quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

CARNAVAL DE TOMAR 2009


Louvável e útil mas fraquito...


A convite do meu amigo Sebastião, vim a Tomar ver o corso de Carnaval. Já cá não punha os pés há mais de dois meses, e as saudades não me apoquentavam. Lá pela capital está-se melhor, apesar de tudo. Respira-se outro ar...
Há, todavia, pedidos que não se podem deixar de satisfazer. Por isso, e só por isso, cá estou a alinhavar a crítica que me foi solicitada. Com já sei que esta crónica vai causar bastantes engulhos, antecipo-me. Antes de mais, para frisar que os verdadeiros amigos não são aqueles que nos dizem só aquilo que gostamos de ouvir. São os que têm a coragem de nos dizer a verdade, sobretudo quando é menos cómoda. Depois, para acrescentar que sem crítica as coisas não melhoram, pois os organizadores têm sempre tendência para pensar que tudo correu bem. Finalmente, para asseverar que este texto tem por fim único contribuir para que, no próximo ano, o Carnaval de Tomar, seja o orgulho dos tomarenses amantes da sua terra, sob todos os pontos de vista.
Em termos de custos/benefícios, não faz qualquer sentido, e denota falta de respeito pela miséria alheia, que sejam os contribuintes, por intermédio da autarquia neste caso, a financiar frivolidades dispensáveis, sobretudo com a crise que por aí vai. Para o ano será, portanto, indispensável vedar o percurso do corso e custeá-lo com a receita das entradas. Os cidadãos vão ter de se habituar a arranjar um modelo de vida compatível com os seus recursos. Quanto mais tarde o fizerem, mais difícil será. "Quem não tem dinheiro, não tem vícios", é um velho aforismo bem conhecido.
Mas vamos ao cortejo propriamente dito, pois foi isso que me pediram. Anunciar o início para as 15 horas e começar só meia hora mais tarde, cria logo nos espectadores uma ideia de amadorismo, de falta de organização. O mesmo aconteceu com as sucessivas paragens, sem que fosse facultada ao público qualquer informação adequada.
Os carros do cortejo deviam ser alegóricos, mas poucos o eram na verdade. Notava-se que estavam ali apenas "para encher". Salvo duas ou três excepções, não havia qualquer crítica implícita, nem qualquer mensagem, para além do que se via. Por exemplo: Qual era a intenção daquele primeiro carro, com o sol? E do seguinte, de tipo vagamente japonês?
A parte humana foi consistente e, nalguns casos, com muito êxito. No entanto, os modelos masculinos e femininos que iam nos carros, deviam ser esculturais mas não eram. Após ter visto, julgo que alguns deles e delas acabarão por morrer solteiros e pouco vividos... Quanto aos reis do carnaval, confesso já ter visto agentes funerários mais alegres.
A ideia de integrar no cortejo uma fanfarra (neste caso dos bombeiros de Famalicão), deu um ar marcial, absolutamente despropositado. O mesmo aconteceu com a participação "oficial" das crianças de duas escolas do concelho, num caso disfarçadas de índios, no outro de irmãos de uma ordem guerreira qualquer, que não consegui identificar pelas cruzes que ostentavam no peito. Que se pretende afinal ensinar-lhes? Que a vida é uma festa permanente, paga pelos outros? Que vale sempre a pena mascarar-se, tanto em sentido próprio como em sentido figurado? Que a vida são dois dias e o carnaval são três? Ficam as perguntas e os pontos de vista, naturalmente sujeitos à crítica, com a sincera esperança de que no próximo ano as coisas corram bem melhor. De forma a que a cidade não manche ainda mais a fraca reputação de que ainda goza.

A velha senhora indigna
Agradeço aos proprietários do blogue "Tomar a cidade" a cedência da fotografia, aproveitando para aconselhar os leitores a irem lá ver todas as outras, sobretudo caso não tenham assistido ao cortejo

26 comentários:

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...

"Em termos de custos/benefícios, não faz qualquer sentido, e denota falta de respeito pela miséria alheia, que sejam os"

Que eu saiba e eu sei muito: custos/benefícios são linguagem de gente que tem formação em ciência económica ... oh Velha!
Já sobre o Carnaval nabantino... nem de casa saí pois cá no sítio dos patos bravos há Carnaval e cortejos várias vezes ao ano e muito palhaço circula pela cidade... muito palhaço mesmo.

