Foto Rádio Hertz, com os nossos agradecimentos
Conforme anunciado, teve lugar esta manhã no Café Pepe o programa inaugural da série "À mesa do café". O convidado foi Miguel Relvas, tomarense por adopção, presidente da Assembleia Municipal e secretário-geral do PSD. Para cabal entendimento do ocorrido, resolveu-se dividir a apresentação escrita em quatro partes: Agora as considerações prévias, no próximo post os assuntos de âmbito nacional, no terceiro texto as questões locais e finalmente as conclusões. Julga-se que assim a respectiva leitura será mais fácil. Sobre a iniciativa "À mesa do café", convém precisar que se trata de uma tentativa para alargar o âmbito do fórum de cidadania que é Tomar a dianteira, aos eleitores que não dispõem de computadort ou Internet. É também uma parceria tendo em vista facultar aos ouvintes da Rádio Hertz um outro tom, uma outra maneira de abordar as coisas, sem prejudicar os briosos profissionais da casa. Por outras palavras, tal como em qualquer outro sector de actividade, as características dos produtos finais dependem sobretudo de quem os faz. Neste caso, o estatuto etário do condutor do programa permite-lhe questionar usando um determinado formato que não está ao alcance dos habituais locutores da HERTZ, designadamente dada a sua juventude. Nesta primeira emissão, Miguel Relvas "falou com o coração", para usar a sua própria expressão, porque dialogava com alguém que conhece há mais de trinta anos, com quem tem conhecidas divergências políticas, reconhecendo-lhe embora lealdade e verticalidade, sem subserviências. Cabe naturalmente aos ouvintes da Rádio Hertz e aos leitores de Tomar a dianteira comentarem o programa. Em todo o caso, regista-se que a nova emissão não "rouba o pão" a quem quer que seja, tendo até sido convidados os restantes órgãos de comunicação locais. Fez-se e procurará fazer-se sempre a melhor informação possível, numa clima de diálogo sereno e fraterno, entre pessoas envolvidas nos problemas locais, que desejam acima de tudo o melhor para a sua terra, que o mesmo é dizer para os seus habitantes. Dito isto, vamos ao "antes da emissão". Miguel Relvas apareceu acompanhado por José Delgado, Carlos Carrão e Luís Vicente, além do seu assessor. Posteriormente juntaram-se-lhe Rosário Simões e António Paiva. Visivelmente bem disposto, declarou-se disponível para responder a todas as perguntas e sobre qualquer tema. Logo no início da sua intervenção denotava serenidade, confiança, desejo de mudança e vontade de ousar. Ouvindo as suas declarações gravadas, é ainda mais nítido que falava com paixão, com convicção, com o tal "brilhozinho nos olhos" que ninguém consegue fingir. Falou sempre "com o coração", salvo quando se tratou de responder a uma pergunta enviesada -"Não na qualidade de secretário-geral do maior partido da oposição, mas como simples eleitor anónimo, quando é que julga que o governo PS irá de férias?" - Aí foi franco. Admitiu que abandonava o estilo sentimental para assumir o político "porque uma notícia nas rádios locais, daí a pouco está nas nacionais." Em conclusão, sem rodeios ou meias tintas, como é costume, reconhece-se com satisfação que Miguel Relvas -mesmo assumindo inteiramente a culpa pela actuação de António Paiva enquanto presidente, que continua a defender, excepto no caso da Rotunda- constituiu para quem o entrevistou uma agradável surpresa, tendo até dado mais alento para enfrentar o que aí vem, pois foi reconfortante saber que há pessoas e projectos que não são uma mera alternativa de conjuntura. Mesmo que essas pessoas tenham opções sectorialmente divergentes das nossas. É a democracia a funcionar, no sentido de se adequar ao novo paradigma. |
7 comentários:
Quando li extractos da entrevista pensei que o dr. Rebelo era merecedor de entrevistar alguem que conseguisse construir uma frase completa com sujeito, predicado, complemento, etc,etc. E sem se rir entre duas palavras. Afinal estava enganado porque, pelo descrito, gostou!
Quanto ao sr. Relvas "falar com o coração", poupe-nos: o que está em causa é a morte assistida a que o PSD condenou Tomar, tornando-a uma cidade irrelevante e sem peso político. Também o problema da gestão do sr. Paiva não é a rotunda da fonte, é a estratégia errada seguida em 15 anos. Ao "brilhozinho nos olhos" que viu no entrevistado devia contrapôr o embaciamento dos olhos dos tomarenses que não encontram outro futuro na cidade que não seja esperar pela reforma, não ser despedido até lá e ver os filhos partir. Relvas com "desejo de mudança e vontade de ousar"? Só se fôr livrar-se deste fardo chamado Tomar (antes que alguem o confronte com as suas reais responsabilidades, mesmo de omissão). Até as propostas futuras podem ser para o PSD local perder, assim fechar a sua porta em Tomar, e abrir a do convento em Lisboa onde outras "especiarias" esperam sª. exª.
