anos entre 1997 e 2007, foi ultrapassado por 32 outros, em termos de poder de compra, de acordo com dados oficiais do INE?____ Aceitaria investir num concelho presidido por um autarca culto e simpático, que numa das últimas reuniões apresentou para votação a 3ª fase do Flecheiro, dizendo que "não faz parte da Ordem de Trabalhos, mas é muito urgente, porque se trata de um problema que se arrasta há 40 anos"? _____ Aceitaria investir num concelho em que o presidente, em recente entrevista, após reconhecer que os recém-construídos campos de ténis não têm utilizadores, aconselha acções de sensibilização nessa área, a levar a cabo pela Divisão de Desporto?____Aceitaria investir num concelho no qual o presidente propõe que se desenvolva a prática da vela? Aceitaria, finalmente por agora, investir num concelho onde a autarquia tem uma divisão de desporto, mas não há serviços de apoio aos potenciais investidores?_____
As perguntas são nossas. As respostas serão suas e só para consumo pessoal. Quanto ao Mercado Municipal, sendo as coisas o que são, a câmara terá de pôr mãos à obra, mais cedo ou mais tarde, quer lhe agrade ou não. Por isso, o nosso inquérito em curso tem toda a utilidade, em termos de consulta da opinião pública disponível para ajudar a cidade e o concelho. A propósito: Já votou?

18 comentários:

Anónimo disse...

Pois, como é evidente, foram dez anos de megalomania que levaram ao descalabro e à destruição do que de atractivo Tomar tinha. Eram precisas obras de saneamento? Sem dúvida, mas podia ter sido mantida exteriormente intacta a zona histórica da cidade e ter-se investido na requalificação dos seus edifícios. Assim, ficámos com um piso de gosto e durabilidade duvidosos e casas a cair. Espera-se que quem visite a zona não tire os olhos do chão? Só se fôr para não tropeçar no lixo. Arrasou-se a zona do Estádio e do Mouchão, esbanjando dinheiro, quando se podia apenas ter promovido a reparação e manutenção dos equipamentos e espaços existentes. Tomar tinha como desígnio ser uma terra apenas para gente rica. Não interessavam campistas, nem gente de pé descalço que come farnel em parques de merendas e desportos só com pedigree. Foi feita uma piscina que nem sequer pode ser usada em competições, um pavilhão onde não se podem praticar desportos. Torres Novas e Leiria lá vão realizando competições nacionais e internacionais, das mais variadas modalidades. Nós ficámos com ténis para moscas.
No fim, os ricos vão para o estrangeiro e ás compras ao Colombo e os pobres deixaram de vir porque não têm onde comer, nem onde se alíviar. Quando digo que moro em Tomar, ainda contece comentarem: "Ah, Tomar é uma cidade muito bonita e fresca. Estive lá, há uns anos, é muito limpa e tem sempre um cheiro agradável a flores e a rio. Aqueles jardins sempre floridos e a Mata"...pura ficção científica. Já foi, e será preciso outro empenho para que volte a ser a cidade que muitos conheceram e me enchia de orgulho.
Laura Rocha

DestruidorDeInquéritos disse...

Caríssimo Professor Doutor António Rebelo,

a votação que está a levar a cabo é, como já alguns referiram, enganadora. Após votarmos uma vez, não poderemos votar mais, pois o nosso IP (endereço informático) fica registado. Contudo, poderemos sempre andar noutros computadores e votar as vezes que nos apetece. Vou dar-lhe o meu exemplo: no último inquérito que levou a cabo, eu votei 22 (vinte e duas) vezes na mesma opção. No meu computador, no da faculdade, no do meu pai, no da minha mãe, nos computadores de amigos, no espaço internet, num cybercafé em vilamoura, etc. Percebe porque é que não são fiáveis estes inquéritos ?

Anónimo disse...

Sim, só um louco investiria actualmente em Tomar. Com o actual elenco camarário que tem provado à saciedade a sua incompetência e apetência para produzir mais e mais asneira não há projecto que resista.
Existem bem perto novos pólos de atracção capazes de fixar investimento e pessoas.

Anónimo disse...

No espaço "Local" da página do Sapo está um artigo interessantíssimo sobre o sr. Luis Ferreira. Até o título é sugestivo e sumarento. Não percam!!!
Só peço aqui ao sr. rebelo, que sabemos ser muito amigo do senhor vereador, que publique este meu post e assim permita que a informação chegue à maior quantidade de gente possível.

Anónimo disse...

A Laura Rocha não deve receber essas pessoas há muito tempo em Tomar. Também compreenderia a sua vergonha se o fizesse. A cidade está hoje irreconhecível para a imagem que já teve. É uma lixeira a céu aberto, poeirenta, mal frequentada à noite, e o vandalismo está a crescer a olhos vistos.

