Há mais um desacordo entre os tomarenses, situação banal em democracia. Desta vez o diferendo é sobre a Festa dos Tabuleiros. De acordo com os comentários chegados aqui ao blogue, há um grupo que propõe que não se realize a festa em 2011, devido à crise cada vez mais grave que atravessamos, e aos consideráveis prejuízos do recente tornado, bem como um outro, que pensa exactamente o contrário.
A nossa posição sobre tal matéria é já antiga e julgamos que conhecida dos nossos leitores. Somos pela festa, desde que previamente haja um redefinição de objectivos e a consequente adaptação aos novos tempos, salvaguardando bem entendido a pureza do cortejo. Tal como se tem realizado e está prevista, a festa grande dos tomarenses para pouco mais serve do que gastar dinheiro e botar figura. O tal penacho, de que os nabantinos tanto gostam. Para além destes dois aspectos, quando se indaga para que serve a festa, uma vez que praticamente já ninguém quer o pão nem a carne, a resposta é sempre a mesma -Para promover a cidade. Quanto a determinar de forma mais detalhada aquilo que na verdade se promove, ou os resultados concretos alcançados, nunca ninguém se deu a essa maçada, nem tenciona vir a fazê-lo. O que é pena.
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É pena, porque esta publicidade de página inteira, do jornal i, tendo por tema "100 MARAVILHAS DE PORTUGAL", e contando até com o patrocínio da EDP (reparar no ângulo superior direito), não inclui qualquer referência a Tomar. Nem Convento, nem Charola, nem Janela, nem Fatias de Tomar, nem Casa das Ratas, nem sequer o Gualdim de perfil. Nada! Já é azar! Todavia a demonstrar outrossim que as consideráveis somas dispendidas ao longo dos anos com suposta promoção, não passaram afinal de fundos atirados ao vento e que a alguém deram jeito. Valerá a pena continuar na mesma senda? É nosso entendimento que não. Contudo, quem somos nós para contrariar os senhores autarcas, legitimados pelo voto popular e todos inchados por esse facto? Alguns já levam mais de 10 anos sentados nas cadeiras do poder, pelo que nem sequer podem alegar falta de experiência...
Aproveitem, senhores, enquanto dura! Mas depois não venham lastimar-se, como é costume, que ninguém vos chamou a atenção para o problema da eficácia na área da promoção e, sobretudo, na da criação de valor acrescentado, sem o qual...