terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Quando vires as barbas do vizinho a arder...


Sabe-se do reiterado interesse da autarquia tomarense em vender o antigo Convento de Santa Iria, incluindo as antigas instalações do Colégio Nun'Álvares feminino. Avançam, como base de licitação para aquele amontoado de ruínas, 1,5 milhões de euros, 300 mil contos em moeda antiga.
O presidente da autarquia afirmou recentemente que "já há interessados". Consideramos tal hipótese surpreendente, nas condições actuais, pelo que julgamos útil reproduzir uma "local" da Lusa, publicada no Público de hoje. Os sublinhados, sob forma de negrito, são nossos.
MOURA QUER CONVENTO REABILITADO COMO HOTEL
O município alentejano de Moura (Distrito de Beja), lançou um concurso público internacional para a concessão do antigo Convento do Carmo, com vista à reabilitação e exploração do monumento de interesse público como unidade hoteleira.
Segundo o vereador Santiago Macias, a Câmara decidiu lançar o concurso público internacional após ter contactado vários grupos hoteleiros nacionais, que "não se mostraram interessados" em adquirir a concessão, reabilitar e explorar o convento.
Se não aparecerem candidatos, garantiu o autarca, a Câmara "não vai desistir" e "retomará o processo para encontrar uma solução para a necessária reabilitação do convento", um monumento emblemático de Moura, "com uma notável qualidade arquitectónica" e classificado como Imóvel de Interesse Público.
O convento, cujas origens remontam à Idade Média, situa-se junto à Igreja de Nossa Senhora do Carmo, padroeira de Moura, e inclui um refeitório quinhentista, um claustro, várias alas circundantes e uma área de logradouro. Durante muitos anos funcionou como hospital, encontrando-se devoluto desde o início dos anos 90 do século XX, quando entrou em funcionamento o Centro de Saúde de Moura.

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois é,

lá vai Serpa, lá vai Moura ... com gente muito capaz no comando;

e cá fica Tomar
sempre a andar ... parada!

rumo a .....???????????

Anónimo disse...

Não é necessário pegar neste (mau) exemplo para constatar o atraso de Tomar face a outras (quase todas) as localidades deste país com alguma potencialidade na área do turismo e da preservação do seu património.
Basta gastarmos alguns dias das nossas férias para visitar umas quantas cidades, vilas e aldeias para compararmos a qualidade das intervenções efectuadas com o que se tem feito em Tomar. Ficamos inequivocamente a perder. E não estou a ter em linha de conta aquilo que ainda está para vir.