domingo, 7 de novembro de 2010

PARA MAIS UM CAVALEIRO DA TRISTE FIGURA


Perdoará este meu atraso na resposta à sua excelsa prosa, o qual peço licença para justificar imediatamente, de forma fundamentada. Por um lado, ante o seu estilo seguro e extremamente certeiro -como a pontaria de um daqueles recrutas que depois eram recambiados para descascar batatas, de modo a evitar ferimentos por bala nos outros atiradores- vi-me forçado a renunciar por esta vez ao meu usual estilo de resposta instantânea, tipo ténis. Concluí não ser conveniente jogar ténis com quem apenas joga pénis e acessórios anexos. Adiante.
Por outro lado, achei particularmente oportuna aquela sua sugestão de procurar, cito-o, "ajuda especializada e urgente de um clínico do foro das perturbações emocionais." Só modifiquei um bocadinho: Em vez de um, escolhi uma clínica, dado que sempre me dei melhor com damas do que com cavalheiros. Feitios!
O que segue é ipsis verbis  aquilo que, após uma longa e amena cavaqueira, me aconselhou a transmitir-lhe:
1 - A sua escrita denota alguma perturbação psíquica, não só pelo evidente estilo auto-suficiente, de autoconvencimento, como também por se abrigar no cómodo anonimato e cair até em contra-sensos. É o caso, por exemplo, da frase "Até porque, enquanto deputado municipal, nunca mostrou qualquer rasgo, nem deixou qualquer marca MESMO QUE INDELÉVEL." Qualquer professor de português lhe explicará a coisa sem qualquer dificuldade, que eu já não estou no activo, nem gosto de usurpar funções.
2 - Admitindo, como mera hipótese de trabalho, que fosse verdade o que afirma no seu escrito, qual seria o problema? Alguma ilegalidade, anormalidade, irregularilade ou singularidade da minha parte? Acaso me privaram de algum dos meus direitos fundamentais? Desde quando é proibido agir em nome individual, assinando por baixo?
3 - Que entidade ou pessoa lhe outorgou mandato para exercer as funções de inquisidor de outros cidadãos maiores e vacinados, que não são funcionários nem foram eleitos?
4 - Onde é que a sua cabecinha pensadora foi desencantar essa de "uma cruzada que não resulta do chamamento dos seus concidadãos"? Acaso me está a querer comparar com o falecido ditador Francisco Franco?
5 - "Até porque, enquanto deputado municipal, nunca mostrou qualquer rasgo...", escreveu você, sem se preocupar em respeitar minimamente a verdade, como se passa a demonstrar. A - Nunca fui deputado municipal,  posto que não sou de "caganças" nem de "penachos". Fui apenas vogal da Assembleia Municipal. B -Nessa qualidade, não liderei o processo que culminou na criação da freguesia de Além da Ribeira. Foi você é que liderou, não foi? Não trouxe a Tomar o então ministro da saúde, Maldonado Gonelha, para desbloquear a questão do hospital, foi você que o trouxe, não foi? Não defendi em Santarém, perante todos os presidentes da câmara do distrito, a criação de uma Região de Turismo em Tomar. Foi você é que lá esteve, não foi? Não elaborei o dossier de candidatura da cidade e do convento a património da humanidade, a pedido do então vereador da cultura Duarte Nuno. Foi você é que elaborou, não foi? Não renunciei ao mandato da assembleia municipal, como forma de protesto contra aquela comédia tipo julgamento popular de que fui vítima, por ter ousado trazer a Tomar o ministro da saúde do PS, sem avisar  o senhor presidente da assembleia municipal, já então PSD. Foi você é que renunciou, não foi? Ou também ajudou e até liderou a dita comédia?
A concluir, faça um favor aos defuntos templários: Não os envergonhe, usurpando-lhes o nome tão respeitável e respeitado. Seja decente.
"Ouça sempre as vozes que têm a coragem de ser frontais", escreveu você. Assim seja, acrescento eu.

António Rebelo

5 comentários:

Anónimo disse...

Para anónimo em 18:05

Muito obrigado pelas suas amáveis postas de pescada, apesar da sua fraquérrima qualidade. Ficam no frigorífico aqui do Tomar a dianteira, a aguardar destino.
Logo que você me faça chegar, via a.frrebelo@gmail.com fotocópia de ambas as faces do seu bilhete de identidade, ou cartão de cidadão, e uma vez conferidos esses dados nos serviços competentes, terei todo o gosto em publicar o seu comentário, ACOMPANHADO DAS MINHAS RESPOSTAS, bem como a referida fotocópia que acabo de solicitar. Acho-o um bocado mal informado para ter sido realmente aquilo que diz.
Na expectativa das suas notícias, permita-me on conselho de amigo: Não brinque com coisas sérias, pois pode vir a ficar bastante mal na fotografias. Olhe que os protagonistas ainda estão vivos, salvo o sr. Pena Monteiro.

Cordialmente,

A.R.

Anónimo disse...

Sr. Dr. Rebelo,

Este seu comentário é para quem e a que propósito?
Não estou a perceber nada.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Para anónimo em 23:11

Conforme consta da minha resposta, o comentário destina-se a alguém que me enviou uma série de perguntas e outras bacoradas, às quais terei todo o gosto em responder detalhadamente, quando esse alguém tiver vergonha na cara suficiente para se identificar cabalmente, conforme se pede também na já citada resposta.
Acontece, segundo estou convencido, que a referida pessoa nem sequer pretende ouvir ou ler as respostas. Apenas pretende que lhe publiquem as bacoradas caluniosas,pois como é sabido, e os seus mandantes lhe devem ter dito,vale a pena caluniar porque fica sempre qualquer coisa na opinião pública. Dou um pequeno exemplo: acusa-me de ter escrito "Não preciso dos tomarenses para nada. Os tomarenses é que precisam de mim." Sucede que o escrito ao qual se refere é ligeiramente diferente, como qualquer leitor poderá verificar no post em questão:... ... "Os tomarenses é que precisam de mim SE e QUANDO decidirem..."
Com gente assim, que se obstina em torcer o pescoço à verdade e à realidade envolvente, que se há-de fazer senão pedir-lhes a identificação, que eles nunca facultarão, simplesmente porque não são nem nunca foram aquilo que afirmam nos seus patuscos escritos.
Quem os conhecia bem era o falecido poeta popular António Aleixo, ao escrever: Prá mentira ter estatura/E atingir profundidade/Deve trazer à mistura/ Qualquer coisa de verdade.
Abaixo os ódios de estimação! Fora com os moços de recados!
Cordialmente,

A.R.

Anónimo disse...

Fiquei na mesma.

Não posso formar opinião só com a sua versão.

E não sei o que é que esse cavaleiro lhe disse às 18:05.

Você faz de juiz ouvindo só uma das partes?