domingo, 6 de fevereiro de 2011

À MESA DO CAFÉ COM CUSTÓDIO FERREIRA

Foto Rádio Hertz, com os agradecimentos de Tomar a dianteira
A 5ª edição do programa "À mesa do café", uma iniciativa conjunta Rádio Hertz/Tomar a dianteira, desta feita na Pastelaria Estrelas de Tomar, teve como convidado, em representação da CDU, Custódio Ferreira, ex-presidente da Junta de Freguesia de Paialvo e decano dos políticos locais. Do alto dos seus lúcidos 82 anos "e mais de 60 de tarimba", falou-nos da cidade, do concelho e do país, antes do 25 de Abril e agora. Ferroviário e militante comunista desde 1968, já antes desenvolvera vasta actividade cívica na área sindical, com as devidas precauções pois, como nos referiu, "sou irmão de todos, mas a família está sempre mais próxima". Citou a candidatura oposicionista do almirante Quintão Meireles, no final da décadade 40 do século passado, como representando o início da sua actividade cívica.
Exigente com os outros e consigo próprio, disse que a sua luta foi sempre para melhorar a vida dos outros e não a sua, narrando o caso de lhe terem proposto a dada altura uma reforma vantajosa, sobretudo para o verem pelas costas, dado ser dos mais incómodos. Recusou,  uma vez que "ser comunista não é  ser igual aos outros". Sobre o seu recente pedido de suspensão do 4º mandato seguido como presidente da Junta de Freguesia de Paialvo, esclareceu que foi motivada por problemas de artrose e, sobretudo, pela necessidade de estar junto da mulher, de 87 anos, uma vez que, mesmo sem ser religioso, "prometi estar com ela até que a morte nos separe".
"Bons homens, mas maus políticos", eis como caracterizou o actual executivo autárquico, frisando não estar surpreendido com a actual falência da câmara, acrescentando que já em 2002/2003 chegou à conclusão, com prova documentais, que a dívida real do município era muito superior à referida no projecto de orçamento e plano. Lamentou até que o PS o tenha votado favoravelmente, apesar de saber muito bem que "era uma banana podre", com dívidas a fornecedores não inscritas no orçamento superiores a 8 milhões de euros.
Confessando que não teve razão de queixa de Pedro Marques como presidente da câmara, a não ser aquele caso do negócio dos terrenos e da estação de serviço, acusou os socialistas tomarenses de serem os responsáveis pela actual maioria relativa e pelos mandatos de Paiva. Acrescentou que na altura até aconselhou Luís Ferreira e António Alexandre a tentarem solucionar as divergências com Pedro Marques em privado, em vez de as trazerem para a arena local, lamentando que o actual responsável pela Protecção Civil tenha dito então sobre Pedro Marques coisas que ele Custódio não teria coragem para dizer ao actual presidente.
Manifestando o sua satisfação pelo dever cumprido, disse que "o povo de  Paialvo tratou-me sempre bem durante estes anos todos", opinando que a actual situação é complicada sobretudo por causa do flagelo do desemprego, enquanto que antes do 25 de Abril havia mais postos de trabalho, mas eram muito mal pagos e não havia liberdade.
A dado passo, considerou uma afronta aos que lutaram e se sacrificaram para que todos possam viver em liberdade e votar para escolher quem os represente, o comportamento dos cidadãos que se recusam a votar, contribuindo assim para o enfraquecimento da democracia.
Tomar tinha muitos potencialidades, afirmou, mas não as soube aproveitar, desperdiçou muito dinheiro com obras erradas e "agora a vaca está seca". Questionado sobre a melhor maneira de ultrapassar a actual e persistente crise, foi lapidar: "Só mudando de sistema".

8 comentários:

Anónimo disse...

Mas que bonito par de jarras...

Anónimo disse...

Coitado do Custódio,quase obrigado a dizer bem do padrinho do dito cujo...

Bravura Lusitana disse...

Comunistas ? Não, obrigado.