Em democracia todos temos opiniões livres e alteraveis mas, quem leu textos seus fica com a suspeita que, ontem, lhe puseram algum produto na bebida...
Pedro Miguel
Eis a versão tomarense actualizada de "Os Marretas"!
Para Pedro Miguel:
Bem haja pelo seu comentário. Tem pelo menos dois méritos: está bem escrito e é franco.
Quanto à bebida, fique descansado; só bebo água e uma ou outra infusão.Tudo sem álcool, claro!
Sobre as minhas posições em relação à atitude e às declarações de Miguel Relvas, sem me alongar demasiado, que não é o local próprio, gostaria de lhe assinalar três factos: 1 -Paiva fez o que fez porque não teve qualquer oposição, de eleitos, da imprensa ou da população, nem houve alguma vez, que se saiba, contra-propostas. Foi tudo sempre do tipo "é assim porque eu quero e não se fala mais no assunto"; 2 -Relvas lamentou nas suas declarações a manifesta inépcia de TODOS os vogais da AM, aquando da recente sessão extraordinária sobre a crise. Acrescentou até que, ao convocá-la, estava convencido de que havia projectos, propostas, documentos para debater. Se não houve nada, a culpa será dele? Só dele? Conhece alguma cidade onde se façam chouriços sem carne? 3 -Ao ouvir o presidente da AM condenar implicitamente a actual liderança, embora recusando eleições, recuperei alguma esperança, pois afinal, parece-me, nem tudo estará já perdido. Estou equivocado? É possível Mas então será assunto para debater serenamente noutro local e noutra altura. Coloco-me à sua disposição. Marque o local a data e a hora. Pode fazê-lo para a.frrebelo@gmail.com
Embora de forma sibilina Relvas passou uma certidão de óbito político ao Presidente Curvelo e abriu a porta da Presidência ao Vice-Presidente Carrão.
Em relação à tal sessão extraordinária da Assembleia Municipal sobre a crise, TODOS se esquecem que as propostas são feitas no Executivo e aplicadas pelo Executivo.
E, claro, ninguém fez propostas formais, que não cabiam, mas alguns apresentaram soluções genéricas e indicaram caminhos.
Se os Ex.mos Senhores Miguel e Rebelo não perceberam isso, das duas uma, ou andam distraídos ou são sectários q.b.
E o anónimo de 9 de Janeiro de 2011 07:00 acertou na mouche - versão actualizada de "Os Marretas"!!!
E eu acrescento, um bom serviço prestado ao Relvas e a todos os Relvas deste Concelho, assim como que um balde de cal para branquear a sua actuação na era do barão da Trofa e a sua inacção na era post negócio coligativo com os socialeiros Hugo/ferreira das farturas.
Pedro Miguel refere acertadamente:
"Relvas com "desejo de mudança e vontade de ousar"? Só se fôr livrar-se deste fardo chamado Tomar (antes que alguem o confronte com as suas reais responsabilidades, mesmo de omissão).
O Dr. Rebelo está convertido no homem dos fretes, uma vez aos seus amigalhaços socialeiros, agora ao Relvas e sua trupe!
Merece ser devidamente recompensado pelo bloco central de interesses e mordomias!!!!!
É de toda a justiça!!!!
Para A. Rebelo:
Agradeço a sua disponibilidade e, se se mantiver, poderemos fazer esse debate.
Quanto à bebida não pretendi insinuar a existência de álcool: vários pós, mesmo com água, alteram o discernimento (desculpe o simbolismo). Também é outro simbolismo, mas conheço cidades onde um homem só fez muito, com a sua influência, e fez mesmo chouriços sem carne (ou com carne rejeitada pelo vizinho). E aqui náo há culto da personalidade.
A falta de oposição a Paiva não impede que se avalie e critique até para evitar repetição dos erros.
Quanto a responsabilidades, Relvas está totalmente certo quando diz que os tomarenses votaram em Corvelo.
Mas as responsabilidades de Relvas derivam de ser quem tinha mais influència no poder central para canalizar investimentos e evitar deslocaçóes de serviços e, pelos vistos, reponsavel tambem por não ter "trazido" investidores brasileiros amigos para Tomar!
Pedro Miguel
Para anónimo em 11:21
Ia a responder-lhe mas chamaram-me a atenção aqui no blogue para a base da democracia: só votam os previamente inscritos no recenseamento. Para se garantir o primado da verdade: uma pessoa, um voto. Pois doravante também aqui em Tomar a dianteira só haverá resposta a comentadores cabalmente identificados. Cá por coisas...
Para Pedro Miguel:
Estou à sua disposição. Queira marcar encontro através de a.frrebelo@gmail.com
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