domingo, 15 de abril de 2012

OBRAS JUNTO AO CONVENTO DE CRISTO

A barbárie continua...

Foto 1 - Desaterro de cerca de meio metro na Cerrada dos cães.

Foto 2 - Segundo um profissional da construção, deve tratar-se de acertar o terreno circundante com a cota da cafetaria, que terá sido edificada um bocado "à Lagardère"...

Foto 3 - Tinha razão o Secretário de Estado da Cultura, ao garantir aqui há tempos que o velho alambor templário seria preservado. Só ainda não se encontra protegido por carradas de entulho, proveniente da Cerrada dos Cães, porque moradores da zona viram o que se preparava e avisaram os trabalhadores que era melhor aguardar novas ordens, para evitar chatices... Mas o entulho lá foi descarregado, com se vê no topo do talude e na foto seguinte.

 Foto 4 - Várias carradas estão já no local, à espera da pá carregadora. E das novas ordens. Ousarão enterrar de novo o alambor?

Foto 5 - Enquanto não vêm as novas ordens, vá de fazer um novo círculo, para substituir o que foi arrancado e que se destinava na origem a receber o monumento gualdino, ainda na Praça da República.

Foto 6 - Pela mesma ocasião, arrancaram também este bloco de betão, que em tempos serviu para fixar um tabuleiro monumental. Agora ninguém sabe o que lhe fazer. Ao bloco, claro!

Foto 7 - As obras de terraplanagem têm decorrido de vento em popa. Tem ido tudo à frente da pá escavadora. Nesta foto são bem visíveis vestígios de uma antiga construção, mas como nesta fase não há qualquer arqueólogo a acompanhar as obras, é sempre a aviar. Se houver novo azar, tipo alambor templário, a directora do Convento lá terá que vir mais uma vez garantir que o IGESPAR sempre esteve em cima dos acontecimentos. O que será quase verdade, pois o Convento, não sendo bem em cima, é mesmo ao lado.
Foto 8 - Com tanto entulho a retirar da terraplanagem, houve que distribuí-lo por vários sítios, todos próximos, além da fachada norte do Convento e do "maldito alambor", segundo um respeitável quadro superior da autarquia. Aqui vemos o actual aspecto entre a "piscina americana" e a Estrada do Convento.

Foto 9 - Outro aspecto do mesmo local. No primeiro plano pedras e raízes provenientes da Cerrada dos Cães. Pelo seu tamanho médio, tudo indica que se tratará de blocos anteriormente na sapata do castelo, em séculos anteriores.
Foto 10 - Mais abaixo, antes do cruzamento da estrada com a Calçada dos Cavaleiros para quem sobe, várias carradas de entulho aguardam acomodação atrás do murete de suporte que se vê do lado direito.


 Foto 11 - O acesso da Calçada dos Cavaleiros à Estrada do Convento já não era nada fácil, desde que houve necessidade de instalar um lancil (que se vê à esquerda) para amparar o novo piso asfaltado. Agora com um novo lancil ainda mais elevado, tudo indica que vai ficar uma verdadeira maravilha. Com um desnível da ordem dos 50 centímetros, será o ideal para aves pernaltas...

Foto 12 - Não havendo mais locais próximos da obra, despeja-se nos terrenos adjacentes. Neste caso do lado oposto ao futuro parque de estacionamento tipo "piscina americana".

Foto 13 - Qual a solução para este problema de entulho? Faz-se já um muro de suporte para o novo talude? Ou será apenas compactado, ficando a aguardar melhores tempos, ou um ano bastante pluvioso, que arraste tudo aquilo?

Perante toda esta barbárie, resta pegar na conhecida composição do António Variações, agora de novo na berra, e adaptá-la em tom de lamentação: "Quando os autarcas não têm juízo/O povo é que as paga!/O povo é que as paga!" E o património, neste caso!

Olhando para toda esta barbárie e pegando na conhecida composição do Variações, agora muito na moda, é caso para cantar que "Quando um autarca não juízo/ O povo é que as paga!/ O povo é que as paga!" E o património, neste caso.

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