Incitado pelo jornal i, que incluiu na edição de hoje uma chamada de primeira página sobre o assunto, resolvi consultar o site lovingplaces.com, que indica os melhores locais para ter sexo ao ar livre. Perante o círculo indicando 259 em Portugal, rodei um pouco para ampliar é lá consegui ver Tomar, com a indicação 4. Verificação feita, trata-se de uma informação exagerada. Na realidade indicam apenas três, sendo um repetido, pelo que restam dois - Terreiro da Senhora da Conceição e Terreiro da Senhora da Piedade. Sobre aquele, diz-se que "Com vista para o Castelo e para a cidade...promete uma noite agradável", que infelizmente as obras em curso tornaram impossível. Quanto à senhora da Piedade, silêncio total.
Desanimado com tal pobreza franciscana, continuei à procura nas cidades mais próximas. Em Abrantes, os estacionamentos urbanos são "Um local pouco movimentado de noite, pelo que permite muita adrenalina." Já os Jardins do Castelo "Nas noites quentes de verão são um local...acolhedor. A densa vegetação nas redondezas permite que haja alguma privacidade e que todos se divirtam."
Ao contrário de Torres Novas, por enquanto sem qualquer indicação, o Entroncamento aparece com uma frase enigmática: "Junto aos armazéns." Só para clientes habituais, está visto.
Em Ourém indica-se que "No Castelo, pela noitinha, um local muito próprio para o efeito!! Bonito e arriscado."
Finalmente, surge o Castelo do Bode, a mostrar que mesmo nestas coisas do sexo ao ar livre, há que ter cautela, pois "uma nega" acontece a qualquer um. Ora leia: "Um pouco abaixo do rio, após a barragem, no refrescante Zêzere. Talvez até refrescante demais!" Ou terá sido apenas falta de hábito e/ou de habilidade de parte a parte?
E agora, tomarenses e forasteiros apaixonados e amantes da natureza, vamos lá a enriquecer quanto antes as indicações sobre ninhos de amor ao relento na cidade do Nabão. Só dois, um dos quais por enquanto inoperacional, mostram que até nesse domínio tendemos a ser mauzitos. Ou trata-se apenas de egoismo?
3 comentários:
ASSIM SE PROMOVE TOMAR
FICAMOS CÁ COM UMA FAMA
A MESMA JÁ É PÉSSIMA MAS AINDA PIORA
NINGUEM MANDA EM TOMAR OU CADA UM MANDA E ARRECADA PARA SEU LADO
TOMAR - Indignação e revolta entre os comerciantes que estão instalados no Parque de Santa Iria
Indignação e revolta. São estes os sentimentos que mais se adequam aos comerciantes que estão instalados no Parque de Santa Iria desde o último sábado. Cerca de duas dezenas de expositores, entre artesanato, comércio de queijos e enchidos, leitão da Bairrada e doces regionais. A Festa dos Tabuleiros, que se perspectivava como uma excelente oportunidade de negócio, está a decorrer abaixo das expectativas e o cenário mais provável é que todos os comerciantes tenham um claro prejuízo no final das contas. A Hertz esteve em reportagem pelo Parque de Santa Iria e deparou-se, de facto, com um cenário desolador. Nos cerca de vinte minutos em que estivemos à conversa com expositores, registámos a passagem de quatro ou cinco transeuntes. E nenhum se aproximou das bancas.
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Poderia adiantar alguns parques na cidade (ou junto a esta) onde também ´"já fui muito feliz".
Aponto apenas três que considero significativos:
a) No parque de estacionamento do Hotel dos Templários;
b) No Mercado municipal, com vista para as esplanadas da Beira-Rio;
c) No Agroal.
Quinta-feira, Julho 07, 2011
Agora sim, estamos todos à rasca
Manuel Ferreira Leite já pode ir descansadinha tratar do netinho em Londres, tal como era seu desejo o país livrou-a do José Sócrates sem se preocupar muito em avaliar quem o substituía. Luís Duque descobriu que um afundanço em “v” é uma bênção para a economia portuguesa. Cavaco Silva acabou de descobrir que o tal mercado financeiro longe do qual negociava as suas acções é merecedor de desconfiança.
Temos um governo e peras, o ministro da economia não está preocupado com coisas importantes como a bandeirinha ou a forma como os jornalistas o tratam, nas Finanças o secretário de Estado mantém a equipa do antecessor e vai-se entretendo a visitar os serviços, o Moedas juntou trinta assessores para tomar conta do Gaspar, o primeiro-ministro interrompeu as trocas de sms com a Manuela Moura Guedes para dizer aos portugueses que levou um murro no estômago.
E entre brincadeiras eleitorais forçadas e brincadeiras governamentais de Passos Coelho já passaram três meses, tempo durante o qual não surgiu uma nova ideia, a tripla formada por Cavaco Passos e Portas nada mais fez do que anunciar aumento de impostos. O mais importante de um Conselho Europeu em momento de crise foi a forma como recebeu Passos, mais importante do que as ideias e propostas de Passos foi a opção deste viajar em turística tão à borla como se tivesse viajado em executiva.
Em vez de estarmos preocupados em saber se os nossos ministros conseguem pensar para além da bandeirinhas deleitamo-nos a ver as fotografias de Passos ao lado da Merkel, em vez de discutirmos se a Europa está a combater a crise do Euro estamos felizes porque Passos fez o sorriso adequado para a fotografia.
Com tudo isto já passou um mês desde que a direita ganhou as eleições e nada mudou a não ser para pior, na Educação ninguém sabe qual vai ser o futuro e a grande preocupação do ministro são as máquinas de calcular, quando o país precisa de exportar o AICEP está de pantanas porque Passos não o quer dar ao ambicioso Portas e acha que é areia de mais para a camioneta do Álvaro. Quando se exigia um governo competente aparece um que mais parece a fila da frente dos jovens à rasca, quando se pensava que os governantes eram escolhidos em função da competência e a pensar no país ficamos a saber que só é governante quem sobreviver ao telemóvel da Manuela Moura Guedes.
Desde que a direita sonhou com o poder que o país deixou de ser governado e desde que a mesma direita chegou ao poder que começou a ser desgovernado. Tudo tinha começado com a negociação do orçamento de 2011 que só foi aprovado no momento mais conveniente para Cavaco, no dia em que apresentou a sua candidatura presidencial, com o discurso de vitória de Cavaco Silva começou o assalto ao palácio de São Bento como se fosse o nosso Palácio de Inverno. Desde então a palavra de ordem da direita foi usar as negociações supostamente bem intencionadas para impedir de governar e recorrer a uma maioria oportunista no parlamento para desgovernar.
Agora a direita governa e a única coisa que Passos Coelho tem para dizer aos portugueses é que levou um murro no estômago, que grande novidade! Há meses que Portugal está a levar murros no estômago e uma boa parte deles nem foram dados pelas agências de notação.
O JUMENTO
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