Estes dois recortes, um do DN, outro do CM de hoje, colocam igualmente alguns problemas que seria bom ultrapassar quanto antes. O primeiro é o daqueles cidadãos manifestamente analfabetos, ou pouco menos, nomeadamente no uso da língua pátria, que não obstante, se julgam capacitados para opinar de maneira fundamentada e profícua sobre qualquer tema que lhes venha à cabeça. É o caso do honrado comendador Berardo, que lá por ter uma considerável fortuna conseguida na África do Sul (um ninho de intelectuais, como é sabido) supõe que pode propor a implementação em Portugal de outra ditadura. O outro óbice, reside no facto de que ao mesmo nível do senhor comendador estão muitos portugueses -muito bem interpelados no bilhete de João Pereira Coutinho- bem como os tomarenses em geral, cuja esmagadora maioria acredita sinceramente -ou pelo menos dá a ideia disso, ao agir como se- que ainda estamos a viver nos anos 80 do século passado. Donde resulta que nesta terra nabantina de que tanto gosto, estamos encafuados num beco, num "cu de saco", para usar a expressão gaulesa. Se é evidente que ninguém pode pretender ajudar Tomar a sair do buraco onde estamos metidos, contra os tomarenses, ou mesmo sem a sua participação activa e empenhada; a verdade é que tão pouco se pode contar com eles para essa tarefa. A não ser que entretanto decidam -finalmente- mudar de atitude perante a vida e perante os outros. Até lá, viva o beco! E coza o forno! Enquanto houver farinha importada e comprada com o RSI, ou com o subsídio de desemprego. Bem cantava o Variações: "Quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que as paga, o corpo é que as paga!!!"
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1 comentário:
O Berard diz umas coisas nas quais todos pensamos mas não temos a coragem para o dizer, nem o dinheiro dele para não nos preocuparmos com as consequências. Que a maioria dos políticos no activo deveriam ser puro e simplesmente proibidos de estarem em lugares públicos (na política, na administração, etc...)até pela indecência com que têm lá estado.
Vejamos o caso de Tomar: apesar da indecência com que alguns exerceram o cargo, ainda lá querem voltar €€€€€€; apesar da indecência com que alguns ainda exercem o cargo, ainda lá querem continuar €€€€€; como é que isto não há-de estar pelas horas da amargura?
Quantos tomarenses terão a coragem de votar pela presença de 1.000.000 na Av. da Liberdade contra a corrupção? Fazem-se apostas.
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