Em resumo e usando linguagem coloquial, A) - O capitalismo não vale um chícharo, mas ainda não se conseguiu implementar nada melhor. Logo, temos de ir vivendo nele e com ele, embora continuando a procurar; B) - Não são só os consumidores norte-americanos que vivem acima das suas possibilidades. Assim como quem tenta falar acima do nível da sua boca, ou dar passos maiores do que as pernas. Em Portugal e particularmente em Tomar, a megalomania, a basófia, as afigurações, são tudo coisas correntes. Tanto a nível individual como colectivo. Armar ao pingarelho, agir para o penacho, fingir de carapau de corrida, são práticas nabantinas quotidianas. A própria autarquia, cuja envergadura política ou arcaboiço fianceiro são aquilo que se sabe, vai-se enterrado pouco a pouco, mas de forma segura. À medida que as dívidas vão aumentando, em vez de ir reduzindo as despesas, insiste na ideia de aumentar as receitas, o que acentua a debandada dos contribuintes e a redução dos impostos cobrados. Temos assim um prática auto-sustentada: o executivo camarário vai afundando o buraco à medida que nele se vai enterrando. Já estamos nos 40 milhões de euros de dívida global = 8 milhões de contos = 8.000.000.000 de escudos. Quem vai pagar? A União Europeia? Julgam que eles são tão imprevidentes, esbanjadores, preguiçosos, acomodados e parvos como nós? Se assim fossem, já teriam morrido de frio, que o clima daquelas bandas não perdoa...
Neste contexto de profundo mal-estar, tanto a nível nacional como local. Destaco duas reacções, ambas de quadros militantes do PS. 1 - O presidente dos socialistas nabantinos, o meu amigo Hugo Cristóvão, dedica o seu mais recente post (alguresaqui.blogspot.com) aos Óscares. O que se compreende. Quaisquer que tenham sido os resultados finais, houve de certeza uma falha: não atribuiram à câmara de Tomar o Óscar da pior autarquia do país. Ingratos!
2 - Luís Ferreira, outro amigo meu e estratega-mor, o Relvas do PS tomarense, finalmente lá acabou por perceber e aceitar que a hipocrisia e o equilibrismo político também têm os seus limites. No seu blogue (vamosporaqui.blogspot.com), advoga uma requalificação da já demasiado arruinada coligação. Assim uma operação de refrescamento + reformulação, tal como antigamente se mandavam virar os casacos, quando já estavam demasiado coçados. A problema é que ficava sempre a notar-se a dita operação, pois o bolso superior mudava de lado. Coisas...
A pergunta que faço é esta: Dado o estado de ruína da coligação e das políticas, não seria melhor ouvir os tomarenses sobre a melhor solução possível, em vez de procurar remendar o que já não tem conserto? Pensos em pernas de pau carunchosas nunca remediaram, craram ou evitaram o que quer que seja.
4 comentários:
António,
Com amigos desses,nem precisa de inimigos!
Há muitos anos,numa viagem de comboio do Entroncamento para Tomar,vinha um casal(h+m)de bêbados a caturrar,em que ele berrava repetidamente para ela:
ABRE OS OLHOS,MULA!...
Sem ofensa pelo lado das patas e das orelhas,apetece-me gritar-lhe o mesmo.
Que mais é necessário eles dizerem ou fazerem para você perceber que,até ao último suspiro,estão agarrados ao poder e às mordomias como lapa à rocha?
Aqui e acolá até mandam umas bocarras para "turvar as águas",como aconteceu com o "lapsus linguae" do Huguinho a chamar-lhes "Cambada".
Mas é tudo inconsequente,folclore rasca,fogo de artifício maricas.
O mendigar de uma renegociação e reformulação do acordo entre os nubentes,mostra um PS invertebrado,de cócoras,em pânico com a possibilidade real de serem corridos da gamela municipal.
Volto a dizer-lhe:
Jamais verá uma pereira a dar laranjas ou,como diz,um pinheiro a dar figos.
Os seus dois amigos,como faz questão de sublinhar,são duas minhocas fermentadeiras do pântano,do húmus em que se transformou a política local.
Como tal,e no futuro,segundo a teoria de Lavoisier,apenas poderão ter uma utilidade:estrume!
Espero que não confunda ofensa com liberdade de expressão e de estilo.
R.Grácio
Para R. Grácio:
Ensinaram-me assim lá pelas Gálias e assim continuarei a praticar: Nunca confundo amizades pessoais com opções políticas. Aprecio mais um adversário político inteligente, aberto, leal e fraterno do que um correlegionário lorpa, tacanho e labrego.
O facto de ser amigo de Corvêlo de Sousa há muitos anos, nunca me impediu nem impedirá de criticar as suas opções políticas, ou a falta delas.
Em todo o caso, obrigado pelos seus conselhos.
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Dado o estado de ruína da coligação e das políticas, não seria melhor ouvir os tomarenses sobre a melhor solução possível, em vez de procurar remendar o que já não tem conserto?
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- Ao idêntico da Grécia antiga, sugiro uma vereação de salvação concelhia, com 7 ou 9 personalidades insuspeitas que escolheriam de entre si o seu líder.
AA
Poderá haver muito boa critica e de toda a credibilidade. Contudo nada há a fazer num concelho onde está enraizada uma creça PSD e que dificilmente se conseguira inverter. Os munícipes têm aquilo que merecem porque não pensam em revirar o rumo para o nosso concelho.
Também é verdade, que as forças politicas, que se designam de esquerda, em vez de converguirem todos no mesmo rumo, não, actuam cada uma com a sua sentença. Assim não se vai a lado nenhum e dificilmente se traçará um rumo certo para o desenvolvimento do concelho de Tomar.
Também concordo que deveria haver eleições antecipadamente,mas com a mentalidade instalada no concelho tudo ficará na mesma.
Foram três decadas muito mal aproveitadas, olhando os politicos só para o seu humbigo e a forma de alcançar votos, não olhando a meios.
Isto não devia continuar, mas infelizmente é o que temos mais certo. Os mesmos a instalarem-se e a darem a mão aos "chulos" da política, que não sabem fazer nada, "porque nunca fizeram" e a promoverem os funcionários de marca, para eles mais facilmente serem coniventes com as suas manhas. Enfim é o que temos e vamos tendo.
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