quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

PARA VER SE VAMOS APRENDENDO ALGUMA COISINHA...


O Le Monde é o mais prestigiado jornal francês. A referência de todos os jornais europeus. Aquele que é lido e comentado no mundo inteiro, em conjunto com a imprensa anglo-saxónica. Totalmente privado, tem uma tiragem diária de 500 mil exemplares, contra 120 mil do nosso EXPRESSO. Ao ser comprado recentemente por três empresários franceses, logo o actual director, Eric Fottorino, apresentou a sua demissão, que foi aceite. Iniciou-se então o processo de escolha do novo director.
Reproduzimos, com os nossos agradecimentos, essa notícia, dada pelo próprio jornal. Ocasião para perceber o que é um concurso transparente, um jornal independente, accionistas "arejados" e como se redigem perfis para lugares exigentes.

"VÁRIOS CANDIDATOS PARA A DIRECÇÃO DO "LE MONDE"

As candidaturas devem ser comunicadas até ao próximo dia 10 de Janeiro"

"O processo de designação de um novo director do Le Monde já começou. Os candidatos devem apresentar-se até 10 de Janeiro. 
Até agora, oito jornalistas apresentaram a sua candidatura: -5 jornalistas do Le Monde (Olivier Biffaud, Jean-Michel Dumay, Sylvie Kauffmann, Arnaud Leparmentier  e Rémy Ourdan; Claude Leblanc, chefe de redacção do Courrier International) e dois candidatos externos ao Grupo Le Monde, que por agora desejam manter o anonimato.
O pacto social dos accionistas do grupo prevê que "o director do jornal será um jornalista nomeado pelo conselho de vigilância da "Société Éditrice du Monde - SEM" e que, "para ser válida, a nomeação do director do jornal deverá ser aceite por uma maioria de 60% dos votantes, na assembleia-geral da "Société des rédacteurs du Monde - SRM".
A partir de 10 de Janeiro, os candidatos serão ouvidos, ao ritmo de dois por dia, durante uma hora, perante uma comissão restrita, composta por Pierre Bergé, presidente do conselho de vigilância, Gilles Van Kote, vice-presidente do mesmo conselho e presidente da SRM, e Louis Dreyfus, presidente do directório. Os candidatos exporão o seu projecto editorial para o Le Monde, caso venham a ser escolhidos. Imediatamente a seguir, a comissão restrita efectuará uma primeira selecção.
As candidaturas serão depois transmitidas, cada uma com a sua recomendação, a uma comissão alargada, composta por Pierre Bergé, Mathieu Pigasse e Xavier Niel [os três novos donos], dois representantes da SRM, um representante da sociedade dos empregados e das chefias do Le Monde, Jean-Louis Beffa, membro do conselho de vigilância e Louis Dreyfus, presidente do directório. Esta comissão alargada reunirá durante a semana a iniciar em 17 de Janeiro, podendo eventualmente voltar a ouvir os candidatos antes seleccionados.
Por sua vez, o conselho de gerência da SRM deverá pronunciar-se sobre as candidaturas, tendo por base as informações antes transmitidas pelos seus dois representantes na comissão alargada. Uma reunião do conselho de vigilância do "Groupe Le Monde" terá lugar durante a semana a iniciar-se em 24 de Janeiro, e apresentará o nome escolhido. Finalmente, a SRM reunirá em assembleia-geral no princípio de Fevereiro e pronunciar-se-á por um mínimo de 60% dos votantes sobre o nome escolhido pelo conselho de vigilância.
O director do jornal será o responsável pela linha editorial. De acordo com os accionistas, deverá corresponder, tanto quanto possível, a este perfil: "Jornalista, sem filiação partidária conhecida, de origem interna ou exterior ao grupo Le Monde, sem qualquer preferência, inscrito numa dinâmica de mudança, agregador e lider de equipa, podendo e querendo representar o jornal no exterior, tendo se possível uma experiência plurimédia e uma compreensão das apostas futuras na área digital".

Como podem constatar os pseudo formadores de alianças locais, não se fala de idades, nem de excluídos, nem de habilitações académicas, nem de filiações partidárias, nem, nem, nem... Uns simplórios, estes franceses! Os tomarenses é que sabem! Sobretudo os que resolveram ressuscitar agora, mais uma vez, a ideia da coligação local PS/IpT/CDU/BE, desde que não inclua...
Bem dizia o falecido Manuel Martins: Deus nosso senhor é pai de tanto filho bruto. E não tem culpa nenhuma.

6 comentários:

Anónimo disse...

Tanta coisa para rematares desabafando o que te dói:

Não te conformas com o atrevimento de alguém que teve a coragem de vir a tua casa dizer-te que NÃO fazes parte da solução. Antes és parte do PROBLEMA.

E o que é que as TUAS DORES têm a ver com a vida e os métodos democráticos do "Le Monde"?

NADA!

Tu és um seguidor "moderno" do "L'ÉTAT SAIS MOIS!"...

Se fosses accionista do "Le Monde" tínhamos um novo director nomeado "à Belmiro".

Temos de te ir aturando,né verdade?

Tu é que és o dono da "baiúca"...

Anónimo disse...

Muito boa a observação final, Professor! Mais comentários para quê?
Cordialmente!
Zé Esperança

Anónimo disse...

Só para esclarecer que a frase original não é a citada pelo anónimo comentador. Ei-la: "L'État c'est moi".

Anónimo disse...

A abertura de baiucas é gratuita, só não tem quem não quer ou não sabe. Mas é mais fácil ir aliviar-se na do vizinho, não é verdade? E depois ainda têm o desplante de se queixar. Devem estar convencidos de que Tomar a dianteira faz parte dos direitos, liberdades e garantias que constam da Constituição...

Anónimo disse...

Ai TÓ!

Nem imaginas o ALIVÍO...

E o que me fizeste rir...até às lágrimas!

Se não existisses,tinhas de SER INVENTADO!

Anónimo disse...

E lá está ele com o Le Monde! Isto é fixação...e é recorrente!
Nada que não se cure naquela casa de que fala o João César Monteiro!