Segundo o blogue PSTomar, o executivo camarário nabantino, forçado pela Lei 49/2012, lá acabou por parir uma nova estrutura orgânica para a autarquia. Passará a haver um director de departamento e sete chefes de divisão. É mais uma flagrante patetice da actual maioria relativa. Para se fazer uma ideia da megalomania da coisa, basta uma comparação. Caldas da Rainha tem 54 mil habitantes e apenas três chefes de divisão. Tomar tem só 42 mil habitantes, por enquanto, que a população está a diminuir. Qual a justificação para semelhante disparidade? Os tomarenses dão mais trabalho a administrar que os caldenses? É pouco provável. Tanto mais que, em termos de qualidade de vida, Caldas figura nos cinquenta primeiros concelhos da tabela classificativa, enquanto Tomar aparece em 206º lugar. A explicação é outra.
Trata-se, por um lado, da evidente diferença entre a maioria PSD que governa as Caldas, composta por servidores da democracia, e a relativa maioria PSD que devia governar Tomar, composta por chulos da democracia, que apenas procuram sacar o mais possível dos cofres públicos, tanto para si como para os seus apaniguados. Tudo legalmente, bem entendido.
Avulta também, por outro lado, a cobardia da relativa maioria, incapaz de enfrentar e de pôr cobro a interesses ilegítimos instalados, no que é ajudada por uma oposição inepta, incapaz de agir de forma coordenada. Uma vez que dispõem da maioria e mesmo assim não conseguem evitar ou sequer corrigir a manifesta má actuação da troika laranja, cabe perguntar -Que estão lá a fazer? Para que servem realmente? Só para animar as reuniões e receber as senhas de presença?
Desta feita os IpT portaram-se à altura, votando contra a evidente patetice. Infelizmente o PS entendeu dever abster-se, assim viabilizando a nova estrutura, se calhar procurando angariar votos entre os sobreviventes desta efémera reforma falhada. É mais uma oportunidade perdida. E ainda faltam oito meses para as eleições. Tanto tempo para mais asneiras semelhantes.
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