sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

PROMOVER A CIDADE? OU PROMOVER-SE?

Há mais um desacordo entre os tomarenses, situação banal em democracia. Desta vez o diferendo é sobre a Festa dos Tabuleiros. De acordo com os comentários chegados aqui ao blogue, há um grupo que propõe que não se realize a festa em 2011, devido à crise cada vez mais grave que atravessamos, e aos consideráveis prejuízos do recente tornado, bem como um outro, que pensa exactamente o contrário.
A nossa posição sobre tal matéria é já antiga e julgamos que conhecida dos nossos leitores. Somos pela festa, desde que previamente haja um redefinição de objectivos e a consequente adaptação aos novos tempos, salvaguardando bem entendido a pureza do cortejo. Tal como se tem realizado e está prevista, a festa grande dos tomarenses para pouco mais serve do que gastar dinheiro e botar figura. O tal penacho, de que os nabantinos tanto gostam. Para além destes dois aspectos, quando se indaga para que serve a festa, uma vez que praticamente já ninguém quer o pão nem a carne, a resposta é sempre a mesma  -Para promover a cidade. Quanto a determinar de forma mais detalhada aquilo que na verdade se promove, ou os resultados concretos alcançados, nunca ninguém se deu a essa maçada, nem tenciona vir a fazê-lo. O que é pena.

(Clique sobre a ilustração para ampliar)

É pena, porque esta publicidade de página inteira, do jornal i, tendo por tema "100 MARAVILHAS DE PORTUGAL", e contando até com o patrocínio da EDP (reparar no ângulo superior direito), não inclui qualquer referência a Tomar. Nem Convento, nem Charola, nem Janela, nem Fatias de Tomar, nem Casa das Ratas, nem sequer o Gualdim de perfil. Nada! Já é azar! Todavia a demonstrar outrossim que as consideráveis somas dispendidas ao longo dos anos com suposta promoção, não passaram afinal de fundos atirados ao vento e que a alguém deram jeito. Valerá a pena continuar na mesma senda? É nosso entendimento que não. Contudo, quem somos nós para contrariar os senhores autarcas, legitimados pelo voto popular e todos inchados por esse facto? Alguns já levam mais de 10 anos sentados nas cadeiras do poder, pelo que nem sequer podem alegar falta de experiência...
Aproveitem, senhores, enquanto dura! Mas depois não venham lastimar-se, como é costume, que ninguém vos chamou a atenção para o problema da eficácia na área da promoção e, sobretudo, na da criação de valor acrescentado, sem o qual...

7 comentários:

Anónimo disse...

-Sempre pensei que a Festa dos Tabuleiros (ou festa grande como lhe querem chamar) era uma afirmação cultural local, uma promoção da cidade (importante para o turismo que vier a haver) e uma fonte de receita. Pelos vistos o raciocínio não bate certo com as contas oficiais.
Mas não parece que o tornado e a crise justifiquem o cancelamento.
Não se levanta a moral metendo a cabeça na areia.
-Quanto ao facto da publicidade no jornal i ignorar Tomar, é mais um sinal realista da cada vez menor importância da urbe. A decadência das cidades faz-se e manifesta-se assim.
Não tenhamos ilusões: os políticos tomarenses dum passado recente deixaram essa marca. E os de serviço actualmente não mostram capacidade de inverter a situação. Para pouco mais servem que para se mostrar aos media e acompanhar ministros na desgraça(se possível de colete de emergência vestido!).
Tomar: um "case study".
Pedro Miguel

Anónimo disse...

Graças a Deus que vossa excelência compreende que os eleitos o foram pelo povo. Pode ser que um dia destes pare de dizer asneiras.

Joaquim Ferro Santos

André Ramos disse...

