Esta ilustração foi feita a partir de elementos da página "Convento de Cristo", que faz parte do site wwwigespar.pt. O IGESPAR é o organismo estatal que sucedeu ao IPPAR, fundado por Lucas Pires, Ministro da Cultura no Governo AD. Tem a sua sede e serviços centrais no Palácio Nacional da Ajuda.
O IGESPAR tutela actualmente sete conjuntos patrimoniais: Campo Arqueológico do Coa, Convento de Cristo, Mosteiro de Alcobaça, Mosteiro da Batalha, Mosteiro dos Jerónimos, Panteão Nacional e Torre de Belém. A sua dotação orçamental global foi em 2010 de 16 milhões de euros + as receitas das entradas nos monumentos que tutela. No caso do Convento de Cristo, à volta de 400 mil euros.
Nada me move contra o IGESPAR ou os seus funcionários. Apenas me entristece ver centenas de pessoas olhando para as paredes, sem qualquer ajuda humana, de cada vez que entro no monumento emblemático de Tomar. Ainda assim, nem sequer perderia tempo a redigir este texto, se o tempo não fosse, -como felizmente e finalmente é- de esperança, de poupança e de mudança. Passo ao que me parece menos bem ou até totalmente errado.
Em época de obrigatória austeridade, constatar que um organismo governamental que apenas tutela sete monumentos, custa aos contribuintes 16 milhões de euros anuais, pode ser que seja normal, mas a mim não me parece. Ainda para mais, sediado em Lisboa, o IGESPAR nomeou há pouco para o Convento de Tomar uma directora que veio do Algarve e cujo conhecimento do monumento está por demonstrar. Tudo isto quando a sede da autarquia tomarense fica a cem metros em linha recta.
Além destes primeiros factos insólitos, o horário de abertura do monumento não parece ser o mais adequado. Encerra nalguns feriados, fecha para almoço e às 18 horas no verão, às 17 no inverno. Durante o horário de visita, não há visitas acompanhadas ou guiadas, salvo quando solicitadas previamente, apesar de se pagar 6 euros de entrada.
Quando se protesta contra semelhante estado de coisas, a resposta é sempre a mesma: "Não temos guias, apenas vigilantes e técnicos". É por isso muito estranho que o próprio IGESPAR anuncie "Visitas guiadas organizadas pelo Monumento, Percursos temáticos e Visitas privadas, conforme consta da ilustração supra. Então afinal, têm ou não têm guias? Se não têm, quem acompanha as "Visitas guiadas organizadas pelo Monumento"?
Em tempo de esperança, mudança e poupança, seria por ventura boa ideia considerar a hipótese de autonomizar o Convento para uma experiência de gestão turística, que poderia depois ser alargada a outros monumentos, caso fosse antes coroada de êxito. Aqui fica o alvitre. Ao cuidado de Miguel Relvas, Paulo Portas e Cecília Meireles, porque os monumentos devem, no meu entender, passar a ser geridos em função da sua utilidade turística. Por agora é isto. Mais detalhes só mediante prévia solicitação dos acima mencionados, com o devido respeito.
4 comentários:
O Convento de Cristo apenas fecha no Domingo de Páscoa, Dia de Natal e Dia 1 de Janeiro e não fecha à hora de almoço.
A única coisa que fecha em Tomar à hora do Almoço é o Posto de Turismo e a Sinagoga, pelo menos desde o Natal do passado ano.
Miguel Relvas, Paulo Portas e Cecilia Meireles acordam todos os dias um pouco mais cedo para ler os seus dislates.
Certamente vao aplicar as suas ideias e, quiça, fazer-lhe uma homenagem formal em plena praça da Republica, Sr Dr Rebelo.
Paulo Gracio
Para comentador das 01:24 horas:
"A única a coisa que fecha em Tomar à hora do Almoço é o Posto de Turismo e a Sinagoga"
Se fala do Posto de Turismo e da Sinagoga, refere-se a duas coisas. Logo, o termo correcto seria "únicas", no plural.
Assim reprova no teste do Professor. Cuidado, sim?
LEIAM O TEXTO E VEJAM QUE ESTES HIPÓCRITAS ENCHEM A BOCA COM TURISMO MAS NEM UMA ZELADOR PAGO TEM NA SINAGOGA
SOBEJAM FUNCIONÁRIOS NO FACE BOOK E FALTAM EM LOCAIS ESTRATÉGICOS
O PASPALHÃO QUE ESTÁ NO TURISMO AO FUNDO DA CORREDOURA DÁ VONTADE LOGO DE FUGIR DA CIDADE
QUE GENTE METEM COM AR ENFADADO A ATENDER TURISTAS
TOMAR – Constituição dos «Amigos da Sinagoga» mereceu visita do embaixador de Israel
Esta terça-feira ficou marcada pela cerimónia de constituição da Associação dos Amigos da Sinagoga de Tomar, iniciativa marcada pela presença de Ehud Gol, embaixador de Israel em Lisboa. A Câmara Municipal, representada pelo presidente Corvelo de Sousa e pela vereadora Rosário Simões, serviu de palco para a recepção às entidades convidadas. Depois, seguiu-se a formalização, já em plena Sinagoga.
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A Associação tem como presidente João Schwarz da Silva, neto do doador da Sinagoga ao Estado português, segundo reza a escritura datada de 28 de Março de 1939. O agora dirigente, já na tomada de posse, aproveitou a ocasião para agradecer a Luís Vasco, que tem mantido as portas abertas da Sinagoga ao longo dos anos: «É com imenso prazer e grande emoção que assisto a este momento único na história da Sinagoga. Desde 1939 que a Sinagoga se mantém no estado em que está... e se ela continua viva só temos que agradecer ao senhor Luís Vasco e à sua esposa, que foram os únicos a manter esta porta aberta. Sem eles, esta Sinagoga seria uma ruína. Queria, ainda, deixar umas palavras da minha mãe que, actualmente, conta 96 anos e, apesar de estar num estado saudável, não pôde estar presente nesta ocasião, algo que lamenta pois trata-se de um dia, efectivamente, muito importante. A minha mãe vê, com muita alegria, a criação desta associação e deseja as maiores felicidades ao projecto». Corvelo de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Tomar, marcou presença na cerimónia e não esqueceu de destacar a importância de Samuel Schwarz, doador do edifício: «O senhor Samuel Schwarz teve, em tudo isto, um papel determinante pois não fosse a sua intervenção, ninguém sabe qual poderia ter sido o destino deste edifício. A área do turismo é estratégica para Tomar. Por isso, este dia é muito importante pois traduz uma realidade que já era desejo dos tomarenses».
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