quinta-feira, 23 de setembro de 2010

RECADO PARA LUÍS FERREIRA

Meu caro vereador:

Vejo-te tão empenhado no teu trabalho, com tanto entusiasmo e tanta vontade de fornecer informações detalhadas aos cidadãos, que não poderia deixar de te responder, como forma de te encorajar e apoiar nessa via. Bem sei que há aquela discrepância no total da dívida autárquica. Coisa sem grande importância, julgo que proveniente de diferentes noções de contabilidade. Ou provocada por excesso de contabilidade criativa? Em todo o caso, estamos de acordo no essencial: a diferença de 29 para 31 milhões de euros é idêntica à de 35 para 37. Ou seja, mais 1.852.193 euros, em dois meses. Estamos de acordo? Estarei equivocado outra vez?
Indo agora ao essencial. Já o tenho dito mas reitero -Não te nego coragem, boa vontade e entusiasmo. Falta o resto, que é muito. Mundo e experiência, sobretudo. Virá com o tempo. O grande problema da autarquia e do concelho, na minha maneira de ver, parece provir de uma mentalidade há muito ultrapassada. Quando, por exemplo, tu informas que o Congresso da Sopa custou perto de 40 mil euros aos contribuintes, estás a ver a coisas como autarca que agora és. Um comerciante ou industrial diria que o citado evento deu um prejuízo superior a 50 mil euros. E estaria cheio de razão. Com efeito, tens andado por aí e de certeza que nunca ouviste, e jamais ouvirás, um empresário lamentar-se de que está a ganhar menos. Dirá sempre que está a perder dinheiro. É a velha questão da dualidade dinheiro/capital, Luís. Para os eleitos, o que compõe o orçamento é dinheiro para gastar, sacado dos bolsos dos contribuintes, que têm lá mais. Para os empresários, pelo contrário, é capital, susceptível de ir buscar mais capital. Capital reproduz-se; dinheiro não; gasta-se.
Nestas condições, em todos os eventos que levares a efeito, procura apurar não só o quantitativo gasto (verbas, transportes, energia, mão de obra, ocupação de salas...), mas igualmente aquilo que se perdeu (ou se deixou de ganhar), por não serem sido cobradas entradas. E tem havido tantas oportunidades perdidas ao longo dos anos... O socialismo é uma coisa muito bonita e fraterna. Desde que haja quem o pague.
Quando há 590 anos, o Infante D. Henrique apareceu aqui em Tomar, para governar a Ordem de Cristo, não foi certamente porque a cidade era muito bonita ou assaz acolhedora. E ainda nem existia a janela ou o convento novo. Filho de inglesa, o nosso herói sabia bem ao que vinha -Deitar a mão ao produto da acumulação primitiva, realizada ao longo dos séculos por templários e cavaleiros de Cristo. Conseguido esse objectivo, lançou a aventura dos descobrimentos, financiados pela ordem que governava. Por isso as caravelas ostentavam nas velas o emblema da ordem e não o do país, ou o do rei. Tal empresa foi inicialmente ruinosa. De tal forma que já no reinado de D. Manuel I, ainda havia dívidas do tempo do senhor infante para liquidar. Só depois, as especiarias, o açúcar, a escravatura, e mais tarde o ouro do Brasil, fizeram milagres, apesar de nunca nos terem tirado da cauda da Europa. Onde ainda hoje estamos. Mentalidades, Luís, mentalidades!
Tanto na tua vida privada (que só a ti diz respeito), como na política, conviria que nunca esquecesses duas coisas: Por um lado, que cada comboio só passa uma vez em cada estação. Por outro lado, que os chineses têm um ditado engraçado e muito proveitoso, sob a forma de duas interrogações. Ei-las -"Se tem remédio, porque te queixas? Se não tem remédio, para que te queixas?" Juntando isto àquele outro ditado, segundo o qual "Se deres um peixe a um homem, ele alimenta-se uma vez. Se lhe ensinares a pescar..."

Cordialmente,

A. R.

25 comentários:

Anónimo disse...

VEJAM ESTE EXEMPLO DE PARTILHA DE INFORMAÇÃO.

Alguns comentadores ficam muito contentes com a minha capacidade de assertividade. Porque gosto de contribuir para a sua felicidade, aqui vai uma pequena historieta para os anais de Tomar.

