terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O NOSSO FUTURO E A MUDANÇA - REACÇÕES

Foto O Jumento

O post "O nosso futuro e a mudança" parece ter constituído para alguns dos nossos leitores um autêntico soco no estômago, tão exaltadas e injustas me parecem as reacções. A ideia inicial era aliciar os leitores para a leitura do livro "Desatar o nó", à qual se seguiria um debate sério, frontal e sereno. Ao invés, o conseguido, pelo menos até agora, foram as usuais reacções que pouco ou nada têm a ver com o conteúdo da obra. Ou seja, em vez de indicarem claramente quais as ideias com as quais estão de acordo, bem como aquelas que condenam, alguns leitores preferiram condenar sem mesmo terem lido, com base numas vagas etiquetas do tipo esquerda/centro/direita e de doutrinas que tiveram a sua época e deram os resultados práticos que são conhecidos. Trata-se no meu entender de posições tão pouco sustentáveis, que resolvi tentar documentá-las na foto supra, na qual Carrapatoso é representado pelo cão. Queiram desculpar, mas é assim que encaro a situação.
Acresce que o referido autor já respondeu por antecipação aos seus usuais detractores, na obra citada: "Preferimos especular sobre a culpa de terceiros, zurzindo-os com particular violência, muitas vezes apenas porque nos fazem sombra, porque são nossos concorrentes, porque nos irritam, porque temos inveja deles, ou por qualquer outra razão." (obra citada, pág. 84)
"Mas os riscos serão inerentes à natureza das propostas inovadoras a fazer, à luta pela quebra de mitos e tabus, à crítica construtiva e independente, atitude que dará por certo lugar a interpretações abusivas, a insinuações ou a uma colagem de rótulos por parte daqueles que querem manter tudo na mesma. Mas a causa é nobre e os riscos valem a pena. De facto, o que está hoje em causa é o desenvolvimento do país, a coesão social, a construção de uma sociedade mais moderna e mais forte. Com cidadãos livres e senhores do seu destino." (obra citada, pág. 68)
A esta certeira argumentação de Carrapatoso, com a qual estou de acordo, permito-me adicionar o argumento definitivo: Porque o que está não pode durar muito mais, pois não é sequer sustentável.
Posição de direita, liberal -acusarão alguns, de dedo em riste. Não sei se será, tendo em conta a actual envolvência.  Em todo o caso, se os comentários reproduzidos acima são de esquerda, então sou realmente de direita. E vice-versa.
Uma inocente pergunta final: É com comentários assim que esperam contribuir para a ansiada ultrapassagem da grave e angustiante crise nacional e local? Se a resposta for afirmativa, julgo que nesse caso até não estamos assim muito mal, tendo em conta o gabarito cívico e intelectual de alguns actores locais mais activos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Bem prega Frei Tomás...

NÃO olhes para o que ele diz,OLHA para o que ele FAZ.

António Carrapatoso tem sido o rosto da nata cavaquista que se reuniu em torno do Manifesto neo-liberal "Compromisso Portugal" que,subscrito por beatos(falsos)nada disse ao país real.

António Carrapatoso é um produto e um actor do modelo de desenvolvimento cavaquista que está no limiar da falência,sustentado e gerido por um bloco central de interesses.

António Carrapatoso é um daqueles "gestores" de abundância,pago a preço de ouro,para se limitar a executar as políticas definidas pelo CEO da casa-mãe da multinacional Vodafone.

António Carrapatoso é um típico homem do sistema que está hoje numa prateleira dourada,princípescamente pago para lançar uns bitaites contra esses mesmo sistema de que sempre foi um dos entusiásticos apoiantes e beneficiários.

Mas o pior é que o país está minado de carrapatosos de várias cores que o sugam até ao tutano e,depois,têm a distinta lata de se fazer passar por virgens ofendidas e imaculadas.

O que é que me pode interessar ler uma prosa de um qualquer Carrapatoso que,a soldo e pago,vem propagandear o oposto do que praticou durante toda a vida.

Seria o mesmo que ir,sôfrego,comprar um livro de Oliveira e Costa sobre HONESTIDADE,ÉTICA E TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO BANCÁRIA.

Muito mais do que definições de esquerda e direita,o que está em causa são VALORES como:

-honestidade
-ética
-verdade
-pudor
-competência
-hipocrisia
-pricípios
-coerência
e outros.

E não será a ladaínha de um qualquer António Rebelo que me coartará a indepedência e liberdade de raciocínio ou de crítica.

Tenha paciência,mas:

NÃO COMO TUDO O QUE ME PÕEM À FRENTE.

Por maior que seja o talento estético do empratador.

António Melro

Anónimo disse...

A credibilidade da obra publicitada pelo TaD decorre da credibilidade do autor.
Será por isso que não há comentários à obra: não os merecerá.
A criatura é do centralão, e está tudo dito. Melhor, gasto.