sexta-feira, 24 de junho de 2011

MERCADO, SAUNA E SOLUÇÕES


É geral o descontentamento entre os vendedores e os compradores, obrigados a usar a tenda que serve provisoriamente de mercado. Queixam-se da elevada temperatura ambiente logo pela manhã, quando a canícula estival ainda nem sequer chegou. Os IpT alertaram há pouco o executivo de que fazem parte para o problema, referindo que já se verificam temperaturas da ordem dos 40 graus centígrados. Noutra terra, de gentes mais afoitas, menos comodistas e menos conformistas, já haveria movimentos diversos, no sentido de se encontrar e implementar quanto antes uma solução para tão gravoso problema, que pode destruir de modo definitivo a reputação de um mercado tradicional que já foi de longe o melhor da zona. Aqui em Tomar, porém, continuam à espera de D. Sebastião, apesar de ninguém mais o ter visto após aquela trágica tarde do verão de 1578, nas areias de Alcácer Quibir. São feitios...
Que a autarquia conhece o problema e procura soluções baratas, rápidas e eficazes, mostra-o a fotografia supra. Já instalaram aquela rede, que se revelou ineficaz, por estar demasiado próxima da tela de cobertura e porque não podia resolver a questão da falta de adequada ventilação -do arejamento, como diz o povo, que tem uma experiência milenar destas coisas. 


Porque finalmente já se ouve dizer nos corredores do poder que "O país pede soluções. De discursos, moções, recomendações e protestos estamos todos fartos", aqui vai o meu modesto contributo a nível local.
Qualquer que venha a ser a evolução política tomarense, é óbvio que nos próximos cinco anos não teremos novo mercado, nem provavelmente nos próximos dez. Nestas condições, é imperativo tornar a tenda "habitável" e amiga dos produtos frescos. Acessoriamente, convirá igualmente torná-la mais segura, de forma a dispensar a tão onerosa segurança 24 horas por dia. Tudo isto sem obrigar os vendedores instalados a mudarem-se outra vez, não se sabe bem para onde. Já basta o que basta!
Como já aqui referi anteriormente, são quatro os problemas fulcrais da tenda: 1 - Falta de pé-direito; 2 - Falta de "janelas de fuga" e portanto de arejamento; 3 - Falta de Isolamento eficaz; 4 - Notória falta de segurança. 
Assim sendo a minha proposta é a seguinte, caso a caso: 1 - A questão do pé-direito, embora resolúvel no local, é a mais pesada e complexa, pelo que será mais adequado, para já, implementar as restantes e aguardar os respectivos resultados práticos. Se a experiência entretanto adquirida vier a demonstrar a necessidade de aumentar a altura útil da tenda, será então tempo de meter mãos à obra no próprio local.
2 - A falta de "janelas de fuga" ou de arejamento, pode ser suprida mediante o acrescento de uma nova asna de cinco metros de comprimento, por cima de cada uma das já existentes e a 1,20  metros mais acima. Exactamente de modo a obter o perfil que se vê na foto supra, em que o anterior arejamento foi eliminado com chapas de fibrocimento, quando  as até então cavalariças passaram a escritórios diversos. De ambos os lados das novas asnas deverão ser instaladas as tais janelas de fuga, simultaneamente com  vidros acrílicos opacos, rede mosquiteira para quando estiverem abertas e grades de protecção contra os amigos do alheio..
3 - Deverá aproveitar-se a instalação das novas asnas e respectiva cobertura, para suprir a actual carência de isolamento eficaz. Assim, recomenda-se a substituição de toda a actual cobertura e "paredes" existentes por chapas de alumínio isolantes, tipo sandwich, da Alaço - Ourém.
4 - Uma vez instaladas as novas asnas, as janelas de fuga e as chapas isolantes, aproveitar-se-á para instalar vigilância video, com gravação contínua, de forma a dispensar o actual sistema, por ser demasiado caro.
Se uma vez implementadas todas as soluções agora propostas se ver a verificar que são insuficientes, serão então a hora de instalar adequada climatização, naturalmente com novo reforço do isolamento, se assim for entendido.
Quase tudo isto pode ser feito por administração directa, que a autarquia dispõe de pessoal para tanto. Só falta vontade política, espírito prático e motivação.
As próximas autárquicas são já em 2013, o mais tardar...

