sábado, 18 de dezembro de 2010

PODE PORTUGAL VOLTAR A SER UM PAÍS PRÓSPERO?

DEBATE

"O tema do Expresso do Meio-Dia era "Pode Portugal votar a ser um país próspero?", mas António Barreto "matou-o", logo na primeira intervenção :"Portugal nunca foi um país próspero. Nos últimos cem anos conheceu alguns períodos de prosperidade. Mas país próspero, no sentido forte da palavra, não creio que seja verdade. Quando se diz que em Portugal há bolsas de pobreza, é o contrário. O que existe são bolsas de riqueza." E o mais conhecido sociólogo português explicita: pobreza de riquezas naturais ("Portugal tem fracos recursos e os que tem deviam ser mais bem aproveitados, como o mar e a floresta"), de capital, de empresários, de recursos humanos ("só 30% da população activa têm o 12º ano, contra 70% de média europeia").
O que daqui resulta é um conjunto de obstáculos políticos a esta alteração de statu quo. "O primeiro é a ausência de consenso maioritário, de que o governo maioritário  faz parte, mas não o esgota", refere Barreto. E sublinha que o consenso "não existe sequer dentro dos próprios partidos, o que faz que tenhamos vivido estes últimos 30 anos em permanente instabilidade. Tem havido estabilidade política, mas não tem havido estabilidade das políticas. No mesmo governo, com o mesmo primeiro-ministro, houve alterações radicais". Qual a razão? "É o resultado da pobreza e ainda hoje temos o Estado a saque. Há um conjunto de grupos que combate pouco na sociedade, na economia, mas que luta com o único objectivo de se apropriar do Estado. O endividamento das famílias, das empresas e do Estado resulta disto".
António Barreto insiste: "O Estado está muito refém de certos grupos poderosos, e menos de outros. O Estado está constantemente à procura de um equilíbrio quando está dependente de tanta gente e de tantos interesses. Por isso, não há consenso sobre as reformas. O que existe é um consenso para organizar o saque do Estado".
António Carrapatoso, presidente da Vodafone, começou exactamente por elencar os principais obstáculos a uma mudança: 1)- A qualidade dos protagonistas; 2)- Ausência de um projecto de transformação; 3)- Poderes dominantes em todas as áreas 4)- Falta de protagonistas com determinação; 5)- O povo não está convencido de que os sacrifícios sejam bem distribuídos e que as mudanças sejam para melhor. Pelo que a forma de ultrapassar estes obstáculos é através do aparecimento de novos protagonistas, de um novo projecto político, e mobilizando o povo para a mudança.
Daniel Bessa, ex-ministro da Economia, faz um diagnóstico negro da situação: "O problema é profundamente estrutural; tem séculos. O que fazer? Isto não está fácil e necessita de uma resposta política. Tem de tocar a questão do poder. Do ponto de vista do discurso é preciso uma mudança ampla, para não dizer radical. A minha maior dificuldade reside na mudança política. Para ser político em Portugal é preciso ter um alvará. E só os partidos têm esse alvará. De onde é que pode surgir esse novo poder, essa nova autoridade? Não sei de onde possa surgir; sinto-me completamente perdido".
Também Barreto já tinha respondido a Carrapatoso: "Gostava que esclarecesse a questão do novo projecto político, porque isso normalmente tem nomes e tem caras. E não sei se é preciso um novo projecto político".