Anónimo disse...

ESSA FOTO É LINDA: SABIAM QUE É O P8 E O ARRUDA?

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Rui Ferreira disse...

Eu, na qualidade de familiar do Rei do carnaval de Tomar, fico muito muito ofendido com a apreciação da VSI!!! LOL

Rui Ferreira disse...

Já agora apaguem o comentário dO Mónica engulidor!!!

Anónimo disse...

Temos encontrado o PROVEDOR DO MUNÍCIPE.

Proposta antiga do Bloco de Esquerda e do Partido Socialista, está definitivamente encontrado.

Não é preciso pagar-lhe: ele até gosta de levar porrada.

É acutilante para o poder (PSD), mas também a oposição (PS) leva o que chega, por isso é isento.

Dá-se à fala com independentes de vários grupos, mas não alinha em "pseudo-independentes" da constução civil da CONZEL, por isso é idóneo.

Vamos lá a propor o Dr.António Rebelo para Provedor do Munícipe! E já agora também para "chato de serviço".

SABENDO QUE O DR. REBELO ACEITOU JÁ A NOMEAÇÃO PARA CHATO DE SERVIÇO, VAMOS TODOS PRESSIONÁ-LO PARA ACEITAR SER, TAMBÉM, PROVEDOR DO MUNÍCIPE.

Sebastião Barros disse...

A pessoa da área da ourivesaria que anda desde há dias a oferecer os seus préstimos neste blogue, além de obstinada, badalhoca, parva, depravada e sem vergonha, é "careirona". Trinta euros em tempo de crise, por um serviço como o oferecido, configura um caso de assalto à bolsa alheia. Ainda ontem O PÚBLICO noticiava que em Buenos Aires (Argentina) há cada vez mais ourives e ofícios afins a mudarem de ramo, devido à angustiante falta de clientes. Isto apesar de por aqueles lados os melhores serviços do ramo serem agora oferecidos no mercado, através de panfletos, a dois euros e meio. Neste contexto, vir para um blogue, que alguns comentadores desta praça nabantina dizem ser de velhos, oferecer semelhante coisa, só pode ser obra de gente destrambelhada, tão habituada a caminhar ao lado dos sapatos, que já nem se dá conta da sua anormalidade...

Anónimo disse...

Como é carnaval a mim não me parece mal.

Luis disse...

Caro Sebastião Barros,

agradeço a referência feita ao Tomar, a Cidade.

Em relação ao dito, tenho a mesma opinião sobre fechar as ruas e informar os espectadores. Quanto ao melhorar os carros alegóricos, também achei um pouco pobre, mas segundo sei a organização foi muito em cima do joelho, mais uma vez por culpa da câmara.
Embora ainda falte muito para voltarmos a ter o Carnaval de há 20 anos, penso que se está no bom caminho, a ver por exemplo com o ano passado, que achei ser completamente "pesado".
Este ano já se viu algo, agora vamos esperar por melhor para o próximo.
Cumprimentos e boa continuação

Anónimo disse...

Foda-se! Tudo o que acontece de mediocre em Tomar é por culpa da Câmara.
Se o povo quer festa que lhe soa a testa, trabalhe apara isso.
Mal empregados 15 mil euros para esta merda de Carnaval.
Mas isto tem alguma graça.
Ando eu a pagar impostos para isto?
E depois ainda dizem que a culpa é da Câmara...
A Câmara nem se devia meter nisto.
Ou vocês pensam que aquela rapaziada que orgnaiza não ganham o deles.
Acho muito bem, mas nunca deveria ser à custa da Câmara.
Há familias com crianças a quem lhes é cortada a água por falta de pagamento, conheço vários casos, de necessidade a sério e a Câmara corta água sem dó nem piedade e depois dá 15 mil euros para uns tantos andarem vestidos de panelerios a cagarem as ruas!
Isto é de mais.
Querem festa que lhes soem a testa NUNCA À CUSTA DO ERÀRIO PÙBLICO!
Tenho dito

O Observador não solitário

Sebastião Barros disse...