Todos os dias a Papelaria-Livraria CLIP reserva os jornais que eu leio.
Hoje de manhã pediram para esperar um pouco, tinham de ir buscar um "Diário Económico" a outro lugar, porque tinham cedido o "meu" ao Senhor Presidente da República.
Disse não haver problema, pois era uma honra para mim ceder informação ao Senhor Presidente da República, e uma satisfação por ajudar o colega Cavaco Silva a conseguir informção.

Vá lá, sorriam.
SÉRGIO MARTINS

Anónimo disse...

Acabei de ver parte do video realizado pela Rádio Hertz sobre o debate acerca do "Estado do Concelho", onde o problema da dívida da CMT e outros foram discutidos.
Uma análise do vídeo possibilita extraír os imensos problemas que foram discutivos, e discutidos com elevação, no debate. Há muito material, assim se queira.
Realço as declsrações do Dr. Pires da Silva sobre o Polítécnico de Tomar, mais ou menos assim: "O Politécnico de Tomar sõ fechará se os tomarenses quiserem. E mais não digo". O que é que isto quer dizer ?
Outra questão que o Dr. Pires da Silva, ex-presidente do IPT, afirmou foi ade que o Laboratório Tecnológico foi para Abrantes, e não ficou em Tomar, porque Abrantes na altura oferecia melhores condições. Porquê ?
Afinal, os problemas levantados no debate sobre o Politécnico têm ou não razão de ser ? Qual o futuro do IPT ? E como é que os tomarenses podem lutar pelo IPT ?

Anónimo disse...

Para anónimo das 12:37.
"...O que é que isto quer dizer?".
Nada, como de costume!

Anónimo disse...

No "Jornal de Negócios" de 22/9/10, Helena Garrido assina um artigo deveras interessante, "Rotundas, ciclovias e investimento público".

Cito 3 excertos:

"Por aqui vivemos a loucura de fazer porque se tem de fazer, tudo em grande, o maior do mundo, porque há dinheiro da Europa. Como naquela tirada dos livros de Asterix em que alguém dizia que era preciso fazer um aqueduto."Mas não temos rio!", reagia quem era sensato. E a resposta pronta: "Isso
não interessa porque o aqueduto é
que é romano." Por cá não fazemos aquedutos mas fazemos
"investimento público", não interessa qual, o quê ou para quem, o importante é
gastar. Não por Roma mas por causa de Bruxelas, para gastar o dinheiro dos fundos"

"Quando se olha para o País, o que se vê é uma mistura de aristocracia falida e novo rico. Numa estrada convivem, de um lado, relvados e ciclovias, e, do outro, erva e lixo; noutra há uma estrutura esquecida para um suposto jardim que ninguém manteve e, por todo o lado, rotundas de relva e flores ou supostas esculturas. Mas não se constroem jardins."

"Há ainda os centros culturais espalhados pelo País, alguns rodeados de terra, que são apenas custo - ninguém lá vai. Ou os quartéis de bombeiros enormes que convivem com esquadras
de polícia a cair."

Anónimo disse...

Amigo Prof. Rebelo

O ferreira das farturas deve estar a rebolar de gozo e hiper-inchado pela importância que lhe dá aqui, com direito a foto (estilo imperial!) e tudo!

O Prof. não precisa de mandar recados, nem de se justificar, nem de dar importância a um malaqueco destes, que só tem prosápia.

Se lhe abrissem a caixa craneana veriam que tem imensa caca de galinha e poucos miolos!

Mande bugiar o artista e de vez!!!!!!

Se o não fizer está a colaborar na propaganda do bicharoco, a alimentar-lhe o ego!

E, quem paga são os tomarenses, a quem este trampolineiro quer sempre lixar!

Anónimo disse...

PARA SR. SÉRGIO MARTINS

Está a ver porque é que este país está acabado? Já viu como são volúveis os políticos? Como é que podemos confiar neles?
O senhor foi privado de um jornal a cuja leitura daria concerteza bom seguimento, em favor de um político que aqui há uns anitos atrás dizia que não os lia...e dizia-o com uma nesga de orgulho!!!

Realmente este país está acabado...

Anónimo disse...

Sr. António Rebelo, podia fazer o favor de manifestar algum respeito pelos habitantes do seu blogue e poupar-nos à infelicidade de termos de ver a carantonha do sr. vereador da cultura tomarense?
É que o homem, para além de todos os defeitos que ele próprio se esforça por mostrar, é tudo menos fotogénico...

Anónimo disse...

Alegrem-se tomarenses! Vem aí o festival do acordeon. Depois porque não um congresso de sanfonas e a seguir um festival de rapidinhas?

