Na sequência do que se tem ouvido das diferentes forças partidárias locais, sobretudo da CDU e dos IpT, pensar o futuro é propor equipamentos e/ou eventos basicamente custeados pelo erário público. Há até quem diga que aqui no blogue somos demasiado pessimistas, ou que estamos redondamente enganados quando afirmamos que o estado português não só não tem dinheiro para o essencial como está praticamente falido. Para todos esses, sem querer desempenhar o papel de arauto da desgraça, mas respeitando a realidade envolvente, aqui fica esta ilustração do EL PAÍS de ontem, só para lembrar que ainda há crise. E se calhar o pior pode muito bem ainda estar para vir.
Repare-se que, enquanto em Portugal a taxa de desemprego é neste momento de 9,6%, em Espanha, mesmo aqui ao lado, a média é de 17,92%, ou seja quase o dobro. Nas regiões que fazem fronteira com Portugal, a Galiza regista 12,93%, Castela e Leão 14,14%, Estremadura 20,9% e Andaluzia 25,41%.
Observe-se igualmente que na regiões turísticas do Mediterrâneo, só a Catalunha e Baleares estão abaixo dos 20% de desemprego.
Seria muito conveniente que os mentores das listas a apresentar em Outubro não esquecessem esta realidade, escancarada aqui à frente da nossa porta, na hora de redigir os respectivos e indispensáveis programas. Os sonhos são lindos, mas os pesadelos não são, em geral, nada agradáveis. E não adianta nada dispor de boa carne e de bons temperos, se não houver quem saiba fazer bons chouriços, de preferência com um toque pessoal, por causa da concorrência, pois cada vez há mais salsicharia e menos consumidores com dinheiro para comprar...
18 comentários:
sim, está bem. Já percebemos que todas as listas têm imensos defeitos, agora até o Bruno leva por tabela. Os TpL é que são bons. Repito, JÁ PERCEBEMOS...
O Açougueiro
O anónimo anterior
os TPL - TOMAR EM PRIMEIRO LUGAR
Ainda não apresentaram programa, essa a razão porque aindã não levaram por tabela!!!
Não são megalómanos. São pessoas conscientes que os tempos não estão para falsas promessas.
São pessoas que estão mais preocupados com as situações de crise, em vários sectores, e enconttrar soluções exequíveis do que anunciar a sementeira do futuro. Até porque a falta de boa semente dá má colheita.
Tenho dito.
O adubo
Frequentes vezes o Sr. António Rebelo traduz aqui excelentes artigos do "Le Monde". Longe de pretender influenciar as suas escolhas,e como mera sugestão, poderia traduzir num dos seus posts o artigo do dito jornal do dia 22/7/09, «Transformations silencieuses» - "L'usage du mot crise est trompeur" do filósofo François Jullien.
chusma de pretensos intelectuais!
para Tomar e suas precisadas gentes, não trazem nada de novo!
viva quem está!
ao menos sabemos e conhecemos já o que de Bom e de menos Mau têm…
e é muito mais de Bom, - sejamos sérios e não cismados pelas tendências – que de menos Mau…
eleito seja Fernando Ri e seus abalizados pares!....
oração de domingo
Muito Patriarcal o comentário das 22H02...
Não faz Grande Mao.
"É SÓ PARA LEMBRAR QUE AINDA HÁ CRISE..."
Easte Rebelo continua um cromo! Como se fosse preciso lembrar as pessoas que "ainda há crise..."
Rebelo, fica-te com esta: as pessoas que trabalham como eu, de segunda a sexta, e outros, muitos outros, ainda mais, porque só folgam ao Domingo, temos bem presente que a crise está aí para durar.
Claro que para outros, como tu por exemplo, a crise não passa de uma ideia, uma palavra com um significado, mas que a ti não te diz muito, ou mesmo nada.
O FANTASMA DAS CUECAS ROTAS
Há que admitir que este titulo foi muito infeliz, sim.
Paraos anónimos incomodados:
Já vai sendo costume. Escrevemos sobre alhos e os comentadores respondem-nos com espantalhos. Neste caso do "É só para lembrar que ainda há crise", os destinatários não eram, está claro, os trabalhadores, mas os senhores candidatos e outros líderes partidários locais, que infelizmente continuam a prometer mundos e fundos, com se houvesse dinheiro para tudo. Nestas circunstâncias, vir dizer que o título foi muito infeliz, denota uma compreensão bastante limitada do texto e da comunicação em geral.
Tenham paciência, mas quem escreve o que quer, arrisca-se ler po que não gosta.
Um bocadinho mais de humildade não lhe ficava nada mal, não...
Humildade em nome de quê? Já é preciso usar de humildade para proclamar a verdade? Só os textos laudatórios é que podem não ser humildes? Os senhores políticos, e outros anónimos, beneficiam de algum estatuto dee superioridade? Concedido por quem? Em nome de quê? Com que fins? Estavam convencidos que iam poder continuar a tentar ludibriar os potenciais eleitores, como no tempo em que só havia imprensa escrita controlada e rádios às ordens? Habituem-se, dizia o careca aqui há tempos na TV.
Superioridade? Nem os politicos, nem os anónimos. Nem você!!!
Não comece a embrulhar o assunto.
Explico-lhe:
"...vir dizer que o título foi muito infeliz, denota uma compreensão bastante limitada do texto e da comunicação em geral."
Ficar-lhe-ía bem um pouquinho de humildade para, pelo menos, contemplar a remota possibilidade que...
bastante limitada não seja a compreensão de quem lê, mas...
...bastante limitada possa ter sido o sentido de oportunidade/ capacidade de comunicação de quem escolheu o titulo.
"...quem escreve o que quer, arrisca-se a ler o que não gosta."
Pois, precisamente!
Escolheu o titulo que quis, e leu o que não gostou.
Humildade? Onde? Nos políticos é que não, essa só existe um mês antes das eleições, sabem porquê não sabem?
Ninguém está a tentar embrulhar o assunto. Pelo contrário, procura-se antes esclarecê-lo.
Como qualquer outro cidadão, tenho uma capacidade intelectual bastante limitada. Procuro nunca o esquecer. Ainda assim, persisto na afirmação de que, tendo em vista o público-alvo escolhido, o título foi o mais adequado. Pena é que nem todos assim o tenham entendido, o que faz parte integrante do livre-arbítrio, e ainda bem que assim acontece. Pela minha parte, nunca coloco a questão em termos de gostar ou não gostar, mas de visão correcta ou incorrecta. Caso detestasse realmente ser contraditado, tinha o remédio ideal -calar-me, como faz a maior parte. Infelizmente!
"Como qualquer outro cidadão, tenho uma capacidade intelectual bastante limitada. Procuro nunca o esquecer. "
Nem me vou dar ao trabalho de comentar.
Estamos mesmo em radio-frequências diferentes, e isto nem tem nada a ver com politica.
Sintonize com o Planeta Terra...
São calinadas a mais.
Se acha que são calinadas, realmente estamos conversados. Nem sei mesmo o que andará a fazer por estas bandas.
Saudações respeitosas e passe bem.
Pronto: amuou!
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