O historiador Rui Ramos concorda com Barreto: "O Estado é um mercado em Portugal. É no Estado que se faz a disputa dos principais recursos, através de qualquer poder político" -poder político esse, acrescenta, "que já funcionava como distribuidor de recursos" entre os grupos económicos, empresariais e sindicais. Por isso, diz: "Vai ser muito difícil criar não a prosperidade, mas o ambiente onde essa prosperidade possa ser possível. As soluções não são valorizadas tecnicamente, mas de acordo com posições ideológicas e políticas. O que leva Rui Ramos a defender a internacionalização dos problemas, que não são apenas portugueses, mas ocidentais: "Precisamos de um ambiente internacional que nos ajude neste caminho". Dá o exemplo da questão laboral, que começámos a discutir através da pressão internacional e do que se está a fazer em Espanha. E remata: "As elites portuguesas estão disponíveis para entrar em consensos internacionais, e não internos."
Por seu lado, o politólogo Pedro Magalhães diz-se "muito pessimista sobre os actores desta peça. Os nossos partidos não representam ninguém em especial. PS e PSD jogam mais ou menos no mesmo eleitorado. Isto significa que os partidos vivem em permanente temor de eleições, porque sabem que o eleitorado é volátil. Na Suécia os acordos são possíveis porque a taxa de sindicalização é de 60%, contra 10% em Portugal. A elite política não conhece a sociedade. Nem partidos, nem associações patronais, nem sindicais representam a sociedade".
Carrapatoso explicita o que está em jogo. Ou um modelo ainda mais estatizante, defendido à esquerda do PS e pela ala mais à esquerda do PS; um modelo mais imobilista, onde não vamos mudar nada de essencial, e que é o que tem perdurado nos últimos anos; e um modelo mais reformista/modernizador. Este exige um "gradualismo musculado" na aplicação de um conjunto de medidas, 50% das quais devem ser aplicadas nos primeiros 3 anos, e os 50% restantes nos 7 anos seguintes. Para isso "tem de haver novos protagonistas. E esta situação pode levar alguns a assumnir esse protagonismo. Não é um novo modelo de projecto político. É uma mudança na sua estrutura fundamental. É mudar o eixo da política portuguesa para a organização, visando criar uma sociedade muito mais aberta e muito flexível".
"O que é que pretendemos?", pergunta Barreto. Uma mudança gradual ou abrupta? Explicita que a mudança exige três componentes: a necessidade ("já temos"), a gradualidade ("não temos nada") e a direcção ("Vem de um partido? Ou do Presidente da República? Está em falta")
Já Daniel Bessa constata que "perante a necessidade não surgiu a determinação de resolver o problema." Por vezes, há alguém que toma as decisões certas, mas muito pouco convencido. Por isso, o ex-ministro da Economia sustenta que, perante o actual quadro, "alguma coisa vai ter de acontecer, mas não sei bem o quê. O tempo de uma solução positiva para o crescimento já passou. Nós não vamos fugir a uma redução coinsiderável do nosso nível de vida nos próximos anos", acrescentando que estima essa redução em 10%, num ajustamento a demorar entre cinco e dez anos.
António Barreto defende que é necessário não usar de meias palavras para dizer isto aos portugueses. E pergunta: "É possível fazer isto em mudança gradual? É possível fazer no quadro partidário existente? Como é que reage a população?" Deixa contudo uma réstia de esperança: "O facto de estarmos em emergência pode ser que suscite alguns bons reflexos".
Rui Ramos concorda: "A criação de uma dinâmica política é possível". Carrapatoso acrescenta: "Os sacrifícios têm de ser divididos e partilhados". Pedro Magalhães deixa o último alerta: "Se os governantes não sabem o que estão a fazer, não saímos daqui".

