Antes de atacar o prato de resistência, aqui temos mais um acepipe, copiado do Correio da Manhã de hoje, página 20. Refere-se ao concelho de Vila Real, para lá do Marão, em Trás os Montes, a 400 quilómetros de Lisboa. Pois mesmo assim, tão longe e tão no interior, com perto de 52 mil habitantes, tem uma dívida de apenas 18,8 milhões de euros, quase toda à banca, e só 345 funcionários. Recorde-se que Tomar tem apenas 40 mil habitantes, mas uma dívida de 34 milhões de euros e cerca de 550 funcionários.
Apesar desta triste situação e desta malvada crise que nunca mais acaba, a Tomar iniciativas -é a grande notícia do dia- resolveu tomar a iniciativa de solicitar à autarquia um subsídio de 15 mil euros para o Carnaval de Tomar, igual ao do ano passado. Tiveram azar. Levaram sopa. Seis votos contra (PSD, IpT e o substituto do vereador Vitorino, do PS). Um voto a favor, do socialista Luís Ferreira, que assim demonstrou continuar convencido de que os contribuintes têm a obrigação de custear os divertimentos dos outros, mesmo em tempo de crise. Muito divertido, não há dúvida. Só falta saber se os eleitores irão achar graça...
Apesar desta triste situação e desta malvada crise que nunca mais acaba, a Tomar iniciativas -é a grande notícia do dia- resolveu tomar a iniciativa de solicitar à autarquia um subsídio de 15 mil euros para o Carnaval de Tomar, igual ao do ano passado. Tiveram azar. Levaram sopa. Seis votos contra (PSD, IpT e o substituto do vereador Vitorino, do PS). Um voto a favor, do socialista Luís Ferreira, que assim demonstrou continuar convencido de que os contribuintes têm a obrigação de custear os divertimentos dos outros, mesmo em tempo de crise. Muito divertido, não há dúvida. Só falta saber se os eleitores irão achar graça...
Parece estranho, mas é verdade. Apesar da enorme dívida, que ninguém sabe como pagar, e dos mais de 500 funcionários municipais, Tomar está na cauda da tabela da qualidade de vida, elaborada por professores da Universidade da Beira Interior e que faz a manchete no Cidade de Tomar. O que vem confirmar que os ditos funcionários, se estão realmente ao serviço dos cidadãos, é como se não estivessem.
Apesar de notícias deste tipo, a troika local, também designada por maioria relativa, continua a fazer de conta que não é nada com eles. Tanto assim é que o presidente em exercício, certamente convicto de estar a realizar um excelente trabalho e de ter antecedentes gloriosos, insiste em candidatar-se a novo mandato. Até agora com sucesso, deve dizer-se.
De tal forma que O Templário dá por confirmada a sua candidatura, contrariando assim a escolha inicial da Comissão Política local, que era António Lourenço dos Santos. Paira no entanto um estranho silêncio sobre assunto, da parte de todos os envolvidos. Porque será? Tomar a dianteira julga poder aventar a hipótese segundo a qual, como referiu o Botas, "em política o que parece é". Sucede que, até prova em contrário, nesta altura o que parece é que há mais dúvidas que certezas. Embora cada tendência procure vincar a sua preferência. Há que dar tempo ao tempo...
Já mais afastada de política, embora não tanto assim, a notícia sensação d'O MIRANTE tem um título curioso: "Ladrões levaram alfaias agrícolas e galinhas durante o velório..." Aconteceu em Aveiras de Cima (Azambuja) e fica-se com a ideia (eu pelo menos fiquei, numa primeira fase) de que furtaram galinhas que estavam no velório. Só após leitura atenta da notícia fiquei a saber que os ladrões levaram as alfaias e as galinhas...durante o velório do dono das ditas.
Pior ainda, segundo o semanário, não é a primeira vez que tal acontece naquela zona: "Há cerca de dois anos, enquanto outro filho da terra estava a ser enterrado, os amigos do alheio levaram sacas de batatas e cebolas. Na vila têm-se registado roubos de animais. De uma pecuária foram levadas 25 galinhas, há duas semanas."
Casos para exclamar que estamos bem arranjados! Já há outra vez pilha-galinhas, em sentido literal. Como até ao final da primeira metade do século passado. Quando ainda havia fome. E as galinhas não devem ter ficado nada contentes, uma vez que decerto passaram pelas brasas mais cedo que o previsto.
1 comentário:
DE: Cantoneiro da Borda da Estrada
Porque é de imprensa que se fala, apetece-me referir um artigo de Natália Faria, no "Público" de hoje, "Escolas públicas preparam melhor os alunos para terem sucesso nas universidades", baseado num estudo da Universidade do Porto (UP), desmistificando, afinal, uma tribo de canastrões da nossa praça, propagandistas assalariados do actual governo e de alguns partidos, nomeadamente o traidorzito sindicalista Mário Nogueira, que tanto combateram a excelente ex-Ministra da Educação, MLRodrigues, e os governos do melhor Primeiro Ministro de Portugal dos últimos 192 anos.
Um artigo que deve ser lido, especialmente pelos políticos "Inscritos".
"Os alunos das privadas saem-se pior porque estão habituados a ser mais acompanhados, e, quando passam a universidade, perdem esse tipo de aconchego", diz um especialista do Centro de Investigação de política de Ensino.
O problema foi o filho da Senhora Isabel, trabalhadora da limpeza, do Senhor Albertino, pintor da construção civil, etc., estarem a adquirir Conhecimento que punha em causa os interesses dos grupos habituados a mamar nas tetas da Vaca Nacional.
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SOBRE A IMPRENSA LOCAL TOMARENSE desta semana, destaco,pela negativa, um artigo no Templário de Anabela Freitas, candidata à presidência da câmara de Tomar, desbaratando espaço na imprensa a escrever sobre problemas burocráticos relacionados com logística dos serviços camarários.
Minha Senhora, eleja dois ou três grandes temas para o futuro de Tomar, de preferências dois, estude-os, e escreva sobre eles e deixe essas coisas para os chefes dos serviços respetivos camarários, que deve coordenar se vier a ser presidente da câmara, como espero.
Vá mais fundo! Vá mais longe! Assuma sem medo a envergadura de uma verdadeira líder dos tomarenses nesta hora de crise gravíssima!
Esse problema da utilização das máquinas resolve-se com um memorando interno.
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