segunda-feira, 13 de julho de 2009

ANÁLISE DA IMPRENSA LOCAL E REGIONAL


Redacção de Tomar a Dianteira Colaboração CLIPNETO


O inoportuno incidente técnico de que fomos vítimas involuntárias, impediu-nos de publicar a nossa habitual análise da imprensa local e regional. Procurando remediar, na medida do possível, tal situação, pareceu-nos adequado proceder a uma análise mais condensada, dado o tempo entretanto decorrido, que muitos terão aproveitado para ler os periódicos semanalmente objecto da nossa crítica.
Desta vez escolhemos apenas três pontos: a comunicação camarária, a questão do Largo do Pelourinho e declarações de Miguel Relvas.
Segundo o blogue www.tomarpartido.sapo.com a autarquia tomarense já gastou mais de 30 mil contos nos últimos 12 meses, em publicidade e em assessoria de comunicação. Temos assim, uma vez que até agora não houve qualquer desmentido, uma autarquia atascada em dívidas e cujas fontes de receita vão minguando a pouco e pouco, a proceder com se integrasse um município rico. A semana passada, por exemplo, decidiu mandar publicar no CIDADE DE TOMAR, no TEMPLÁRIO e no MIRANTE, um anúncio a cores de página inteira, unicamente para convidar os eleitores a assistirem a uma cerimónia de apresentação de dois projectos co-financiados pela União Europeia. E dizemos "os eleitores" pois "as eleitoras" não constam do dito convite: "O presidente da Câmara Municipal de Tomar convida-o...". É exactamente o que lá está. Pago com o nosso dinheirinho. Mal educados, nós?!
A ilustração que publicamos acima mostra bem que se trata mais de campanha eleitoral antecuipada do que de qualquer outra coisa. O texto de apresentação pode considerar-se insinuante , mas igualmente desprovido do mais elementar realismo. Criação de mais empregos no centro da cidade? Mais em relação a quê? Já criaram alguns? Quem vai assegurar esses novos empregos? Integração numa marca turística de renome mundial? Era bom era! Mas como é que isso se faz?
A triste realidade, bem patente para quem a quiser ver, é que, regra geral, uma vez concluídas as obras, a autarquia nem sequer consegue assegurar uma manutenção que não nos envergonhe. Falta de capacidade económica? Certamente. Mas quem não tem dinheiro não deve ter vícios. Falta de pessoal? Nem tanto. Talvez mais falta de trabalhadores e excesso de burócratas.
Por falar em obras, CIDADE DE TOMAR faz manchete com "Acompanhamento obrigatório de arqueólogo custa à câmara 100 euros por dia." Com o devido respeito por todos, cabe assinalar que tanto os vereadores como os chefes de divisão custam um bocadinho mais cada um por dia, uma vez que estão no emprego 11 meses por ano, mas recebem 14 meses. Dito isto, para colocar as coisas "en su sítio", há uma outra vertente. Na verdade, se a actual gerência camarária se queixa da exorbitância do IGESPAR, foi uma sua antecessora, a de Pedro Marques, que forneceu a corda com a qual a pretendem agora enforcar. Noutros termos. Aconselhada pela senhora arquitecta de então, a câmara PS/Pedro Marques achou muito conveniente conseguir a classificação do pomposamente designado para a ocasião "núcleo histórico". Obtida a referida qualificação legal, nunca ninguém conseguiu perceber quais eram as vantagens daí advenientes. Bem pelo contrário, os tomarenses mais velhos continuam a dizer que é a "cidade velha", na qual, infelizmente, há cada vez mais imóveis degradados, pois ninguém está para aturar as exigências da autarquia, quando se trata de pretender arranjar, pedimos desculpa pelo lapso, queríamos dizer "requalificar" um prédio antigo.
Mas desiludam-se os que pensam que há boas hipóteses de as coisas virem a melhorar após as próximas autárquicas. Para já, as perspectivas não são nada agradáveis. Do pouco que se sabe em relação aos programas das diversas candidaturas, todos parecem continuar a acreditar que basta ter um projecto mais ou menos sólido que alguém há-de financiar. Como se entretanto a crise não rondasse por estas paragens. Ainda por cima, quando o que se pede sobretudo aos políticos é que saibam ser realistas, o "nosso deputado" Miguel Relvas garantiu ao jornalista de CIDADE DE TOMAR que "Quantos conhecem Corvêlo de Sousa sabem que é credor de uma personalidade forte e assume com convicção as suas opções." Parece mentira? Pois se calhar, mas pode ser lido, sem aspas, em "José Perfeito provável em quarto lugar", na página 3 do referido semanário.
Não temos sorte nenhuma? Pois não senhor! Mas da mesma forma que a tal publicidade megalómana também serve para ajudar os jornais regionais, que bem precisam, a classificação do alegado "núcleo histórico" visava facultar mais trabalho para os arquitectos. O pior é que partiu do princípio que os proprietários dos imóveis são assim uma espécie de vacas leiteiras. Pagam o IMI, o IRS sobre as rendas, os certificados energéticos as várias taxas...e as obras de manutenção. Quando têm dinheiro para tal, bem entendido! Ganda terra! Ganda país!

2 comentários:

Anónimo disse...

Rebelo, meu caro, que te está a acontecer?
Estás a ficar nervoso e não dás conta! É preocupante...

Uns Valiunzitos ao dormir e acordar e ficas fino...

et: Já viste, até o
empresário-vereador que anda montado nas costas do outro( quer dizer, que se diz servido com o bago do outro), diz, vir um dia a ser presidente da C.- Agora se entende por que é que o gajo está cada vez com menos cabelo...

mas lúcido não está; a bajular daquela maneira o Paivão da Trofa, vê-se que ainda não entendeu nada do filme!É pena, porque o rapazito, um dia, digo eu, há-de ser um homem...

Um abraço, amigo, companheiro, camarada...


Archote.

Anónimo disse...

Não o mande tomar Valium's, homem"! Assim como assim ele está gordo que nem um texugo, a fivela o cinto aponta directamente para o chão, já nem consegue endireitar os braços ao longo do corpo (entenda-se manta de toucinho), e vomessê ainda o manda tomar medicamentos para estar parado??!!!

Francamente!!!