Nicolau Santos e Ricardo Costa, EXPRESSO, 18/12/10, com a devida vénia e os nossos agradecimentos
Os negritos são de Tomar a dianteira e indicam o que nos parece mais útil para a realidade tomarense, bem entendido com as necessárias adaptações vocabulares.

15 comentários:

Anónimo disse...

SÓ DIAGNOSTICOS. QUEM OUSOU PROPOR SOLUÇÕES, CAMINHOS A TRILHAR? POR ONDE IR, PARA FAZER O QUÊ?

Anónimo disse...

O debate é interessante. António Barreto tem razão quando diz que Portugal nunca foi um País próspero, e sim muito pobre onde houve e há bolsas de riqueza.
Está errado quando diz ser o País pobre.
Desde os anos 50 do século passado que o Engº Soares Carneiro, ex-Director Geral de Minas, publicou livros sbre as riquezas mineiras do Continente, provando ser Portugal um dos países mas ricos da Europa.
O Patido Comunista editou um pequeno livro que vai no mesmo sentido.
Eu, que há anos venho analizando o assunto, tenho trabalhos sobre as riquezas mineira de Portugal, e há alguns anos atrás publiquei artigo no Cidade Tomar sobre o asunto.
O Engº. Mira Amaral, depois de saír de Ministro da Indústria, publicou um livro com mais de 600 páginas sobre a riqueza mineira de Portugal.
A Nissan-Renault estão a construir uma fábrica de baterias para carros eléctricos em Aveiro, que funcionam a lítio, porque Portugal tem a maior mina de lítio da Europa.
Assim como tem as maiores minas de cobre da Europa Ocidental.
É rico em urânio, e fala-se do petróleo...
O Engº. Soares Carneiro disse-me, em 1978, que as nossas potencialidades em urânio e petróleo são desconhecidas, porque não são os portugueses quem as controla...
Não sabemos as riquezas que temos no fundo do mar.
O ferro de Moncorvo é a céu aberto. Durante o Marcelismo houve um projecto para o explorar, juntamente com alemães e suecos, em ligação com a Siderurgia Nacional e o polo de Sines. O 25 de Abril deu cabo de tudo. Os espanhóis do outro lado da fronteira exploram o seu ferro, o nosso está ao abandono.
O Ouro, com os preços a subir por muito e largos anos, está a ser explorado entre nós por cnadianos, autralianos e americanos. No site da Colt vem assinalado os locais onde há Ouro em Portugal.
Portugal não é um País pobre. Conveio ao salazarismo semelhante ideia, para não desenvolver o País, o que agradou, e agrada muito às elites (?). Lembre-se a Lei do Condicionamento Industrial salazarista.
O drama de Portugal são as elites e o povo que tem, nas mãos de holandeses, dinamarqueses, suíços, ou outros, seria o Paraíso na Terra.
Pobretes mas alegretes.
SÉRGIO MARTINS

Anónimo disse...

Para anónimo em 23:37

Concordo inteiramente consigo, salvo no "só diagnósticos". Entendo que sem diagnóstico prévio só por mero acaso poderá haver terapêutica eficaz.
Há depois um outro problema: Quando alguém diz que tem um projecto, uma série de ideias, um fileira, um caminho a propor, ficam-se a olhar para ele, como se fosse louco. Mas se o das ideias avançasse com elas, ou procurariam imediatamente demoli-las, ou pô-las em prática à trouca-marouca, como é hábito, o que só por milagre não redundaria em fracasso...
Por isso e por enquanto, mais vale continuar mudo a esse respeito.
A seu tempo se verá. Se houver condições...
Em todo o caso, bem haja pelo seu comentário, que me dá alento para continuar, pois denota que há quem esteja com as preocupações que tento suprir com o projecto para Tomar, que sempre disse ter.

Cordialmente,

A.R.

Anónimo disse...

E se o projecto que diz ter,trancado a sete chaves,que só você conhece,que nunca foi apreciado,discutido ou escrutinado por ninguém,for um "flop"?

E se for uma utopia inexequível?

E se for "mais do mesmo",apenas embalado de outra maneira?

Qual a equipa para o executar?

É que a situação não está para deslumbramentos em torno de um fantasma que ninguém conhece,de um tabú de um salvador,de um homem ou de um projecto supostamente providenciais.

Há que descer à terra,ao concreto.

Abandonar tacticismos e por as cartas na mesa.

O futuro do concelho não pode estar à mercê de caprichos,de segredos como "alma do negócio".

Quem tem unhas que se apresente a TOCAR viola e não a dizer que TEM uma viola,mas nunca tocou um acorde.

Com medo que haja plágio.