PNR SEMPRE.

Anónimo disse...

Fascistas?

NÃO !!
NUNCA MAIS!!!!!!!!!!!!!!!!!

Chegaram 48 anos dos papás e mamãs dos PNR.

Anónimo disse...

Um professor de economia da universidade Texas Tech disse que raramente chumbava um aluno, mas tinha, uma vez, chumbado uma turma inteira.
Esta turma em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e "justo".
O professor então disse, "Ok, vamos fazer uma experiência socialista nesta classe.
Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas dos exames."
Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma e, portanto seriam "justas".
Isto quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém chumbaria.
Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia 20 valores...
Logo que a média dos primeiros exames foi calculada, todos receberam 12 valores.
Quem estudou com dedicação ficou indignado, pois achou que merecia mais, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado!
Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que também eles se deviam aproveitar da média das notas.
Portanto, agindo contra os seus principios, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos.
O resultado, a segunda média dos testes foi 10.
Ninguém gostou.
Depois do terceiro teste, a média geral foi um 5.
As notas nunca mais voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, procura de culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma.
A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma.
No fim de contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar os outros.
Portanto, todos os alunos chumbaram...
Para sua total surpresa.

O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela era baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes.
Preguiça e mágoas foi o seu resultado.
Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado.

"Quando a recompensa é grande", disse, o professor, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.
Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não lutaram por elas, então o fracasso é inevitável."

O pensamento abaixo foi escrito em 1931.
"É impossível levar o pobre à prosperidade através de leis que punem os ricos pela sua prosperidade.
Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa tem de trabalhar recebendo menos.
O governo só pode dar a alguém aquilo que tira de outro alguém.
Quando metade da população descobre de que não precisa de trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

AA

Bravura Lusitana disse...

Olha o gajo da foice e do martelo a mandar bitaites.

Muda-te para a Coreia do Norte, lá é que estavas bem.

PNR SEMPRE ! Por Portugal E MAIS NADA.

Anónimo disse...

Fora com os fascistas do PNR,apesar de,todos juntos,não encherem metade do autocarro da Câmara.

Sobre foices e martelos,mereciam umas cócegas no pescoço com aquela e,com o martelo,uma bem assente nos ditos cujos.

PNR = SALAZAR = PIDE

Anónimo disse...

Com licença, Excelentíssimo Professor.
A entrevista com o 'histórico' ex-presidente da Junta de Freguesia de Paialvo, Senhor Custódio Ferreira, foi diferente das anteriores – mais pessoal e moderada do ponto de vista político, mas ficaram algumas questões por aflorar. A paixão do entrevistado pelos ares do Leste terá começado por ter visto durante alguns jogos desportivos a bandeira com a foice e o martelo, na década de 60, salvo erro. Ficou por dizer onde, porque no tempo da ditadura de Salazar não era normal ver aquele símbolo a flutuar em terras lusas. Por outro lado, um elogio para a franqueza do senhor Custódio Ferreira, ao reconhecer que noutros tempos havia mais gente a trabalhar. Os trabalhadores, sobretudo os do campo, ganhavam pouco, por causa da exploração dos patrões, é verdade que sim, mas estaremos melhor, agora, com tantos desempregados em precárias condições, numa sociedade tão desequilibrada? Homem do povo, interessado, mostrou conhecimento de algumas fases da História do Mundo - de que falou com mais desenvoltura do que alguns ‘académicos’ – teria sido interessante pedir-lhe opinião sobre as causas que conduziram ao fim de uma fábrica de fiação, das três fabricas de papel que existiam no concelho, ao fim da moagem e da metalúrgica, como de uma empresa como a Mendes Godinho, todas grandes empregadoras em Tomar. Para não falar de encerramentos mais recentes.
Excelentíssimo Professor António Rebelo, mantenha estas conversas à mesa do café, mas convide mais gente do povo. Dos políticos, sabemos o que todos dizem…
João Esperança