Anónimo disse...

Amigo Prof. Rebelo
Cá ficamos à espera do justo realçe ao louvor público dado pelo JAE ao seu amigo Luis Ferreira na última página do Mirante de hoje.

Certamente vamos ter mais uma grande condecoração no próximo dia da Cidade, isto se não for no 10 de Junho pelo Presidente Manuel Alegre com o apadrinhamento do Dr. Lobo Antunes e o testemunho do Engº Manuel Faria e do Prof. Hugo Cristovão!

LG disse...

Ó "DestruidorDeInquéritos"

então e não sabes mudar o IP do computador? demora uns 30 segundos de cada vez e podes passar o dia nisso sem sair do mesmo pc!

Anónimo disse...

O vereador analfabeto da cultura de Tomar




O vereador da Cultura da Câmara de Tomar, Luís Ferreira, é um senhor de 43 anos que nunca exerceu longamente uma profissão. A sua vida, depois de ter acabado o tempo de andar de livros debaixo do braço, foi ser adjunto deste e daquele político, secretário e tudo o mais que a política permite nesta e naquela instituição. Luís Ferreira faz parte de uma geração de políticos que, graças ao 25 de Abril, conseguem hoje mandar no país sem nunca terem passado pela escola da vida exercendo uma profissão.

Se Luís Ferreira fosse um político sério, capaz, intelectualmente bem formado, já tinha pedido a demissão de vereador da Cultura da Câmara de Tomar depois dos disparates que escreveu sobre o escritor António Lobo Antunes e sobre os cidadãos do seu concelho.

O caso é público, volta às páginas desta edição de O MIRANTE, e não preciso de recordar aqui as calinadas e a forma infantil como o senhor vereador da cultura resolveu comentar, de forma a que o público tivesse acesso, um caso triste que pôs Tomar na imprensa pelas piores razões.

Tomar é a segunda cidade mais importante da Região Centro. Tomar, logo a seguir a Fátima, é o concelho mais visitado do país pelos turistas que saem de Lisboa ou do Porto. Tomar tem uma História e uma vida cultural ligada a nomes como José Augusto França, Lopes Graça, etc etc etc. Uma cidade com a importância de Tomar não pode ter um vereador da Cultura tão irresponsável e iletrado como o senhor Luís Ferreira.

Alguém no seu perfeito juízo devia chamar este senhor à razão e confrontá-lo com os disparates que escreveu e depois confirmou no meio da grande barafunda que foi a polémica à volta do convite a António Lobo Antunes.

Eu sei que na opinião da maioria dos meus leitores estarei a exagerar. Haverá até muitos deles que dirão: este tipo que escreve é maluco. Está a sugerir que o vereador se demita quando ele está na vereação a representar o Partido Socialista para ser o futuro presidente da câmara. Talvez os leitores tenham razão. E no fundo no fundo o Luís Ferreira até nem é má pessoa. E deve ser um excelente chefe de família. Mas este texto é sobre o anão político em que Luís Ferreira se transformou, muito mais do que já era, e não sobre a pessoa e os seus méritos enquanto homem de bom coração.

Nem daqui por um século Portugal terá uma classe política distinta, sabedora e com estatuto para merecer a honra de governar o país e as instituições da República. Falo de Luís Ferreira mas também poderia falar de camaradas do seu partido que são da mesma escola e que passam pelo mesmo crivo. Se Luís Ferreira não pedir a demissão do cargo, o que é mais que certo e sabido, tal é a falta de vergonha desta gente que faz da política profissão, pelo menos que ganhe juízo. Tomar merece um vereador da Cultura que, no mínimo, seja uma pessoa culta.

JAE





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Anónimo disse...

Politicos de cá vistos de lá.
De "O Mirante:

