Primeiro foram os militantes do PSD. Descontentes com a herança que se perspectiva, tentaram uma renovação por dentro, cientes de que os causadores da doença muito dificilmente poderão vir a ser os seus médicos. Apostaram e venceram. Conquistaram a liderança da Comissão Política local. Depois, no normal exercício das suas funções, escolheram um cabeça de lista. Infelizmente as instâncias distrital e nacional resolveram invalidar todo o trabalho feito, impondo a continuação do condenado passado.
Trata-se de um manifesto absurdo. Os distritos já não existem administrativamente. A não ser em termos eleitorais, naturalmente porque assim convém aos partidos esclerosados que temos, permitindo-lhes manter toda uma estrutura piramidal, que tão nefasta tem sido para o país. Adiante. Não há mal que sempre dure. Nem bem que não se acabe. Depende dos pontos de vista...
Seguiu-se o PS, há anos dominado em Tomar por um jovem e impulsivo aprendiz de cacique, nem sempre polido, que julga serem os seus conterrâneos todos palonços. De asneira em asneira, encontra-se agora -embora disso não se dê conta, tanta é a sua cegueira analítica- ante um doloroso dilema: ou dá o corpo à curva, deixando funcionar livremente a democracia interna e acatando as decisões maioritárias, ou não tardará a ser cuspido, numa das próximas e inevitáveis viragens.
O primeiro sinal já foi dado no passado sábado. Após um longo debate, a Comissão Política local, instada pelo referido aprendiz de manipulador a discutir o assunto, rejeitou retirar a confiança política ao vereador José Vitorino, como pretendia o aprendiz de ditador, por 14 votos contra 10. Logo o derrotado providenciou tentar iludir a opinião pública. No texto enviado à comunicação social, como se pode conferir aqui, a Comissão Política nada rejeitou. Limitou-se a confirmar a confiança política nos diversos eleitos socialistas. Se isto não é jesuitismo encapotado, praticado por um maçon laico assumido, então o que é?
Em ambos os casos, tanto no PSD com no PS, ou noutra formação qualquer, se os respectivos apaniguados resolverem unir-se para agir em comum, outro galo nos cantará. Se quisermos, tudo pode ser bem melhor. Tal como reza o ditado, "Se a juventude soubesse e a velhice pudesse, o Mundo seria muito diferente". Mas quê! Há demasiados interesses caducos em jogo. Oxalá saibamos derrotá-los, a bem da comunidade tomarense.
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