quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

MAZELAS TOMARENSES - Corre tudo mal

Foto 1

Foto 2

Foto 3

Cão Tinhoso
Hesito. Será do clima? Será da zona? Será das pessoas? Será de tudo um pouco? Certo é que, nas obras da Ponte do Flecheiro, nada parece correr bem. Foram as três faixas, foi o separador, foi o desvio da ligação à Av. Aquiles da Mota Lima, foi a bancada, foram as lajes, foram as escavações arqueológicas, à procura de ainda não se sabe o quê, foi a falta da rotunda na Av Torres Pinheiro... Tanta coisa a correr mal, que nem queria voltar a escrever sobre tão azarado projecto. Mas a actualidade é que manda.
Pescadores desportivos falaram com tomaradianteira, descontentes com mais uma obra que correu mal. Segundo nos disseram, forçados pelas normas europeias, os projectistas da ponte incluiram, no açude insuflável, duas "hidrorampas" -uma para canoas/barcos de recreio (foto 2), outra para os peixes (foto 3). Pois acontece, segundo asseveraram, que a dos peixes não tem por agora qualquer utilidade, por ter havido erros de cálculo. Ou os compartimentos da referida rampa ficaram demasiado altos, ou o açude ficou demasiado baixo, ou ambos. Em qualquer caso, a realidade é triste: gastou-se dinheiro e, como está, a rampa não serve para nada, uma vez que os peixes não conseguem subir. Correu mal, é o que é.
Logo ao lado, na margem do mercado, houve esforços para preservar um eucalipto, que estava próximo da ponte, mas o ingrato não agradeceu a deferência e secou. Um engenheiro silvicultor, consultado por tomaradianteira, asseverou que todas aquelas árvores, incluíndo o salgueiro-chorão, agora solitário, na outra margem, estão em fim de vida. Basta olhar para as respectivas extremidades secas, para perceber que assim é, acrescentou este técnico florestal.
Baseada não se sabe em que pareceres, a autarquia resolveu proceder ao abate do tal eucalipto seco, e aproveitou para cortar vários outros. Ficaram 9. Segundo indagações feitas no local, mandaram cortar os que estavam inclinados, ameaçando por isso cair a qualquer momento. Olhando para os que ficaram (foto 1), vê-se logo que foi mesmo assim. Os eucaliptos sobreviventes são todos de uma verticalidade parecida com a da maioria dos políticos. Vistos de um lado, pendem para a direita, vistos do outro, pendem para a esquerda. Basta comparar com os postes que estão ao lado... Vem então a pergunta inevitável -se também estão inclinados e velhos, porque foram poupados? Outra tarefa que correu mal? Chiça que é demais! Não será tempo de ir à bruxa?

1 comentário:

Anónimo disse...
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