Poupem-nos à continuação deste filme.

Não nos tratem como diminuídos e mentecaptos.

RESPEITEM-NOS,se ambicionam o nosso apoio.

Pedro Sarmento

Anónimo disse...

Para Pedro Sarmento:

Vamos supor, como modelo teórico de estudo, que eu ficava impressionado com o teor do seu comentário, de resto muito sensato em condições normais, e resolvia publicar integralmente o projecto que tenho para Tomar. Só para verificar se teria ou não aceitação na comunidade tomarense. Importa-se de escrever a continuação deste augumento? Só para tirar certas dúvidas...

Anónimo disse...

"Não nos tratem como diminuídos e mentecaptos"?

Mas se a maioria é mesmo assim, como devem ser tratados? Com cenouras e chicote à moda do senhor Dr. Oliveira Salazar, que Deus tenha em descanso?

Nesta terra há cada lunático!

Anónimo disse...

Diga-me quais são as suas dúvidas e eu,se souber,esclareço-o.

Para jogos de palavras ou da apanhada não conte comigo.


Pedro Sarmento

Anónimo disse...

Como é que a maioria em Portugal deve ser tratada ? Não é como o Dr.Salazar, que era um morto vivo, bem á portuguesa.
Descansem que os Mercados se encarregarão dos portugueses, que vão passar a levar lambadas com a mundialização da economia e não vão entender nada.

Olhemos para Tomar.
A União Europeia e o FMI estão a impôr que o País equilibre as contas públicas e a sua economia, o que só será feito com muita miséria.
Há dias, em Tomar, um Coronel do Eército reformado dizia-me:"O Salazar já tinha resolvido o problemas das contas do Estado. Punha o povo a passar fome, a comer uma sardinha para três".
Retorqui: "Vem aí um mais poupadinho, o FMI, que vai pôr uma sardinha a dar para nove".
O sector dos transportes públicos, do Estado, é dos que mais custa ao erário público, pelo que vai ser todo reestruturado.
As notícias que estão a vir a público informam que o Governo prepara, por imposição UE/FMI, o desmembramento da CP, que ficará reduzida ao longo curso.
Sendo assim, quem é que ficará com o ramal de Tomar ?
Continua-se a dizer que é o que dá menos prejuízo. Mas dá prejuízo.
Com prejuízo ou com lucro o que é que acontecerá ao ramal de Tomar depois da CP ficar apenas com o longo-curso ?
Para 2011 não está previsto o ramal de Tomar fechar, e depois ? Quem sabe diz que encerrará ao longo do médio-prazo (um a cinco anos), e depois ?
É por acaso que o Vereador Luís Ferreira, muito bem informado, coloca no seu blog um texto onde está bem explícito o risco do ramal de Tomar fechar ?
Olhem para a realidade, vejam das ameaças e oportunidades. Deixem de viver de quimeras do passado. Deixem de julgar que Tomar é diferente e superior, que o não é.
Há anos que neste País se anda a montar a fibra óptica para as comunicações dos caminhos-de-ferro, por causa do TGV, no entanto há quem continue a dizer que o TGV não vem. Os portugueses não mandam nada. Há pessoas de Tomar a trabalhar naquela instalação da fibra óptica por esse País fora.
O que se vê é difícil. E o que não se vê, mas está em movimento ? Por que é que os tomarenses não querem ver a realidade ?
SÉRGIO MARTINS

Anónimo disse...

Vão ao Google Notícias, selecionem as notícias sobre o "desmembramento da CP",vejam o que diz o Público de 17/12 e o "Jornal do Barreiro" de 15/12 sobre a EMEF (da CP), comparem este último com os trabalhos que a comunicação social faz em Tomar.

Anónimo disse...