Anónimo disse...

Caro Amigo António Rebelo,

Como sempre, os seus artigos são uma de pedagogia política e de uma educação inquestionáveis. Este escrito, em especial, é notável e dirigido com boa fé a alguém por quem o António tem respeito e simpatia q.b.

Que se diga também, e em abono da verdade, que o Sérgio Martins segue o mesmo rumo embora numa perspectiva mais concreta de projectos rejeitados, e que teriam sido fundamentais para o desenvolvimento de Tomar.

É pena, e até lamentável, que os actores políticos não sejam humildes para, no mínimo, ouvirem e estudarem as ideias e sugestões de qualquer um de vós.

Todas as questões que aqui têm exposto são da maior importância para o futuro de Tomar, que, a meu ver, deveriam ser tidas em conta para a realização de reuniões sérias, onde os assuntos pudessem ser tratados com honestidade e das reiniões fossem lavradas actas para memória futura.

Uma palavra de apreço á minha Amiga Laura Rocha pelos seus preciosos contributos que tem dado a este "fórum". A Laura é inteligente e genuína. É, talvez, um dos elementos mais lúcidos, politicamente falando, que actualmente integram a Assembleia Municipal. No entanto, talvez devido às "regras" próprias dos partidos, crio que não tem sido bem aproveitada. É pena!

Seria interessante que o senhor vereador Luís Ferreira em vez de estar permanentemente numa retórica de estilo, talvez numa imitação do PM, e ganhasse o hábito de ouvir, meditar, analisar as sugestões que aqui lhe vão deixando, pelo menos aqueles que por ele têm respeito, e, porque não, com eles reunir para tratar seriamente as questões da Cultura e o seu impacto no futuro que é de todos. Refiro-me concretamente ao interesse e vantagens que ele teria em ouvir os Drs. António Rebelo e Sérgio Martins.

Creia-me com consideração

José Soares

Anónimo disse...

Vale a pena ler o comunicado de encantamento do PSD local quanto às estátuas vivas e ao facto de DªRosário "conseguir o 4 em 1"!
Falta o 5º, disse alguem: qual é o resultado financeiro da acção de imediato e em termos de longo prazo? Ou isso não interessa enquanto houver crédito internacional e Orçamento de Estado? Talvez, até ver!
Pedro Miguel

Anónimo disse...

Lamentável! Simplesmente lamentável!

É o mínimo que posso dizer em relação à "demissão" de Manuel Maria Carrilho do cargo de Embaixador de Portugal na UNESCO.

Manuel Carrilho é um pensador e não um subserviente!

Manuel Carrilho tem obra publicada e trabalho Cultural feito, que por acaso até é deveria ser uma referência para qualquer candidato a Ministro da Cultura.

Mas Manuel Carrilho não é subserviente!

Manuel Maria Carrilho é republicano, democrata e homem livre!

O PSD, com a actual equipa dirigente, que é de uma pobreza confrangedora e sem um programa sustentado para ser alternativa, até poque anda permanentemente aos ziguezagues com as suas propostas, tem dado espaço para que o PS não enverede por caminhos persecutórios e assuma, ao contrário do que tem sido a sua prática, verdadeiramente a cultura republicana e democrata nas acções.

É pena que assim não seja!

O PS, com os comportamentos controladores, dirigistas e persecutórios para quem não é "Sim Senhor Ministro!" ou "Sim, senhor vereador!", está a hipotecar os valores mais nobres da República.

Aconselho a leitura, porque obrigatória, do discurso do António Barreto aquando das Comemorações do Dia de Camões e de Portugal. É um discurso para ler e reler pela sua actualidade diária.
Recomendo modestamente aos nossos políticos locais a sua leitura, todos os dias antes de se apresentarem no local de trabalho, como se de uma Biblia se tratasse.

Acredito que ao fim de uns meses traria alguns resultados. Caso não se vislumbrasse qualquer resultado, então concluir-se-ia da inutilidade comprovada dos nossos políticos e eleitos locais.

José Soares

Anónimo disse...

Também há um provérbio chinês que diz em "atirar pérola a porcos"...

Anónimo disse...

Senhor José Soares,
Respeitando a sua opinião sobre o caso MMCarrilho, não posso concordar com ela.

Devo adiantar-lhe que nutro simpatias por ele, como político.

MMCarrilho é um alto quadro do PS, foi nomeado pelo Governo (certamente pelo P.Ministro) do Partido Socialista.

