sábado, 25 de julho de 2009

CULTURA E MISÉRIA

Os cidadãos habituam-se a tudo. Mesmo às situações mais desumanas. Agora que se aproximam as eleições autárquicas, cidadãos de todas a tendências falam de cultura, de educação, de investimento, de turismo, de património, de saúde, mas de alojamento não. E no entanto... No entanto há as famílias ciganas, a quem já prometeram mas ainda não cumpriram. E há os casos sociais tomarenses. O Zé Carlos, que continua nos sanitários de S. Gregório, o Rogério, que continua numa casa da Rua Nova sem as condições mínimas, o Manuel Cavalo de Pau (de quem se fala, na chacota, para fazer parte de uma lista para a autarquia), que vive no prédio arruinado da foto, sem água nem luz nem casa de banho, os dois velhotes que pernoitam num prédio degradado, igualmente sem luz nem água nem casa de banho, ali ao início da Rua de Leiria, do lado esquerdo. E outros...
Dirão alguns que a câmara não tem meios para alojar estes cidadãos com a dignidade a que têm direito, simplesmente por que são pessoas humanas. E europeus, ainda por cima. Pois é bem capaz de ser verdade. Mas tiveram 40 mil contos para gastar em publicidade e comunicação durante os últimos 12 meses. Estará certo? Afinal, qual a prioridade? A dignidade humana e a ajuda ao próximo? Ou a promoção pessoal, a vaidade?
É nosso entendimento que os cidadãos citados não estão ainda alojados com um mínimo de condições, basicamente porque os senhores autarcas que temos nunca procederam adequadamente e com convicção. Se o tivessem feito, já teriam conseguido que a direcção do Lar de S. José reabrisse uma parte das instalações agora desocupadas do Largo do Pelourinho, para aí instalar os nossos conterrâneos infelizes. Naturalmente após obras sumárias de adaptação e com o destacamento de alguém para limpeza e arrumação. Mas nunca é tarde. Vamos a isso? Ou o Lar de S. José e a Misericórdia são agora instituições com fins lucrativos?

9 comentários:

Anónimo disse...

A única coisa que se aproveita em Tomar está em cada uma das entradas.
Chamam-se Saídas.

Anónimo disse...

Se entrar pelas aldeias dentro, não vai parar de encontrar miséria e mais miséria.
Estes que referiu são casos para a assistência social tratar, mais do que a autarquia, em minha opinião.

Anónimo disse...

Tomar a freguesia do Entroncamento, JÁ!

Laranja Mecânica disse...

Cada aberração... Freguesia do Entroncamento ? Enfim, essa espécie de cidade (...) nem concelho devia ser.

TN, Abrantes, Entroncamento e Ourém a freguesias de TOMAR, JÁ !

Com o PSD na frente, claro está !

Anónimo disse...

E até dava para "brilharem"...

Como é que estas pessoas conseguem ser eleitas e não têm vergonha de se apresentarem de novo aos eleitores?

Malandragem! Malandragem! Querem ser autarcas para quê? E os partidos? Sim os responsáveis dos partidos não dão por estas coisas para chamarem a atenção dos seus representantes na autarquia? Cambada de imprestáveis. Não prestam para nada e como não prestam para nada andam por aí na política a fingir que defendem as populações que os elegeram.

Há pelouros, é preciso denunciar os safardanas que têm os respectivos pelouros. Malandragem!

Anónimo disse...

Aberração, caro senhor, é alguém ser do PSD!
Ele há com cada freak!

Anónimo disse...

Ó tu da "malandragem".
Candidata-te, porra!
Ou nem para isso serves?

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Tomar a freguesia de TORRES NOVAS! Já ontem era tarde!!!