Este Pedro Sarmento é um grande cromo que se presta a fazer o jogo de quem, parco de ideias e de estratégias, prefere aproveitar (ou destruir) as dos outros.
Já vi este filme vezes sem conta para compreender e defender o António Rebelo.
Quantas boas ideias foram/são destruídas por terem sido precipitadamente lançadas num debate não controlado pelos seus autores.
Quantas ideias foram injustamente apropriadas por mentecapos que nada mais desejam do que prolongar mordomias que os cargos públicos lhes podem oferecer.
Os políticos que conheço querem saber mais porque nada sabem. Querem conhecer as ideias dos outros porque não sabem pensar as suas. Querem conhecer as estratégias dos adversários (dos outros partidos) e dos inimigos (nos próprios partidos) para jogarem à defesa e destruirem as mesmas antes que venham a ser alternativas válidas.
É triste mas é a política mesquinha que vamos tendo.
No seu melhor... ou dito por outras palavras, quando pior melhor!

A.A.

Anónimo disse...

Para anónimo das 11:35h :

Eu coloquei questões(perguntas)concretas a António Rebelo,que respondeu como está escrito.

Eu repliquei como está escrito.

António Rebelo não responde oficialmente. Responde oficiosamente como Anónimo,assinando A.A..

Mas não responde a nada,rigorosamente nada.

Limita-se a chamar "cromo" e a defender a "tese saloia" do segredo de polichinelo.

Que tristeza,que pobreza de espírito.

Pedro Sarmento

Anónimo disse...

Para Pedro Sarmento:

Tem todo o direito de não estar de acordo comigo, tal como de não gostar de mim. Afinal, Cristo, que dizem ter sido filho de Deus, encontrou e foi crucificado por um mundo que com ele não concordava. E mais de 20 séculos volvidos a situação ainda não se alterou. Estou persuadido de que se voltasse agora a Jerusalém...
Pense, por conseguinte, aquilo que lhe aprouver. E escreva-o onde entender, incluindo neste blogue. mas faça-me um favor: Não me atribua coisas com as quais nada tenho a ver, como é o caso do comentário em questão, do anónimo AA. Posso garantir-lhe que a casa Rebelo % Cª poderá ter muitos defeitos; mas sempre deu e continuará a dar a cara. Para o bem e para o mal.

Desejo-lhe um bom Natal e um novo ano o melhor possível.

Com cordialidade,

António Rebelo

Anónimo disse...

A.A. não é António Rebelo. Pois então seria A.R.
A.A. é António Antunes.
A.A.

Anónimo disse...

Para António e Sarmento:

Se têm dúvidas, perguntem ao João Simões que o rapaz tem resposta para tudo.
Não esperem é que ele assine com o nome próprio. Para que ele assine não se esqueçam de o colocar perante as imensas contradições que formam o seu percurso.
Aí o rapaz estica-se ao comprido.
Mas tentem. Verão que ele tem todas as soluções para Tomar.
Por exemplo:
A crise do comércio em Tomar. Quem melhor do que o João Simões para a resolver? Ao pé dele a acitofeba e os próprios comerciantes são uns amadores.
O curioso é que o dito nunca criou um emprego em Tomar, seja no comércio ou noutro negócio qualquer.
Bem prega Frei Tomás

Anónimo disse...

Para António Rebelo,

Se não se reconhece como pseudónimo de A.A.,nada diz sobre a coincidência das teses "dele" com as suas.O que,convenhamos,não deixa de ser curioso.

Mas continua a fugir às perguntas objectivas que lhe fiz e a colocar as dúvidas que as minhas perguntas lhe suscitaram.

Deixe-se de retóricas barrocas e vá directo ao que está em causa.

E olhe que esse "argumento" de medo do plágio não convence ninguém. É demasiado infantil e ôco.

E fique ciente de uma coisa :

Não sou "fretista",não me presto a opinar ao serviço de quem quer que seja.

Vivo do meu vencimento que até é bem razoável e me dá uma coisa extraordinária,um bem inestimável : liberdade e independência.

Intervenho neste e noutros blogues por dever e direito de cidadania.


Pedro Sarmento