A festa é para a promoção de Tomar e para o turismo e a Madeira fez a festa depois da tragédia. Mas querem comparar uma terra que vive só do turismo e outra que no turismo está em 1920. Só um hotel, meia dúzia de pensões, poucos restaurantes e prédios a cair por toda a zona histórica A festa não deve fazer-se, mesmo para mostrar que o concelho além do tornado está em crise.
Outra coisa deixem-se de festas e as Juntas e Câmaras já deviam ter tomado esta decisão " os apoios do governo vão tardar e há que arranjar as casas dos necessitados" assim " para 2011 nenhuma Junta faz passeios de idosos 16 Juntas x 1000,00 ( média) dá 16000,00, Câmara 800 idosos x 20,00 = 16.000,00 mais Km autocarro 150.000 = 45.000,00 de combstivel, pneues e manutenção total somado o valor que dá para comprar telhas para 150 casas. É assim meus amigos que se poupa e acode aos necessitados. mas está visto, festas muitas festas, passeatas, tintol e bebedeiras, bailaricos e vereadores a dançar. Isto é Tomar não há volta a dar a não ser que tivessemos um PRESIDENTE DE CÂMARA que tomasse essa atitude de mandar parar as passatas em 2011 ( ano em que ão há eleições) e que ainda contribuem mais para o dinheiro sair de Tomar e quanto à FESTA DOS TABULEIROS optem por um figurino mais reduzido ( 200 tabuleiros) e não haver cortejo dos rapazes que ainda vai deixar os pais que são os mais desgraçados do concelho em piores lençois ( a miséria não está nos reformados, está nos casais novos desempregados, a ganhar mal e cheios de dívidas aos bancos)mas que coitados tem que ter um bom carro e o último grito dos telemóveis... nem que os filhos passem já passam centenas) mal em casa

Rogério da Pesqueira disse...

Porque razão nos meios de Comunicação Social nacionais e da urbe só aparece o autarca dos CASAIS e não se vê o de Santa Maria nem de S. João. Teriam sido as freguesias alvo da reforma administrativa em curso?
estará o de Casais a cavar terreno para encavar alguém da família na política?
Este case study devia ser aprofundado.
Ao que se sabe em Santa Maria há casos dramáticos ( Carrascal) e que ninguém liga nenhuma

Anónimo disse...

Rebelo = velho provocador ao serviço do general padrinho = novo censor,disfarçado de demócrata e até de socialista.

Se alguém tiver dúvidas perguntem aos "jovens" das gerações de 60 e 70 do século passado.

Que nojo!


João Cardoso

Anónimo disse...

A questão é muito simples, e é mesmo assim: o senhor dos Casais corre atrás das câmaras da televisão, tal como faz às câmaras dos jornalistas locais.

Anónimo disse...

Eu que nem de cá sou, mas que de vez em quando por cá passo, fico de boca aberta; e às vezes entra mosca!
E desta, entrou mesmo moscardo.
Sou funcionário de uma autarquia ali para as bandas da capital e porque não dizê-lo, de gestão (muito boa por sinal), à esquerda situada – esquerda verdadeira, não da cor-de-rosa.
Nós por lá, bem, nem outra coisa faria sentido, iremos ter as habituais e naturais confraternizações de Natal entre trabalhadores, eleitos e familiares; isto para a semana!
Um jantar, uma tarde de diversão para a criançada descendente de todos!
Ninguém, nem o mais encolhido forreta ousaria pensar não haver tais celebrações! (só capados ou desfilhados)!
Diz-me um familiar, funcionário local, que por cá, “para poupar e por conta da crise” os eleitos decidiram “cortar” no jantar de Natal e, assim, tumba, não vai haver nada para ninguém! Boa, comentei!...
Natal é quando se quer, disse-lhe ainda, para o alentar no seu aparente desconforto por tão insólita decisão! E mais lhe disse: ouve, pode ser que a coisa seja para melhor e, um dia destes, vão todos de passeio e jantaradas, a convite do vereador das festarolas, até à Madeira, e, assim, numa paulada dois coelhos: transferência para muito melhor do (pobre?) jantar de Natal e, ao mesmo tempo, o apoio sempre bem visto, ao povo necessitado da pérola da Atlântico!
Que não, responde, o que eles são é uma gentalha; se nem o Natal entendem!
Terá razão? Creio bem que sim; e pus o moscardo fora!