quinta-feira, 26 de abril de 2012

Temas da imprensa regional


N'O MIRANTE, dois assuntos se destacam: a manchete e o projecto de novo mapa judiciário. Quanto àquela, o semanário da Chamusca realça o evidente e boçal marialvismo de um autarca no exercício das suas funções. Trata-se do presidente da câmara de Torres Novas, o socialista António Rodrigues, ao que por aí consta com algumas hipóteses de vir a ser cabeça de lista noutra autarquia, uma vez que está impedido de se recandidatar novamente à autarquia torrejana, por ter atingido o limite legal permitido.
Já se sabia que o autarca Rodrigues é um patusco, que se recusa a cumprir decisões judiciais vinculativas, quando elas lhe não agradam.  Doravante poderemos acrescentar que é também o tosco e untuoso provocador de uma vereadora CDU, a qual ainda não arranjou coragem para o mandar publicamente para onde ele merece. Além de desprestigiar o órgão a que preside, o socialista Rodrigues dá igualmente uma péssima imagem de toda esta zona,  pois preside também à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo. Quem o elegeu deve estar agora a sentir-se mal na fotografia...
O outro tema é a reforma judicial ainda em projecto, que prevê apenas uma comarca em cada um dos 18 distritos, com secções nos respectivos centros urbanos mais importantes. No caso do distrito de Santarém e tal como Tomar a dianteira avançou em tempo útil, prevê-se a instalação em Tomar de uma secção de trabalho, família e menores, para todo o Médio Tejo, bem como uma outra secção de Execução com abrangência distrital. Foi portanto precipitado e sem fundamento o alarme lançado pelos IpT sobre a eventual saída do actual Tribunal do Trabalho para Abrantes. As autárquicas de 2013 já começam a provocar algum nervoso miudinho...


"Aqui a crise é mais grave", afirmou o presidente da ACITOFEBA, em entrevista ao TEMPLÁRIO. E tem toda a razão. Resta apurar porque assim acontece. Não será sobretudo culpa dos próprios tomarenses e da sua conhecida basófia?
Na segunda parte da sua crónica "Tomar e o turismo...", Mário Reis escreve aquilo que venho afirmando por escrito há mais de vinte anos, sem qualquer resultado até ao presente: "...A Festa dos Tabuleiros, que me parece não estar totalmente aproveitada turisticamente, porque não creio que para ser inscrita nos roteiros turísticos nacionais e internacionais, possa ser realizada apenas de quatro em quatro anos..." Ora até que enfim! Quase apetece exclamar Bendita crise, que torna as pessoas mais realistas! Porque a triste verdade é esta: Excepto os tomarenses, a maior parte dos quais ainda vive culturalmente na primeira metade do século passado, já praticamente todos os outros interessados tinham chegado a essa conclusão. Até o Turismo de Portugal, que desta última vez recusou o usual subsídio. E continuamos sem conhecer as contas finais. Porque será?
Igualmente interessante a coluna de opinião subscrita por Rui Sant'Ovaia, sobre a questão do hospital, com uma nota final condenando o triste episódio inquisitorial da irmandade da santa casa local, que de misericórdia já pouco ou nada tem. Será mais uma empresa da indústria assistencial.


Inadvertidamente, CIDADE DE TOMAR, assume a triste realidade actual: "Tomar quer aderir à Rede de Cidades Vilas Medievais". O que vai custar ao orçamento municipal seis mil euros de entrada, mais mil e quinhentos por ano. Para quê? Para que daqui a mais uns anitos a dita rede passe a ser de "Cidades > Vilas > Aldeias medievais? Olhando para lista de aderentes portugueses (Marvão, Vila Viçosa e Tomar), é-se forçado a concluir que já faltou mais...
Em manchete, a habitual posição tomarense: contra a sede do ACES em Torres Novas, contra a reforma do CHMT, contra a redução de freguesias, contra a lei dos compromissos, contra a saída do tribunal do trabalho para Abrantes, contra a Festa dos Tabuleiros todos os anos, contra as entradas pagas para assistir ao cortejo, contra o estacionamento pago, contra o progresso, contra a mudança, contra a corrente, contra a liberdade de opinião, contra a tolerância, contra eleições intercalares, contra a redução de chefias na autarquia... Ainda não deu para entender que com semelhante mentalidade todos se riem de nós por esse país fora? É que nem os comunistas de Alpiarça e da Marinha Grande alguma vez assim foram no tempo da outra senhora. Proponho até um novo lema local, para substituir o actual "Tomar - Cidade Templária": Tomar -Capital do contra tudo e contra todos. Amém!

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