quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Desmazelo...

À noite, o altivo Castelo dos templários não tem cabeça. A iluminação da Torre de menagem há meses que não funciona. O mesmo acontece com a parte nascente da Ermida da Conceição, com os arcos da Ponte Velha, com um dos arcos da Ponte do Flecheiro, com o nicho da Santa Iria, com a antiga biblioteca e por aí adiante.
Regra geral, as papeleiras danificadas ou destruídas por vândalos desnorteados nunca são substituídas. Os distribuidores de sacos para recolher os pastéis de cão, ou não são abastecidos ou até já desapareceram.
A limpeza urbana já conheceu melhores dias e dos parques e jardins é melhor nem falar, para evitar as lágrimas.
Ao cimo da Rua de Pedro Dias, a sarjeta nunca funcionou. E continua entupida desde o tempo do Paiva. Outro tanto acontece com a caixa de visita do colector pluvial junto ao viaduto do caminho de ferro. À mínima bátega entorna. O que significa que o colector está bloqueado.
É sempre a mesma coisa. Fazem-se as obras e/ou instalam-se os equipamentos, aproveitando sempre as escorrências por debaixo da mesa. Depois, a indispensável manutenção que se lixe, porque daí não escorre nada.
 Cabe por isso interrogar. Ninguém vê? Ou limitam-se a fingir?
Entre os quase 600 funcionários camarários, há quantos trabalhadores. E entre as dezenas de dirigentes, quantos é que dirigem mesmo alguma coisa, além da comida prá boca e do dinheiro pró bolso?
Concluo citando Augusto Gil, levemente modificado:

Que quem é pecador sofra tormentos, enfim!
Mas os tomarenses, Senhor,
Porque lhes dais tanta dor?!
Porque padecem assim?!

E uma infinita tristeza
Uma funda turbação
Entra em mim, fica em mim presa
Cai neve na natureza
E cai no meu coração

                                          
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Capital do desmazelo

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