Estava escrito! Quando aqui há uns anos, no auge do império da farturas, a gerência autárquica de então decidiu comprar a Casa dos Tectos, tornou-se evidente que mais cedo ou mais tarde haveria outros tectos. Tanto mais que, agora com a nova ortografia do acordo, passámos a ter a Casa dos Tetos, o que vem mesmo a calhar, pois é voz corrente que a senhora câmara é uma espécie de Casa das Tetas, tantos são os mamões que por ali andam. Adiante...
Certo mesmo certo é que o presidente Carrão, colocado entre a espada e parede, que é como quem diz entre os euros e a penúria, lá se resolveu finalmente a fixar tectos máximos mensais para os quase 200 telemóveis distribuídos pela autarquia aos seus funcionários e políticos do executivo. Segundo nos foi dito, passa doravante a vigorar um regime semelhante ao das forças armadas. Neste caso camarário, 15 euros mensais para os funcionários = soldados, 25 euros para chefes médios = sargentos e 40 euros para chefes graúdos = oficiais.
Aplaudindo a decisão, Tomar a dianteira é contudo forçado a lastimar que continue a não haver tecto para os políticos do executivo autárquico. Decisão contra a qual os impolutos vereadores da oposição só não protestam porque também beneficiam de telemóveis de serviço.
Que bem prega Frei Carrão, perdão! Frei Tomás. Façam como ele diz. Não olhem para o que ele faz! Ou então: Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é burro ou não tem arte!
Servir os tomarenses sem se servir, é uma nobre missão. Vivam os nossos eleitos!
Servir os tomarenses sem se servir, é uma nobre missão. Vivam os nossos eleitos!