Com a barca nabantina a afundar-se, após anos e anos a meter água por todos os lados, os nossos eleitos portam-se que até dá gosto ver. Sobre a relativa maioria e os IpT já estamos assaz conversados. Não adiantaria bater mais nos mesmos. Já o PS merece uma vaia particular.
Após uma infeliz escolha, seguida de um infeliz resultado e de uma ainda mais infeliz e efémera mancebia, nunca conseguiu entender-se com a outra força oposicionista, em moldes de poder condicionar eficazmente a nefasta atitude de quem devia governar. Não contente com tal incapacidade, que tão caro já custou aos tomarenses em reiteradas asneiras, resolveu agora dar um triste espectáculo em plena sessão camarária: zanga de comadres, tipo luta de galos, entre os dois vereadores, José Vitorino e Luís Ferreira. Por causa do evidente descalabro da actuação laranja? A favor de políticas alternativas eficazes? Protestando contra o abandalhamento da cidade? Pois não senhor. Apenas para vincar quem fala em nome do PS. Só isso! Parece de cachopos, mas é o que está a acontecer, conforme noticia a comunicação social local (Hertz e RCT). Uma tristeza.
Talvez sabedora de que as coisas já não iam nada bem no partido e procurando ultrapassar salganhadas infantis, a candidata Anabela Freitas elegeu como lema "Mudança - Escolher o que é diferente". Infelizmente para ela e para os seus seguidores, somos todos visceralmente conservadores. Recusamo-nos resolutamente a aceitar como bom o axioma de Darwin, segundo o qual "Não são os mais fortes, nem os mais inteligentes, que sobrevivem. São os que melhor se adaptam à envolvência."
Numa outra vertente, há também aquele dito popular, postulando que "caridade bem organizada começa pelo próprio". Noutros termos menos sibilinos, se o PS não muda e a sua candidata também não, porque hão-de mudar os outros?
É certo que na sondagem em curso a hipótese "outro partido" recolhe nesta altura 46% dos votos, apesar de ser evidente que nas próximas autárquicas muito dificilmente surgirão em Tomar outras formações políticas com implantação, para além do BE, CDU, CDS, IpT, PS e PSD. O que parece indicar que os votantes da citada sondagem desejam mesmo a tal mudança, mas mais tipo "partido milagroso", que tudo resolveria de um dia para o outro. No fundo, a mesma linha política de quem joga no euromilhões, ou vai a Fátima só para solicitar um milagre, confundindo a fé com uma simples operação tipo "toma lá/dá cá". Uma tristeza, mas é o povo que temos. O PS nabantino que se ponha a pau.
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