"O vereador analfabeto da cultura de Tomar


O vereador da Cultura da Câmara de Tomar, Luís Ferreira, é um senhor de 43 anos que nunca exerceu longamente uma profissão. A sua vida, depois de ter acabado o tempo de andar de livros debaixo do braço, foi ser adjunto deste e daquele político, secretário e tudo o mais que a política permite nesta e naquela instituição. Luís Ferreira faz parte de uma geração de políticos que, graças ao 25 de Abril, conseguem hoje mandar no país sem nunca terem passado pela escola da vida exercendo uma profissão.
Se Luís Ferreira fosse um político sério, capaz, intelectualmente bem formado, já tinha pedido a demissão de vereador da Cultura da Câmara de Tomar depois dos disparates que escreveu sobre o escritor António Lobo Antunes e sobre os cidadãos do seu concelho.
O caso é público, volta às páginas desta edição de O MIRANTE, e não preciso de recordar aqui as calinadas e a forma infantil como o senhor vereador da cultura resolveu comentar, de forma a que o público tivesse acesso, um caso triste que pôs Tomar na imprensa pelas piores razões.
Tomar é a segunda cidade mais importante da Região Centro. Tomar, logo a seguir a Fátima, é o concelho mais visitado do país pelos turistas que saem de Lisboa ou do Porto. Tomar tem uma História e uma vida cultural ligada a nomes como José Augusto França, Lopes Graça, etc etc etc. Uma cidade com a importância de Tomar não pode ter um vereador da Cultura tão irresponsável e iletrado como o senhor Luís Ferreira.
Alguém no seu perfeito juízo devia chamar este senhor à razão e confrontá-lo com os disparates que escreveu e depois confirmou no meio da grande barafunda que foi a polémica à volta do convite a António Lobo Antunes.
Eu sei que na opinião da maioria dos meus leitores estarei a exagerar. Haverá até muitos deles que dirão: este tipo que escreve é maluco. Está a sugerir que o vereador se demita quando ele está na vereação a representar o Partido Socialista para ser o futuro presidente da câmara. Talvez os leitores tenham razão. E no fundo no fundo o Luís Ferreira até nem é má pessoa. E deve ser um excelente chefe de família. Mas este texto é sobre o anão político em que Luís Ferreira se transformou, muito mais do que já era, e não sobre a pessoa e os seus méritos enquanto homem de bom coração.
Nem daqui por um século Portugal terá uma classe política distinta, sabedora e com estatuto para merecer a honra de governar o país e as instituições da República. Falo de Luís Ferreira mas também poderia falar de camaradas do seu partido que são da mesma escola e que passam pelo mesmo crivo. Se Luís Ferreira não pedir a demissão do cargo, o que é mais que certo e sabido, tal é a falta de vergonha desta gente que faz da política profissão, pelo menos que ganhe juízo. Tomar merece um vereador da Cultura que, no mínimo, seja uma pessoa culta. JAE"

Anónimo disse...

As alternativas de votação não são bastantes: falta a que apoio, que é solução funcional mista, mantendo o exterior do edificio, cavando a parte de trás para estacionamento, e elevando a cercea.
Olá!

Anónimo disse...

Plasmada/plasmado...

- particípio de "plasmar" (plasmar - Formar em barro, gesso, cera, plasticina, etc. = modelar)
- adj.
1. Que se plasmou.
2. Que foi modelado ou a que se deu forma.
- transfusão ou prática médica que consiste em injetar sangue ou plasma a um paciente que tenha sofrido de grande perda dessa substância

Anónimo disse...

Cara Laura,
De facto já nem podemos dizer que Tomar é uma "cidade jardim".
AA

Anónimo disse...

Acredito que seja possível alterar IPs, se até passwords é possível roubar...mas prefiro acreditar na honestidade das pessoas. Que o assunto é sério.
Laura Rocha

Anónimo disse...

Cada vez que chego a Tomar e vejo as obras que se encontram em curso, dou comigo a pensar que mais valia a cidade não ter sofrido qualquer tipo de obras nestes últimos 15 anos. Sinto saudades das ruas com a calçada em pedras do rio, cheias de história. Enquanto agora não passam de aberrações.
Os afunilamentos de trânsito, as passadeiras elevadas, as obras da rotunda, onde se está a destruir o que foi deixado à 43 anos atrás por um engenheiro de renome, Arantes de Oliveira. Enfim são aberrações demais.
Estão a destruir a Cidade de Tomar e o povo nada faz e muitos ainda criticam quem chama a atenção para o que se passa.

Anónimo disse...

O que é O Mirante?

Anónimo disse...

Sr. Rebelo, convido-o a comentar o artigo de JAE in "O Mirante" sobre o nosso indescritívelmente boçal vereador da cultura.
A sua postura crítica é importante neste caso como o tem sido noutros.

Obrigado.

Anónimo disse...

Para anónimo em 22:38

Poderá ler a minha posição na habitual análise da imprensa regional, que já estava coincluída quando li o seu comentário. Dado que, como diz o povo, tudo o que é demais, parece mal, não se me afigura conveniente por agora bater mais no ceguinho.
Cordialmente,

A.R.

Anónimo disse...

Não me terá percebido...ou eu não me soube explicar! O que eu pretendi foi "desafiá-lo" a comentar NO MIRANTE o artigo de JAE sobre o sr. Luis Ferreira.

OBRIGADO