Vamos lá a ver: ele não terá acolhido a diretiva de não apoiar uma personalidade egípcia para um certo lugar nas NU, diretiva de um governo do seu partido, que o nomeou para aquele lugar; depois terá desancado no governo; depois queixou-se que soube pela com. social, etc.. A lenga-lenga do costume...

Quem é que tem as rédeas? Quem é que tem o poder? Quem é que foi eleito? Quem é que tem a responsabilidade? É o Prof. Carrilho ou o PM e o Governo?

As pessoas têm o hábito, na política, de só miar quando são desalojados (embora não seja bem o caso dele).

Quando se é militante de um partido, ao nível dele, tem que estar preparado para tudo e, sinceramente, de assumir uma certa disciplina partidária, no caso em questão, de fidelidade e solidariedade para com o PM, o governo e o partido.

Prontos! Se eu fosse PM demitia-o pelo telefone: Eh pá, dizia-lhe, quem me dê cabo da cabeça tenho por aí às carradas, aos bandos. Candidata-te a Secret. Geral do PS.

Olhe, se eu fosse militante do PS até votava nele - mas depois de JS acabar este mandato em 2013. Depois dessa data deixarei de o apoiar. Foi e está a ser um grande P. Ministro. O melhor. O maior. Em toda a minha vida, foi o único chefe de governo, que apoiei.

Também por isso, obviamente, estou contra quem está contra o meu Zézito.

Anónimo disse...

Caro e intrépido vereador, sempre criticado (e porque razão?...), pelas vozes ditas sacras, desta terra desancada pelo saibo das concepções, de burgueses assentados na poltrona dos seus obesos haveres, herdados sem custos, de um passado que não foi seu – receberam-Os, tão só!...( e gozam-Os, gozando-nos – para seu (deles) deleite).

Pata que os pôs!

Para eles, e seguindo a aqui já bastante falada sabedoria chinesa siga o dito:
"Se parares, de cada vez que ouvires o ladrar de um cão, nunca chegarás ao fim do caminho."

Anónimo disse...

Ó Laura, parabéns!
Com que então "É, talvez, um dos elementos mais lúcidos, politicamente falando, que actualmente integram a Assembleia Municipal."
Sim senhor, com um elogio destes tens de ficar babada!
Mereces, sem dúvida e todos os teus pares ficam cheios de inveja!
E tens de te impor lá nos independentes porque,
" talvez devido às "regras" próprias dos partidos, crio que não tem sido bem aproveitada."
O líder lá do grupo, Jorge Neves, deve andar a dormir na forma, ou então em estilo ditatorial não te deixa falar.
Será? "É pena!"

Realmente o Soares também anda distraído, porque lá nos independentes não põe os pontos nos is, não bate o pé, não se impõe como deve, para acabar com esta anomalia.

Vá lá Soares, impõe-te e luta no interior dos independentes, que não aproveitam a lucidez politica e a enorme genuinidade da Laura.

Anónimo disse...

Arranjar esquadras não dá lucro, pelo contrário só dá prejuízo, a não ser que ponham os polícias à caça à multa...

Luis Ferreira disse...

Estimado Prof.Rebelo

Relevo naturalmente os impropérios do meu "tão amado clube de fãs", que terão na próxima década, muito que se entreter.

Gostei do seu escrito e, naturalmente que o aumento da divida é o mesmo e isso tem algumas explicações (o seu valor).

Quanto aos conselhos e visões, evidentemente diferentes, quer pela formação, mundividência e perspectiva de futuro, registei-as com o apreço que sempre coloco, quando oiço alguém que considero com "mestria".

Gostei, especialmente, dos ditados populares e das citações. Eles encerram em si, milenares ensinamentos e cultura.

Obrigado

Anónimo disse...

A REPÚBLICA AMEAÇADA

«"Sem discursos nem trombetas, os inimigos da República tomaram o poder na sociedade. Na primeira linha, o dinheiro e a imagem. A sua aliança sucedeu ao trono e ao altar." Eis as primeiras frases de um texto notável, de que só agora tive conhecimento, e no qual o autor, o dr. Miguel Veiga, advogado e intelectual que vive no Porto, procede a uma análise do estado actual das coisas. Quando a cultura deixa de ser o paradigma da relação com o outro, a colectividade perde o lugar confluente onde se cruzam os preceitos éticos e estéticos que a justificam.

