quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

AUTARQUIA TOMARENSE CONTINUA A FAZER GRANDES NEGÓCIOS


Com o apoio pelo menos tácito da oposição (quem cala consente), a maioria relativa laranja lá vai continuando a celebrar grandes negócios. Por ajuste directo, que é mais simples e mais rápido. Já se sabia da nova e provisória bancada pré-fabricada para o ex-estádio, agora campo de treinos mal amanhado. Com um custo total de 60 mil euros mais IVA a 21%, igual a 72 mil e 600 euros, que correspondem a 14.520 contos, não se pode dizer que tenha sido em conta. Mas se calhar havia urgência... Dado que este novo equipamento tem capacidade para apenas 300 espectadores sentados, na melhor das hipóteses, cada lugar custou aos contribuintes exactamente 248 euros = 48 contos e 400. Comentários para quê?
Uma das justificações que as autarquias costumam avançar para motivar ajustes directos é a urgência na realização dos contratos. Em 03 de Agosto passado, a autarquia tomarense celebrou com a empresa Lena Agregados um ajuste directo no valor de 50 mil euros mais IVA = 60.500 euros = 12 mil e 100 contos, tendo como objecto o fornecimento de areia durante os próximos três anos (1095 dias). Tendo em vista este prazo alargado de fornecimento, a urgência não terá sido de certeza o argumento usado. Sendo certo que há no concelho de Tomar várias empresas fornecedoras de areia e outros inertes, resulta insólito este ajuste com uma empresa de outro distrito. Ainda por cima bastante conhecida por outros motivos que não vêm agora ao caso.
Além dos aspectos já assinalados, há outros assaz pitorescos. Tomar a dianteira indagou e obteve um preço médio por metro cúbico de areia, a retalho, de 18 euros, IVA incluído. Tomando como base este preço por metro cúbico, os já mencionados 60 mil e quinhentos euros correspondem ao custo total de, no mínimo, 3.361 metros cúbicos, a fornecer em três anos = a três metros cúbicos por dia, incluindo domingos, feriados e dias santos.
Pelo menos assim à primeira vista, parece-nos demasiada areia para tão poucas camionetas. E vai daí, talvez não. O conhecido slogan daquele parque de exposições de Santa Maria da Feira é bem elucidativo: "Grandes feiras! Grandes negócios!"
Os senhores autarcas é que sabem. Tanto os da relativa maioria, como os da hipotética oposição. É tudo fruta da mesma árvore.

9 comentários:

Anónimo disse...

OS FILHOS E FILHAS AO PODER!
JÁ QUE AS MAMÃS E PAPÁS JÁ LÁ ESTÃO!

Anónimo disse...

De um estádio que apesar de apresentar deficiências em algumas estruturas passíveis de solução, passou-se para um campo de borracha paulino, a que agora os delfins do dito acabam de contemplar com uma "bancada" tão pequena e estreita quanto as mentalidades dessas eminências...

Anónimo disse...

Tomar esteve entregue a um menino que, tal como o chefe Cavaco, raramente se enganava e nunca tinha dúvidas!
Agora há que pagar o preço.
Mas o mais estranho é que os tomarenses insistiram na confiança no dito. verdade que as principais alternativas eram de susto: Alexandres,Mendes,Silvas,Ferreiras, ex-PSD's como Vitorino...
Aguentem-se e haja saúde.
Pedro Miguel

Anónimo disse...

A escadaria coberta não destoa! A “bancadita” condiz com a deplorável, estéril e decrépita obra do edil, refugiado da África do Sul, com origens ao que pregam na Trofa e abrigado, para desgraça nossa, em Tomar!
A miopia técnica de tão medíocre fautor, trouxe para esta nossa cidade, para esta nossa terra, para esta casa de todos os verdadeiros tomarenses, as mais inóspitas, incaracterísticas e pechisbeques pastichados em obras de que há memória por estas paragens (à imagem do seu inculto e tosco feitor)!
Sr. Dr. , a sua foto, é pena apresentar só a pindérica amostra de bancada; deveria exibir tudo: o descampado vedado a rede a que chamam campo de jogos, invenção a despropósito de tão iluminada cabeça!
Para mal de todos os que trabalham e querem fazer algo por esta terra. Porque o negociante, ao que se diz douradamente reformado, estará algures, facturando à custa do “investimento” feito durante os tempos em que, a desdém, ocupou a cadeira do poder !
Como o sabido faz jus aos ditos populares: viver não custa, custa é saber, ou ainda: em terra de cegos quem tem um olho é rei(e disso se gaba, ao que dizem, o sem vergonha)!

Anónimo disse...

ABARRACAR.
Esta é a norma que nos rege.
Destruimos um estádio para fazer um campo de jogos.
Depois pretende-se reconverter este em estádio. Mas aos poucos e em passo lento. Para o(s) autor(es) do projecto não se chatearem e para os contribuintes não se revoltarem contra o dinheiro a gastar.
Aquilo cada vbez mais parece o estádio do Cascalheira de Baixo...

Anónimo disse...

PARA PEDRO MIGUEL

Absolutamente de acordo! Os tomarenses votaram em massa no Paulino, o Paiva da Trofa, e repetiram o erro 2 vezes, por isso têm o que merecem! O curioso é que agora não aparece ninguém que tenha votado nele...!
Parece bruxedo, não é?

Anónimo disse...

Já foi apresentado a qeixa crime no ministério público que Luís Ferreira, e bem surgeria? essa queixa não deve deixar ninguém de fora.

O Gago até se borra todo se for chamado e os outros vereadores implicados e ex-presidente também.

- Seria bom numa altura em que o RELVAS um dos implicados anda na mó de cima.
ESTÃO À ESPERA DE QUÊ?

Que a queixa não seja aceite pro precrição?

Anónimo disse...

Sobre a bancada: tudo provisório/improvisado; do que era considerado um dos estádios mais bonitos do país, resta o que está à vista - um relvado sintético quase destruído, uma pista de tartan às moscas, uns 'caixotes' a servirem de balneários e uma mini-bancada aberta por todos os lados, tudo cercado por uma rede de arame, a fazer lembrar uma certa coisa... Dizem os mais entendios em contabilidade que o dinheiro gasto naquilo que é provisório (vamos ver até quando...),podiam fazer obra definitiva. Bastava acrescentar uns metros ao comprimento da bancada e dar-lhe uma inclinação diferente para nos espaços inferiores construirem os balneários e umas arrecadações. Mas enfim, quem somos nós, castigados contribuintes, para sugerir alguma coisa diferente de quem tem o poder de decidir nas mãos? Ao menos, uma vez que fosse, podiam ouvir o povo...
Zé Esperança

Anónimo disse...

Cada vez compreendo menos o porquê desta obra.
Cada vez compreendo menos por que razão se destruiu um estádio e se substituiu o mesmo por um campo de jogos.
Se era para termos ISTO mais valia termos ficado com o estádio anterior. Não era novo, mas era nosso.
Dizem os meus amigos do Bloco que a sua destuição foi um acto do barão contra o nome que o estádio ostentava.
Ora, eu não me tinha importado que lhe tivessem mudado o nome para estádio António Paiva. Não precisavam era de o ter destruído... e trocado por ISTO.