No comunicado do PSD que ontem aqui foi referido, há um ponto assaz insólito. Tão estranho que resolvemos só dele falar após uma noite bem dormida. Ei-lo: "Manifestar apoio incondicional à Comissão e ao Mordomo da Festa dos Tabuleiros e chamar a atenção da Presidência da Câmara Municipal para o imperativo de salvaguardar a autonomia e independência do seu funcionamento e da sua actuação."
Como não pretendemos envenenar as coisas, antes pelo contrário, apesar de pensarmos desde há muito anos que o actual figurino da nossa Festa Grande está irremediavelmente obsoleto, limitamo-nos a algumas constações, com o intuito único de restabelecer a calma indispensável ao êxito dos Tabuleiros.
Parece-nos ao mesmo tempo insólito, mas justificado e oportuno o reparo incluído no comunicado do PSD/Tomar. Significa, a nosso ver, que a pouco mais de nove meses da Festa, o mordomo João Victal já se sentiu suficientemente acossado e desautorizado para se ver forçado a pedir providências. É mau. A nossa Festa Grande é de todos os tomarenses. Os que aqui nasceram e os que aqui escolheram viver. Nem sempre tem sido respeitada por quem devia. Tem havido nos últimos tempos uma nítida tendência para "feira de vaidades", o que é condenável. Mas nunca ninguém conseguiu ou sequer tentou partidarizá-la. Se agora algum eleito se julga saído da coxa de Júpiter e por isso predestinado para manageirar a festa, o melhor é desistir quanto antes. Para que não fiquemos todos a perder.
A Festa Grande precisa de uma grande reforma, que venha a garantir a sua perenidade através dos tempos. Terá de ser, todavia, uma reforma debatida, participada, consensualizada e constantemente actualizada. Nada parecido, portanto, com golpes baixos e/ou tentativas de aproveitamento barato.
Como forma de garantir a indispensável harmonia entre todos os obreiros da festa e todos os tomarenses, de nascimento ou pelo coração, o ideal será que o pernicioso furúnculo seja totalmente espremido e adequadamente tratado quanto antes. Que a Câmara, a AM, o Mordomo, o PSD, o PS, os Ipt, o CDS, a CDU, o BE e os TPL, expliquem o que se passou, tomem posição e a dêem a conhecer quanto antes. Como acaba de fazer, e bem, mas de forma incompleta, a Comissão Política Concelhia dos laranjas.
Adiar equivale a fragilizar a organização da nossa festa. Haja coragem e frontalidade!
14 comentários:
EM CAFARNAUM
1. E aconteceu que chegou a CAFARNAUM a notícia de um homem que transformava água em vinho. O estranho homem estivera numa festa de casamento em Canaã, na prov
incia da Galileia, e, ao ser informado de que acabara o vinho, mandara encher seis talhas de pedra com água, e transformara a água em vinho. E a no´tícia se esdpalhara por toda a região, e chegou a CAFARNAUM.
2. E aconteceu que um homam entrou na venda de Guizael, em CAFARNAUM, e Guizael achou o homem estranho, e deduziu que aquele era o homem que transformara água em vinho, em Canaã.
E Guizael agradeceu a Deus por ter levado o homem a CAFARNAUM, e ofereceu comida ao home estranho: pão, peixe, coalhada e um copo de água. E Guizael piscou um olho para o homem estranho e disse:"Podes transformar esta água no que quiseres, para acompanhar o jantar."
3. E o homem sorriu, e tocou a borda do copo com um dedo, e a água se trasnsformou em vinho. E Guizael foi tomado de grande alegria, e disse:"Tens um grande poder."E o home disse:"Ainda não viste nada." E tocou o pão com um dedo, e o pão se multiplicou, e o balcão da venda de Guizael se cobriu de pães. E o homem tocou o peixe, e os peixes também se multiplicaram. E assim aconteceu com os potes de coalhada. E Guizael exultou.
4. E Guizael propôs um negócio ao homem estranho. Uma parceria na venda. Ele multiplicaria os potes de coalhada, e os pães, e os peixes, e transformaria a água em vinho, e Guizael economizaria na farinha dos pães e no leite da coalhada e não dependeria mais dos seus fornecedores de peixes e de vinho. O homem só entraria com o seu dedo milagroso, e em troca teria direito a vinte por cento do facturamento da venda.
5. O homem sorriu, e disse que a sua missão era outra. Que estava no mundo para multiplicar o número de crentes em Deus, e para transformar não água em vinho mas o coração e a mente das pessoas, e que o único lucro que buscava era a salvação da Humanidade."Trinta por cento", disse Guizael. O homem sacudiu a cabeça. Não se interessava pela riqueza, a sua glória não seria deste mundo.
6. "Fifty-fisdfty", disse Guizael, ou o equivalente em aramaico. E vendo que o home hesitava, prosseguiu: aquela sua missão não acabaria bem. Mudar o coração e a mente das pessoas, o que era aquilo? Ele acabaria preso como agitador, talvez até executado. E a sua pregação seria em vão. O seu sacrifício não mudaria nada. Mas se ficasse em CAFARNAUM, e aceitasse a proposta de Guizael, o homem teria uma vida longa e feliz. CAFARNAUM não era o mundo, mas era um lugarzinho simpático, óptimo para se criar filhos.
