domingo, 20 de dezembro de 2015

Marinheiro de Água das Pedras...

Em mais uma brilhante crónica no CM, Pereira Coutinho é particularmente certeiro. Analisando o ainda extremamente curto reinado de António Costa, concluiu haver em Portugal doravante três tipos de marinheiros. Os tradicionais, de água salgada; os de café, de água doce; e os de Água das Pedras, cujo expoente máximo é o PM António Costa, constantemente empenhado em amainar as azias, tanto da direita como da esquerda. Sobretudo desta.
Marinheiro de Água das Pedras, o nosso bem amado PM rosa é apoiado pela generalidade  dos calhaus de esquerda. Tanto da tradicional como da moderna. Com destaque para alguns mais eminentes. Não espanta por isso que os resultados magníficos já comecem a aparecer. 
A Comissão europeia deu o primeiro puxão de orelhas ao bem intencionado governo de Lisboa. A redução do esforço fiscal e o anunciado incentivo de 100 milhões às empresas, bem como o aumento de salário mínimo não são compatíveis com a indispensável continuação da política económica espartana, dizem eles. E regra geral o que eles dizem tem muita força.
Agoniado, o governo mexicamo já protestou publicamente contra a renacionalização, mesmo encapotada, da Carris e do Metro de Lisboa, onde empresas mexicanas têm interesses. Visivelmente irritados, o dono da Barraqueiro e o da Azul, agora accionistas maioritários da TAP, onde entretanto já meteram 180 milhões para despesas correntes, martelaram publicamente que tencionam cumprir o acordo livremente celebrado com o governo anterior.
Também algo indisposto ante a audácia dos novos tapistas, Costa não esteve com meias medidas. Anunciou na TV que o estado pretende voltar a ser o sócio maioritário da transportadora aérea portuguesa (a tal renacionalização com vergonha de dizer o nome), e que se não for a bem, vai a mal.
O que a ser implementado vai custar aos contribuintes mais umas centenas de milhões. Um detalhe sem qualquer relevância, num país rico e com finanças desafogadas, como o nosso.
O que o bom do Costa -que tenho por alguém muito inteligente  e com um arcaboiço político fora do comum- ainda não fez e terá de vir a fazer é fornecer aos ignaros contribuintes, entre os quais me incluo, uma pequena mas fundamental explicação: Para os cidadãos não filiados na CGTP - Intersindical nacional - A força de quem trabalha, quais as vantagens da prevista renacionalização da TAP e dos transportes urbanos de Lisboa e Porto? Essas empresas alguma vez deram lucro, quando nas mãos do estado?

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