Diz Miguel Veiga: "Agravando a opulência pela notoriedade, multiplicando a desigualdade dos rendimentos pela da consideração pública, ela ataca os fundamentos do orgulho da República: o desinteresse e o anonimato que subordinam os interesses e as vaidades ao interesse geral. A República não é um regime político entre outros. É um ideal e um combate." O texto foi lido em Arcos de Valdevez, há menos de dois meses, numa homenagem a Mário Soares, e a sua importância reflexiva não mereceu, da imprensa a atenção necessária. A imprensa, cada vez mais abandonada à futilidade e ao pequeno escândalo, aumenta a hipótese repressiva da conduta política. » [DN]

Por Baptista-Bastos.
no Jumento blogue

Anónimo disse...

Para anónimo das 12:37.
O dr. P. da Silva disse que mais não dizia. Claro que as pessoas que sabem muito não podem dizer tudo de uma vez. São adiantados mentais e quem os ouve pode ficar com dor de cabeça...Se queriam ouvi-lo era preciso que ficasse mais um ano (para alem dos 5 num mandato de 3)na presidência do ipt.

jakim disse...

onde podemos ver os vídeos do debate ?

Anónimo disse...

Fanfarrão para uns, cordato e meigo para o Amigo Rebelo.

Tem veneno a dar com pau!

Cuidado Dr. Rebelo, ou já o enganou ou está para o enganar!

Faça como o Gualdim, resguarde a rectaguarda!!!!!

Anónimo disse...

Confesso que no início não estava a entender o escrito do anónimo das 19:51, porque percorri todos os postes e, naturalmente, fiquei intrigada com o seu início. Feita a devida leitura dos restantes, gostaria de declarar o seguinte: "Não havia nexexidade". Em primeiro lugar porque o que me levou a aderir ao movimento "Independentes por Tomar" foi exactamente não ser um partido político, com a suas guerras fraticidas, e dele fazerem parte pessoas que admiro e respeito com todas as suas virtudes, defeitos e diferenças ideológicas. Um movimento onde se discutem ideias e não protagonismos e ninguém é silenciado ou combatido pelo que é, ou pensa. Teço, portanto, e aqui, o meu elogio ao nosso grupo, por se manter unido e atento na defesa do seu projecto político, contra ventos e marés. Aos que pretendem remeter-nos deliberadamente à irrelevância, e são muitos, ou minar a confiança nas nossas lideranças apenas aconselho, DESISTAM, somos todos genuínos e lúcidos.
Laura Rocha

Anónimo disse...

Para o comentário anónimo das 18:41

Respeitando a sua opinião, não posso deixar de estar em desacordo quanto ao conteúdo.

Essa de "se não estás de acordo com a chefe, candidata-te ao lugar...". É um filme por demais visto na política com resultados desastrosos. Os exemplos que aqui vou dar não refletem, em absoluto, a situação portuguesa da actualidade. Mas...

Vamos lá a ver:

- Hitler também chegou ao poder por voto!
- Hugo Chavez também chegou ao poder por voto!
- Salazar chegou ao poder por vontade dos portugueses, à época!
- .../...

A questão não me parece que deva ser colocada nesses termos. Veja o exemplo de Gandhi!!! Lembra-se do caso Salgado Zenha? Mugabe chegou ao poder por voto, e com uma rica percentagem!

O problema deverá ser centrado no exercício do poder; na disponibilidade permanente do contraditório; na aceitação da crítica como condição do respeito pela diferença de opinião; etc....

A mim pessoalmente não me fará diferença absolutamente nenhuma que o José Sócrates governe o país nos próximos 40 anos!!!

Porém, gostaria que o meu país fosse governado por alguém de espírito aberto à crítica; e que não se mantivesse no poder à custa de muitas e muitas nomeações políticas com ordenados principescos; que evidenciasse as razões por que não desce com coragem a redução dos gastos desnecessários na despesa do estado; e por aí fora!!!

É um ponto de vista.

No entanto quero reafirmar que as soluções da oposição não auguram nada de bom! O que não é razão para que quem governa não o faça no estrito respeito pelos valores republicanos, e sem curvas perigosas de intolerância!

José Soares

Anónimo disse...

Este ferreira das farturas é cada cavadela...cada minhoca! Ó homem porque é que não vais entreter-te a desmontar comuptadores e a montá-los de novo? Pode ser que sobrem peças e funcionem na mesma!

Anónimo disse...

Post a falar do vereador ferreira é garantia de sucesso.

Já vai nos 24 comentários.
Não percebem que quanto mais falam, mais o promovem e que é isso precisamente que ele pretende?