quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A ECONOMIA NÃO ESTÁ NADA PORREIRA, PÁ!

Foto Diário Económico
 Diário Económico, 14/02/11, página 28

No micropalco político nabantino, o estranho caso ParqT continua a provocar agitação, como aliás era expectável. Alguns políticos (cujo passado é de todos conhecido) insistem em falar de perseguições, de questões pessoais e de amiguismos, onde afinal apenas existe saudável e fundamentada crítica. Tardam em perceber que o tempo em que era possível vender o Branca de Neve e os 7 anões, ou o Ali-Baba e os 40 ladrões, como se fossem o E tudo o  vento Levou ou o Casablanca, já lá vai. E não volta. Quem bate com a cabeça na parede, não pode decentemente vir depois lastimar-se que o agrediram, ou que tem um "galo".
Enquanto isto, na dramática cena da economia real -a que gera riqueza liquida impostos e permite pagar aos políticos- em vez de delapidar os cada vez mais escassos dinheiros públicos, a situação não é nada porreira, pá! Pelo contrário. Aquele prédio novo, frente ao hospital velho, na Rua da Graça, é uma desgraça. Nem uma fracção vendida, apesar de estar concluído há meses e meses. É geral, dirão os mais conformistas. Nem tanto. O empreendimento de luxo edificado no local do Hotel Estoril-Sol, com apartamentos  a mais de 2 milhões cada, já está todo vendido. Até o Mourinho lá comprou um. Depende portanto dos locais. É como em qualquer desporto -ganham os melhores.
Aqui pelas magníficas margens nabantinas, não há meio de atinarmos. Nem mesmo depois daquele governante chinês ter proclamado, há mais de 15 anos, "Não interessa nada a cor do gato, desde que cace ratos". Em linguagem ocidental: Pouco importa a cor política, o que conta são os resultados. Tudo leva a crer que os ex-maoistas da urbe preferem gozar pacificamente a sua reforma. Ou detestam mares encapelados. Também pode ser.
Entretanto, Sílvia e Margarida Marante, administradoras da Empresa Marante, o principal fornecedor local e regional de materiais de construção e de decoração, foram entrevistadas pelo Diário Económico. Disseram que o volume de negócios em 2009 teve uma variação negativa de quase 10% em relação a 2008. Explicaram que "Em 2010 o concelho de Tomar foi atingido pela crise, uma vez que pelo menos cinco empresas das maiores empregadoras do concelho entraram em processo de insolvência". Acrescentaram que "Esta situação provocará a curto prazo uma retracção no consumo. Os clientes profissionais da Marante, nomeadamente os construtores civis, têm sentido dificuldade em concretizar a venda de apartamentos, porque as pessoas deixaram de ter facilidade no aceso ao crédito bancário". Lastimaram-se que "Nos últimos três anos, os créditos incobráveis rondaram os 160 mil euros = 32 mil contos, em relação a apenas 12 clientes".
Ainda na economia real, mas já a nível nacional e na área das empresas públicas, rebentou finalmente a bomba! A REFER acaba de bater contra a parede. Apesar de contar com a garantia do Estado, não conseguiu concretizar um empréstimo de 500 milhões de euros. Péssimo sinal, a indicar que a torneira do cédito externo fechou, numa altura em que só as empresas tuteladas pelo Estado necessitam de colocar algo como 4,5 mil milhões de dívida.
Quando é que os políticos nabantinos que temos se vão finalmente dar conta do mundo em que vivemos, e agir em conformidade?

6 comentários:

Anónimo disse...

RAZÕES INTERNAS PARA A CRISE :

1ª - O número de ladrões instalados à mesa do Orçamento do Estado e o esbulho da riqueza nacional praticado pelo sector financeiro aos particulares e às empresas.

2ª - O Estado caloteiro.

3ª - Milhares de caloteiros a imitar e a seguir o exemplo do Estado.

4ª - Milhões a viver a crédito,muito acima das suas possibilidades.

5ª - A economia paralela e a corrupção instalada em todos os níveis da sociedade.

6ª - Os milhares de sanguessugas que ganham mais de 20/30 vezes do que o salário médio nacional.

7ª - Os poucos milhares de pensionistas dourados,alguns em regime de acumulação,que absorvem 80% do orçamento da Segurança social.

8ª - As centenas ou milhares de milhões de euros que se gastam em salários e equipamentos de umas ociosas e inúteis Forças Armadas.

9ª - Os milhares de milhões que são roubados,tout-court,nas empresas públicas e obras do Estado,a todos os níveis.

10ª - O bloco central de interesses que bloqueia qualquer tentativa de superar as desgraças descritas de 1ª a 9ª.

Hélder Farinha

Anónimo disse...

Os politicos que temos continuam a viver no "mundo da lua".
No mundo edílico que criaram e que acomoda as suas utopias e desvarios.
É hora de nova revolução.
Uma revolução cultural que destrua a democracia balofa e assente em demagogias baratas em que vivemos.
O Lacrau do Nabão

Anónimo disse...

E quem empresta dinheiro a empresa que tresanda a corrupção?

HC disse...

Caro Prf. Rebelo,

Desculpe-me este comentário que nada tem que ver com a essência do texto, mas um apaixonado por cinema como eu não consegue deixar passar esta referência em claro.
Os filmes que usou para a metáfora foram mal escolhidos, é que a Branca de Neve e os Sete Anões é para a história e indústria do cinema por várias razões, tão ou mais importante que o Casablanca ou E Tudo o Ventou Levou.

Os melhores cumprimentos

Anónimo disse...

Quando eu entro num hipermercado para fazer as minhas compras regulares e sou confrontado com:

- Limões de Espanha ou da Argentina
- Alhos da China
- Figos da Argélia ou da Tunísia
- Bróculos de Espanha
- Batatas de França
- Cebolas de Espanha ou de França
- Iogurtes de multinacionais
- Carne da Argentina ou do Brasil
- Têsteis-Lar da Índia e da China
- Vinhos baratos de Itália ou Espanha
- Bananas da América Latina
- Artigos decorativos da China
- Vidraria doméstica de França
- Vestuário da China,da Índia,do Bangladesh?
- etc.
- etc.

O QUE É QUE QUEREMOS?

Balança comercial equilibrada?

Emprego?

Independência?

Respeito da comunidade internacional?

Respeito por nós próprios?

Confiança no futuro?

Acreditar em Carrapatosos?


VÃO BUGIAR!!!!!!!!!!!


Hélder Farinha

Anónimo disse...

Mas não se convence a abrótea do huguinho das feiras cá do sítio, qual santo antónio a pregar aos peixes, a julgar que são intelectuais ou textos místicos como costuma escrevinhar que o povo quer, ele que vale menos que um flato, que pensa que manda quando a única coisa que lidera é a responsabilidade pelos tachistas do partido dele cá do burgo, e até esses mais espertos que ele que ao menos amanham-se. Quer é mordomias e bajulação, dar uma de jovem e de culto, quando está já para lá de estafado nunca fez nada sem ser à conta da política e até o curso deve ter feito ao domingo.

E depois vem dar lições de cinema! Ó rapaz dedica-te à pesca e vê lá se pescas forma de manter os teus muchachos vereadores a chular até ao fim do mandato que eles estão mesmo a trabalhar bem. Não sei se foi o Hugo Popas que o conseguiu calar ou se ele ganhou vergonha, mas é certo que o ambiente anda mais puro desde que não se ouvem os disparates do Ferreira. Do outro nunca se ouviu nada e provavelmente ainda bem. Continuem assim, que até o Bruno Graça tem mais votos que o PS se lá for outra vez.