8 comentários:

Anónimo disse...

Coloquem o mercado nos "velhinhos" pavilhões da FAI e com o dinheiro do aluguer da tenda alugam uns autocarros para o transporte dos tomarenses do centro da cidade até lá.

PM

Anónimo disse...

Mais uma ponte esta sexta-feira em serviços da Câmara Municipal. Viva a fartura...

Gualdim

Anónimo disse...

Para comentário IPT das 11:17

Terei todo o gosto em abordar o problema, de forma isenta como sempre, desde que me forneça documentos comprovativos do que afirma e se identifique. O ideal será mesmo que possamos conversar descansadamente. Fora da terra se assim o entender. Garanto-lhe, sob palavra de honra, que poderá manter total anonimato.
Se assim o entender, envie o que lhe parecer conveniente para o meu email a.frrebelo@gmail.com

Cordialmente,

António Rebelo

Anónimo disse...

Meu caro Rebelo,
Como sei que é muito amigo do Presidente da Assembleia Municipal, junto - à borla - uma sugestão para dar aos seus novos amigos do partido laranja, com vista à resolução do "problema" do mercado municipal:

- Com algum jeitinho, o Presidente Curvelo pode falar com o Multimilionário Belmiro, patrão da Sonae, para este ceder - provisoriamente, claro - o parque de estacionamento subterrâneo do Continente-Modelo de Tomar e, em compensação, tratar da autorização do aumento da área daquele hipermercado.
O parque de estacionamento passaria a ser o novo mercado provisório de Tomar, servindo de chamariz àquela superfície comercial e aproveitaria as acessibilidades já criadas e a desenvolver pela Sonae.

O Lacrau do Nabão

Anónimo disse...

Prezado Professor:
São pertinentes os seus comentários, na análise das condições do Mercado Municipal. É pena que os responsáveis, aqueles que decidem, não valorizem a opinião alheia. Só eles é que sabem. Não aceitam sugestões de ninguém. É assim em Tomar, como no resto do País. É sina nossa, portuguesa. E assim caímos no fosso em que estamos. Quando vieram as primeiras verbas do Polis, começaram por empregá-las em obras no Mouchão, na Várzea Grande e na destruição do Estádio Municipal, locais que estavam bem conservados. O bom senso – atenção, não quero ofender quem quer que seja, mas apenas expressar o meu ponto de vista pessoal! – recomendava, na altura, que as obras deveriam começar pela entrada sul da cidade, zona do Flecheiro, Várzea Grande e Mercado Municipal. Tomar teria ganho com isso...
Cordialmente,
Leitor atento de Tomar a Dianteira

Anónimo disse...

Se não se ofender...eu gostava de ler o comentário IPT,das 11,17h,a que dá resposta às 16,23h.

E desculpe qualquer coisinha...

Anónimo disse...

Para comentário da 01:18

Ao contrário do que sugere, nunca me ofendo e raramente me irrito. Quem me conhece bem, sabe que é assim. Acontece contudo que nesta pequena aglomeração de província que é Tomar, onde nunca se soube viver de acordo com as regras da arte, as coisas vão de mal a pior nesse sector. Perdeu-se a noção das conveniências e pouco falta para estarmos de novo na Idade Média, em termos de relacionamento pessoal, pelo menos.
Seja por exemplo o seu caso, que acredito tenha origem nas melhores intenções deste mundo, porque é quase sempre assim. Até se costuma dizer que de boas intenções está o inferno cheio... Seja, repito, o seu caso. Primeiro acusou-me de responder a um comentário fantasma. Se tivesse matutado um pouco mais, teria muito provavelmente concluído que a situação era outra: havia e há um comentário, todavia sem condições mínimas para ser publicado, nas circunstâncias actuais.
Umas horas depois, julgou ter-me ofendido e manifestou o desejo de ler o citado comentário. Tal não é possível, pela mesma razão antes apontada. Se eu achasse que devia ser publicado, já o teria feito.
Lastimo desiludir assim as suas expectativas perspicobisbilhocácias.

Cordialmente,

António Rebelo

Anónimo disse...

"...havia e há um comentário, todavia sem condições mínimas para ser publicado, nas circunstâncias actuais."

"EXPLICAÇÃO" que não explica nada.
Apenas informa que o comentário não passou na malha da sua CENSURA.

Bela democracia...