Na habitual ronda de fim de semana às infelizes e praticamente inúteis obras da Envolvente ao Convento a Calçada de S. Tiago surgiu-me com este aspecto. A falta que fazem umas chibinhas ou uns mémés...
Numa terra de teimosos obstinados estava-se mesmo a ver que o coitado do alambor templário ia ficar mais uns tempos parcialmente enterrado. De nada valeu ter aqui proclamado várias vezes que as escavação arqueológica devia ir até à parede da fachada norte do ex-Hospital Militar.
O que é preciso inventar para justificar orçamentos fortemente empolados! Há oito séculos, para segurar a ribanceira, agora designada por talude, bastaram algumas pedras e mão-de-obra habilitada. Oitocentos anos mais tarde, para o mesmo fim é necessária toda esta tralha, que mais parece a preparação para o cerco ao castelo. Que tempos estes! Se o Gualdim cá pudesse voltar, morria logo de susto!
Escreveu-se aqui na passada semana que o muro de suporte da cafetaria cedera conforme documentado, por falta de escoamento adequado...
Pois os responsáveis da obra decidiram mandar escavar o local e acrescentar uma cinta em betão armado. Para quê, senhores? Não bastava um sumidouro e uma conduta de escoamento?
Mais para poente, a norte da fachada norte, o aspecto é agora este. Procede-se à consolidação das fundações do futuro parque de estacionamento para autocarros de turismo. À ilharga do monumento!
Em Alcobaça, cujos autarcas não consta que sejam menos inteligentes que os de Tomar, há anos que se adoptou a norma europeia, a qual determina que o trânsito e o estacionamento deve ser afastado dos monumentos. Sobretudo os pesados de passageiros. O que implicou a transformação do jardim e parque de estacionamento....
...no terreiro primitivo, cujo aspecto é agora este. A faixa onde passeiam as pessoas do lado esquerdo já foi em tempos a estrada nacional 8.
Quem terá razão? Alcobaça ou Tomar? Têm a palavra os eleitores. O mais tardar em Outubro próximo.
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