7. E o home aceitou a proposta de Guizael para ficar em CAFARNAUM. E disse:"Sabes, claro, que isto vai mudar a história da Humanidade." E disse Guizael:"A Humanidade não merece mesmo." E o homem sorriu, e tocou o copo com o seu dedo outra vez, e trocou o vinho tinto em vinho branco, para acompanhar o peixe.
Como é possível uma grande reforma se a tendência elementos que fazem parte da “Feira das Vaidades”, é o protagonismo.
Basta olhar para alguns elementos que fazem parte da constituída Comissão Central da Festa dos Tabuleiros nas Relações Públicas e nos Serviços Jurídicos.
Nesses dois sectores temos empenhados e dedicados trabalhadores.
Gente conhecida por se dedicar a trabalhar e semmponta de vaidosice.
A partidarite do PSD de Tomar é um disparate. A Festa funciona com o dinheiro do município, onde todas as políticas estão representadas. A tentativa de partidarizar a Festa é o resultado de um desespero total de tentar aparecer a fazer alguma coisa, por parte do PSD e tentar governar a câmara a partir do ruído da rua.
Uma pena que tenham chegado a esta lástima.
Mas o PSD não tem militantes (destacados!) nas várias comissões da Festa?!
A título de exemplo o João Vital, o João Tenreiro!
Ahhhhhh!!! Então afinal a festa dos Tabuleiros está ou não politizada conforme eu "denunciei" há uns tempos atrás, tendo inclusivamente recebido alguns "mimos" por ter destapado o assunto?
O senhor Rebelo queria ser Mordomo não era? Tenha esperança.
Para anónimo em 22:08
Por favor! Tenha dó, que me ia dando uma coisa! Mordomo eu?! Olhe que já ando por aqui a navegar desde os tempos do John, mas nunca fiz parte de nenhuma comissão da festa.E pode crer que não foi por falta de convites.
Trata-se de uma eventualidade totalmente fora de causa. Deus me livre de outras coisas, que dessa me livro eu.
Uma observação final: Se de cada vez que um cidadão critica qualquer coisa, pretende ser candidato a um lugar, não vai haver lugares que cheguem para todos. Nem coisa parecida! É um dos defeitos da democracia -cada qual pode escrever livremente as maiores enormidades. E assim é que deve continuar a ser. Pois então!
Cordialmente,
A.R.
Noto na resposta do senhor Rebelo uma certa inveja.
Noto na sua resposta um certo desprezo por tamanha honra.
Se o povo o aclamasse ficaria indiferente? Não aceitava quer ver?
Para anónimo em 01:08
Cada um nota o que quer, uma vez que em democracia notar e publicar o que se nota é livre e sem consequências. Sobretudo quando a coberto do confortável anonimato.
O que eu pretendi dizer foi o seguinte: 1 - Não ando a escrever para dar nas vistas; detesto o penacho; não gosto de mundanidades.Só quando tem de ser. 2 - Não tenho jeito para manager de festas populares. 3 - Aquilo que na nossa festa penso estar a precisar de mudança não tem a ver com o cortejo nem com o mordomo, tomarense que tem todo o meu apoio, e sabe que o tem. 4 - A história nunca se fez, faz ou fará com SES. 5 - Os tomarenses nunca me iriam escolher para mordomo, porque sabem o que penso e eu julgo saber o que sentem, no recato das suas massas cinzentas respectivas. 5 - Desprezo é um sentimento que só uso muito raramente. E nunca em relação à minha terra adorada, nem às suas gentes e coisas.
Cordialmente,
A.R.
Ser Mordomo da Festa dos Tabuleiros é uma grande honra ?
É mesmo de cota, e de cota tomarense.
A Festa dos Tabuleiros é importante mas está desfazada no tempo.
A malta nova vai ter de reorganizar a Festa, devolvê-la ao seu significado, desvirtuado pelos cotas.
A malta nova vai ter de apanhar o cacos deixados pelos cotas tomarenses.
Os cotas que passem a vida a falar de maleitas e deixem a Festa para o Futuro.
Carlinhos
Os cotas que arranjem o dinheiro, as flores, as ornamentações e até os figurantes, que a mocidade nova (como dizia o outro) cá estar para aparecer!!!!
Ó sr. anónimo, TODOS são precisos!
A guerra de gerações e o desejo que os boys têm de fazer as coisas é que tem dado cabo deste País.
A Universidade da vida tem frequência obrigatória para quem tiver de mandar.
Entendeu?!
A festa da paróquia já está a dar polémica? Trata-se de uma vulgar procissão de fogaças. A dimensão que tem hoje não altera nem um milimetro esse facto. Uma festividade católica como existe em muitos outros pontos do país.
Entendi.
A Universidade da vida ensinou-me que os cotas tomarenses deram cabo da terra e deixam-nos um futuro sem esperança, para nós e para eles.
Aqui não há conflito de gerações, mas sim uma acusação: os cotas são CULPADOS !
A responsabilidade do desastre concelhio, da descaracterização da Festa, é deles, não é nossa.
O que é que vocês aprenderam na Universidade da Vida ? NADA ! Ainda continuam a viver de quimeras.
Carlinhos
Ó Carlinhos, vai-te catar, pá!
Aí na Voluntários da República onde te inspiras foi traçada a linha de fronteira - os com mais de 40 anos (cotas, dizes tu) são para abater, os de menos de 40 anos, as grandes esperanças e revelações do estrelato circense são para mandar e para engordar com tachos, tachinhos e mordomias!
Mas tudo bem, continua que vais no bom caminho!!!!!!
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