quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A SELECÇÃO NACIONAL DE FUTEBOL E O MERCADO MUNICIPAL DE TOMAR

Sou um leigo em termos de desporto em geral, e de futebol em particular. Já aqui o disse, mas convém sempre repetir, para evitar equívocos. Gosto, porém, de ver um bom jogo, e ontem fiquei de papinho cheio. Que vitória!!! Que jogatana da selecção de todos nós!!! (Sobretudo quando, como agora sucedeu, joga bem e ganha folgadamente!).
Pois bem, no futebol como na política, o que conta são os resultados obtidos. Se com classe e "panache" ainda melhor. Neste caso da selecção, temos até aspectos fulcrais que vale a pena meditar. Desde logo o principal deles: Os jogadores são praticamente os mesmos, o seleccionador é que mudou. E tendo mudado o seleccinador, mudou quase tudo. A mentalidade, o relacionamento, a entreajuda, o esquema de jogo, o amor à camisola e os objectivos, tudo determinado por um homem modesto, que diz sempre a verdade sem rodeios ("Não temos tido muito tempo para trabalhar, mas o grupo está a crescer..."), contando também com o apoio leal e os conselhos desinteressados de Mourinho. O conhecido e prestigiado cirurgião Vieira da Luz, entusiasta de futebol, resumiu aqui há tempos a situação do onze português, no rescaldo da vitória sobre a Dinamarca, com uma frase lapidar -"O outro não os deixava jogar, este diz-lhes "Vocês são bons, sabem jogar; façam aquilo que sabem!"  Temos assim uma magnífica equipa com elevada autoconfiança, grande espírito de entreajuda, muita ousadia e orgulho em servir a pátria comum e livre que é de todos. O mesmo é dizer, um projecto totalmente diferente do queirosiano espartilho envergonhado, cujo mentor visava apenas ganhar à tangente, empatar, ou perder por poucos, impedindo assim os jogadores de "abrir o livro" da sua experiência, tanto individual como em comum. Mais uma vez as coisas são o que são: O fundamental não são as pessoas. São as ideias, os planos, a capacidade de realização e de adequação à realidade envolvente. Se ninguém com juízo arriscaria ir para as zonas polares com roupa de Verão, porque insistem os nossos autarcas na execução de obras planeadas em e para épocas de fartura, agora que atravessamos um período de miséria e até de fome, que ninguém sabe até quando vai durar?
Enquanto tudo isto ocorria na selecção nacional de futebol, na terra nabantina, a ASAE mandou encerrar compulsivamente o velho mercado, vítima da incúria dos sucessivos autarcas eleitos por todos nós; gastou-se uma fortuna numa barraca destinada a mercado provisório; foi-se mentindo sucessivamente aos comerciantes, referindo datas de abertura sempre proteladas; acabando por se passar quatro meses em bolandas. Quando finalmente abriu o dito pavilhão, houve barraca! Os comerciantes constataram, magoados, que a instalação eléctrica não tinha nem tem potência suficiente para alimentar em simultâneo todos os apetrechos instalados. Louvado seja Deus! Durante quatro longos e laboriosos meses -que até incluiram viagens de espionagem a outros concelhos- não houve ninguém, nem entre os eleitos nem entre os quase 500 funcionários da autarquia, para ousar dizer que a potência eléctrica instalada era insuficiente. Em pleno século XXI! 
Mais comentários para quê? Está-se mesmo a ver que, em vez de se continuar a recorrer  às lamúrias do costume, (ninguém estava à espera que isto acontecesse, é pouca sorte, correu mal), em Tomar é urgente mudar de seleccionador, de adjuntos, de mentalidade e de planos de jogo. Caso queiramos obter resultados que não nos envergonhem.
Conforme usam dizer os nossos irmãos brasileiros, que nestas coisas do futebol, da política e da economia até dão cartas e provocam agora a admiração do mundo, "Quem nasceu para lagartixa, nunca chega a jacaré".

5 comentários:

Anónimo disse...

Américo à Presidência !

Grande coligação de politicos que servem a causa pública !

Anónimo disse...

AMÉRICO DA JUNCEIRA E DE LISBOA O INSPECTOR CHEFE DA POLIÍCIA JUDICIÁRIA QUE A CAÃMARA É UM CASO DE POLÍCIA.

SÓ COM AUTORIDADE LÁ IREMOS

Anónimo disse...

Eo sou daqueles que concordo que os políticos, seja a que nível for, devem ser julgados criminalmente por gestão danosa continuada.
Assim veríamos o sr. Paulino, o Paiva da Trofa, aldeão Carrão, ferreira das farturas, Pedro o Grande e outros de barriguinha encostada à barra judicial a responderem perante a justiça e verem ser-lhes retiradas as reformas douradas e antecipadas com que continuam a roubar o erário público debaixo do guarda-chuva da lei.
Isso sim é que era serviço...

Anónimo disse...

Corvelo é um nim !
Carrão e Ferreira são tachistas !

Coligação abaixo !

Eleições Já !

Anónimo disse...

Doutor António Rebelo, tanta modéstica não! Afinal, o Senhor também sabe de futebol. Quanto ao resto, o comentário em si, muito oportuno!
AG