Para Observador não solitário de 26/02 13H28:

Tudo visto e ponderado, resolveu-se deixar a sua mensagem, por se ter entendido que os palavrões usados fazem parte da sua linguagem corrente. Aquilo que se designa usualmente como linguagem vernácula, vicentina ou rabelaisiana. Assim sendo, não estão fora do contexto nem visam, na nossa opinião, ofender quem quer que seja. São apenas exclamações de índole oral/popular. Até nos facultam a ocasião de demonstrar que não cortamos "posts" só pelo prazer sádico de censurar. Desde que respeitem o contexto e sejam substantivos, tudo fino.

Sebastião Barros disse...

Para o amigo Rui Ferreira:

Lamentamos que tenha ficado muito ofendido. Quando encarregamos alguém de elaborar um texto opinativo, naturalmente não impomos quaisquer condições. Nem o censuramos depois. No caso presente, desculpará mas parece-nos que estamos perante uma situação de nacional-amiguismo, uma das nefastas vertentes do nacional-porreirismo, em virtu do do qual estamos como estamos. E com tendência para piorar. Afinal, se o céu está cinzento e chove, não seria honesto, nem adiantaria mesmo nada, proclamar que está azul e faz sol. Apenas contribuiria para o descrédito de quem assim procedesse.
Tem toda a razão a VSI. Disse o que viu, com simplicidade e verdade. Honra lhe seja feita.

Rui Ferreira disse...

Caro Sebastião: só para nos entendermos, eu não fiquei nada ofendido, certo?
A VSI e os restantes Ersatz do TaD podem, e devem, opinar à vontade!!!

E aliás, não seria por aquela genial comparação que eu me iria ofender, eh, eh!

Anónimo disse...

Sim senhor,

cultos e com punhos de renda!

Assim é bonito e fica-lhes bem.

Parabéns!

Anónimo disse...

Escolham o PSD outra vez e depois queixem-se.

Anónimo disse...

Ah, aí está a uniformidade de critérios! Aquele que começa com "foda-se" tem direito a figurar na galeria.
Logo vi! Isto não passa duma cambada de grunhos engravatados. Tomar só tem merda desta. Gentios engravatados, danadinhos para sacar ao erário público sem fazerem nada! Alegra-te Luisito, não estás sozinho.
E tu, ó administrador de blogues não te esqueças de apagar este comentário, não sem que antes o bêbedo do Rebelo venha para aqui zurrar...

Anónimo disse...

Vai-se aproximando a grande e longa hora da decisão. Agita-se a mole imensa dos oportunistas, perdão, dos candidatos ao tachinho da Praça da República. É divertido ler nas entrelinhas das defecações mentais que por aqui se vão espraiando, as giga-jogas a que se prestam os coça-esquinas, num verdadeiro jogo de xadrez, na tentativa de perceber qual o cenário e as manobras sujas, perdão, de bastidores que se vão concertando.
Se Darwin tivesse sido antes politólogo ter-se-ia divertido muito mais por estas bandas.

Sebastião Barros disse...

Para anónimo de 27/02, enm 3:01

Agora é que você acertou em cheio. Fica a saber-se que, quem quer que você seja, não sabe grande coisa desta terra. Já aqui há tempos veio com a história de que não se podia levar o Rebelo a sério "quando está com a bernarda". Agora salta com o epíteto "o bêbado do Rebelo". A escrever assim, você cobre-se de ridículo e perde qualquer sombra de credibilidade. Em Tomar, todos os que andam nestas coisas da política e/ou da imprensa, sabem que o homem não bebe nem nunca bebeu senão água e sumos, mesmo durante a guerra em África. Por isso, deixe-se de parvoíces e cale-se, caso não tenha nada de mais jeitoso para escrever.

Anónimo disse...

o Sr. Dr. António Rebelo bebe sim senhor!

cultura e mais cultura dos livros e também das pedras que em Tomar transpiram o passado grandioso que um bando de tolos quer destruir, em nome da "modernidade"

jagunços do mau gosto, novos ricos com a tola cheia de baba de caracol,

taditos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Rebelo ao poder! Hoje Tomar...amanhã o mundo!!!

Anónimo disse...

Rebelho "O Grunho"!!!
Gosta que lhe engraxem o ego. Quando é o contrário fica de trombas e apressa-se a eliminar os comentários, que é o que vai acontecer a este.
Aposto 10 euros!!!

Anónimo disse...

Então, Rebelo!!! Vais fazer-me perder os 10 euros?