quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

ANÁLISE DA IMPRENSA REGIONAL DESTA SEMANA

Esta semana a dianteira vai para O TEMPLÁRIO, não por causa da manchete, mas devido a duas peças excelentes, das quais nos permitimos sacar outras tantas citações. Assim, na página 16 da crónica "FMI? FMI!" subscrita por J.A. Godinho Granada, mesmo não concordando com o seu final demasiado alarmista e irremediavelmente datado, este excerto de Hernâni Lopes, o grande economista e cidadão exemplar há pouco finado: "Na sociedade portuguesa, que tem vivido numa atitude interesseira e egoísta, sem horizonte e sem conteúdo, vazia de substância, é preciso substituir o facilitismo pela exigência, a vulgaridade pela excelência, a moleza pela dureza, a golpada pela seriedade, o videirismo pela honra, a ignorância pelo conhecimento, a mandriice pelo trabalho e a aldrabice pela honestidade." Querem os leitores apostar que havendo uma maioria, (ou no mínimo uma minoria considerável), a proceder assim, Portugal iria melhorar e muito? 
A outra peça tem a assinatura de Pedro Ferreira, que pelo estilo de prosa parece ser arquitecto ou engenheiro civil, ocupa quase toda a página 21, e tenta escalpelizar o "Plano de Pormenor dos Pegões". Parece-me muito bem escrita, acutilante e equilibrada. Dela se destaca: "Ora, das duas uma: ou os veredores presentes assinaram de cruz o envio do plano para a CCDRLVT, o que em nada os abona; ou a reunião do dia 10 de Janeiro não passou da encenação do primeiro acto da sua deresponsabilização em todo este processo dos Pegões." 
"4 - No mínimo, a forma como a Câmara tratou o plano de pormenor dos Pegões configura uma atitude de negligência e uma falta de sentido de Serviço Público politicamente condenáveis. Esperemos que a conferência de serviços que a CCRDLVT irá promover ponha termo a este descalabro. De resto, quanto a mim, caberá ao Ministério Público averiguar se houve ou não dolo em tanta negligência; se houve favorecimento; se houve tráfico de influências ou algo mais que possa incriminar os intervenientes em tão obscuro episódio da vida do Município."
Concordarão os leitores que, apesar de acusado com frequência de má-língua, apóstolo da desgraça ou especialista de zunzuns, nunca ousei ir tão longe...
Mas o povo é sábio, detém uma experiência de muitos séculos e costuma dizer que "não há fumo sem fogo"...
O MIRANTE desta semana fica-se quase exclusivamente, no que toca à nossa zona,  pelo aniversário do Canto Firme, com uma foto do seu fundador e actual presidente António Corvêlo de Sousa na primeira página e a respectiva notícia na página 39. Procurando no interior, lá encontrámos referência ao polémico Plano de Pormenor dos Pegões, nas páginas de economia, bem com uma entrevista de duas páginas ao presidente da Casa do concelho de Tomar em Lisboa, José Manuel Graça, com a assinatura de Elsa Ribeiro Gonçalves.
CIDADE DE TOMAR faz manchete com o pânico dos habitantes do lugar da Ponte, na freguesia da Beselga, por causa de obras da REFER que não terão agradado à população. Nas páginas interiores, vários textos com intervenções dos vereadores IpT nas reuniões camarárias, reportagens sobre iniciativas de recolha de fundos para auxiliar as vítimas do tornado e notícias sobre a preparação da próxima edição da Festa dos Tabuleiros.
Na minha tosca opinião, a notícia mais insólita desta semana, no semanário dirigido por António Madureira, vem na página 8 e tem por título "Falta de ampolas de adrenalina" na Unidade de Saúde Familiar de Santa Maria. É realmente inesperado e estranho, mas pensando melhor, já era de prever. Com a pasmaceira que por aí vai, ainda queriam que houvesse adrenalina? Não há stress, não pode haver semelhante coisa! Nem cá faz falta, salvo para uso médico, como é o caso. Nunca se pode ter tudo!

5 comentários:

Anónimo disse...

Disseram-me hoje que há um presidente de câmara no nosso país que é muito original. Recebe toda a gente, cria expectativas em quem o procura e depois não resolve rigorosamente nada. Também me disseram que quando confrontado com os assuntos que se comprometeu resolver responde sempre que está a tratar deles, que em breve haverá notícias ou que aguarda respostas de terceiros e passados dias, semanas, meses, anos nada mas mesmo nada é resolvido. Será isto possível?

Anónimo disse...

O Toninho patilhas tem o pasquim a dar o berro. Já não há papel para ordenados e os assinantes continuam levar com atendimentos malcriados de uma sobrinha do careca

Vai de agulha o quase centenário

Anónimo disse...

anónimo disse...
É triste ser tomarense...
esta terra que eu adoro perde tudo, mas quando alguém quer trazer alguma coisa de bom, investimento, emprego turismo não se consegue já que as politiqices e inveja ultrapassam tudo.
O plano de pormenor dos pegões foi pago na integra pelos proprietários.
foi largamente debatido com todas as entidades nomeadamente com a do património sendo intenção proteger mais o património do que tem sido até agora, não foi gasto até agora um cêntimo do contribuinte...mas já há corrupção!!! enfim é a cidade que temos e que se calhar merecemos!

Anónimo disse...

O Sr. Pedro Marques não deverá saber o que é um complexo turistico com campo de golfe.
quer que se construa, tal como outros sábios da cidade, o campo de golfe e só depois se inicie a parte da construção do hotel e residencial.
isto para quê? para evitar que não se construa o campo de golfe depois de construida a parte habitacional.
pois bem o sr. que já foi presidente desta cidade e que tanto mal lhe fez
não queira acabar com o que sobra.
o sr. e todos os defensores da cidade que tal como o sr. querem acabar com o investimento nesta terra.
temos exemplos bem perto de presidentes de cãmara que para atraírem postos de trabalho e mais valias para o seu concelho concedem benesses para instalarem empresas.
no caso dos pegões não foi o caso.
mas acreditem meus amigos quem lhes dera a esses terem um projecto desta dimensão nas sua cidades. podem crer que essa gente os saberia acarinhar em vez de dizer mal de tudo e por tudo como é apanágio dos ditos defensores de Tomar

Anónimo disse...

O jornal Cidade de Tomar baixou a tiragem de 7.000 para 6.000.O Jornal O Templario mantém os 2.000.