quarta-feira, 30 de junho de 2010

HÁ DIZER POR DIZER, HÁ DIZER E FAZER...

De novo na terra-mãe, lemos estes dois excertos, que não resistimos a transcrever. Conseguirão os nossos leitores identificar os respectivos autores? Damos uma pequena ajuda: Ambos são grandes admiradores de Tomar. Um proclama esse facto sempre que lhe dá jeito; o outro nunca o menciona, por ser discreto e sincero. Eis os referidos trechos:

"Não basta proclamar "lugares-comuns" nem repetir à exaustão a lista de remédios que já todos conhecemos. Se a isto não adicionarmos determinação e coragem na realização de reformas estruturais, nada do que é necessário fazer será efectivamente feito.
É um facto que há muito trabalho pela frente, que os enunciados são grandes e os cadernos de encargos pesados. Mas há acima de tudo que olhar para a realidade e para a atitude de cada um de nós, não apenas sob o prisma da lista programática, mas sob a lente de um conjunto de valores e de princípios, que nos anos mais recentes estiveram ausentes na política portuguesa. Sem esses valores de exigência, de seriedade e de rigor, nenhum caderno de encargos poderá ser cumprido com a eficácia que a situação exige e os cidadãos merecem."

Excelente, não é verdade? Agora só falta passar à prática...

"O governo vai ter que diminuir os vencimentos e o número de funcionários públicos, o montante de todas as pensões, os orçamentos de muitos organismos públicos e o número destes organismos; vai ter que cortar drasticamente nas consultorias técnicas que faz no exterior; e no número de gabinetes, de assessores, de adjuntos, que são centenas ou milhares de pessoas. Vai ter de cortar muito profundamente."

Não está mesmo a ver quem são os autores de tais afirmações? Então, para não sermos acusados de algum sadismo, aqui vai. Este último, que anuncia como inevitáveis as piores catástrofes para todos os que dependem dos dinheiros públicos, é o reputado sociólogo, formado em Genebra e antigo ministro da agricultura, o socialista António Barreto. O outro, pleno de coragem e de boas intenções é o grande amigo de Tomar Miguel Relvas, ex-(?) treinador e conselheiro principal do executivo tomarense. Quem diria, hã?

2 comentários:

Anónimo disse...

Uma dúvida: o sr. Relvas disse isso na Assembleia Mun. de Tomar? Na sede do PSD enquanto futuro membro do gov? Na AR,quando lá esteve,a propósito de nada?Numa reunião familiar de Natal ou de fim-de-ano?Numa campanha eleitoral para qualquer coisa? Fez-me lembrar que,quando era garoto, em minha casa entrava por vezes a "Crónica Feminina".Eu lia(e deliciava-me) com as "crónicas de Dª Licas". A Dª Licas tinha um dicionário secreto de frases feitas que, a propósito e sobretudo a despropósito "metia" na conversa com amigas e com resultados hilariantes. Mas as Licas desse tempo ficavam-se, e bem,pelos chás...

Unknown disse...

Miguel Relvas escreveu o que reproduzimos num artigo de opinião difundido pelo PÚBLICO.
A nossa intenção foi facultar aos leitores a comparação entre aquilo que escreve a nível nacional, e o que vai aconselhando que se faça ao nível aqui da parvalheira...