quarta-feira, 2 de junho de 2010

ANÁLISE DA IMPRENSA DESTA SEMANA

Uma vez não é costume, começamos por destacar dois temas, um apelo e uma conferência de imprensa. O apelo é de Luís Ribeiro, em tomaracidadeblogspot.com e merece leitura atenta...e respostas. A conferência de imprensa teve lugar ontem, no edifício da antiga biblioteca, com Graça Costa, Pedro Marques e João Simões, todos eleitos pelos IpT. Abordaram alguns aspectos da actual situação local, que consideram grave. Uma resposta indirecta para aqueles que, contra todas as evidências, continuam a afirmar que todas as críticas são apenas má língua e sinais de inveja. Pois! Mais detalhes, sobre as declarações referidas, nos sites da Rádio Hertz e d'O Templário.
E passamos ao MIRANTE, com foto de Pires da Silva na primeira página. Satisfeito com os seus cinco anos como presidente do IPT. Problemas? Muito trabalho, mas feito por gosto. Foi tudo uma maravilha e continua a estar tudo muito bem, no melhor dos mundos. Ainda n'O MIRANTE, destaque para a crónica de JAE, esta semana com um título muito ribatejano -"Os palermas do costume".

N'O TEMPLÁRIO temos mais uma vez a habitual preponderância de "faits-divers", pois parece que é o que vende jornais. Destaque para a corajosa tomada de posição do seu director, José Gaio, a propósito do triste caso daquele tomarense que há meses e meses "vive" nas antigas retretes públicas de S. Gregório, mesmo ali à ilharga do Hotel dos Templários. Realmente, trata-se de um drama de tal modo insólito na Europa Ocidental, que a prolongar-se, ainda acabará nalgum programa de grande audiência numa qualquer televisão europeia em busca de casos típicos e patuscos. Depois queixem-se que não têm sorte nenhuma! Se também nada fazem para a ter...

CIDADE DE TOMAR escolheu para manchete um título formalmente correcto, mas que poderá induzir em erro alguns leitores menos advertidos para as subtilezas do português. Na verdade, o presidente Corvêlo de Sousa não assumiu coisa alguma. Limitou-se a dar a entender que o Município tem dificuldades financeiras. Por conseguinte, em boa e límpida verdade, admitiu que, confessou que, mas não assumiu nada, e muito menos sem que...que faz toda a diferença. Traduzido à letra, o título publicado é = a "O presidente responsabilizou-se pelas dificuldades financeiras da câmara", muito longe daquilo que realmente por ele foi dito.
Também na primeira página do semanário decano da imprensa regional, outro título assaz estranho, não pela forma, mas pelo conteúdo: "ADIRN vai abrir loja de produtos regionais em Cabo Verde". Desculparão a ignorância crassa! O acrónimo ADIRN não significa "Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte"? Cabo Verde faz parte do Ribatejo Norte? Os produtos regionais a vender na futura loja serão ribatejanos? Caboverdianos? Ambos? A que propósito? Então em Tomar, com mais de 200 mil turistas por ano, há nítida falta de lojas de recordações, e a ADIRN contenta-se com a que já cá tem e resolve emigrar para Cabo Verde? Faz parte da sua missão?
Esta questão da ADIRN e das missões confiadas a cada entidade oficial ou privada, coloca o problema das incongruências portuguesas e tomarenses, que deixariam os europeus de boca aberta, caso delas viessem a ter conhecimento. Por exemplo: O governo acaba de tornar legal o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas recusa-se a legalizar o comércio do sexo, a mais velha profissão do mundo, que entre nós, como em qualquer outro país, movimenta milhões e milhões de euros...que não pagam impostos, porque são ilegais! Será lógico?
A nível local, a autarquia meteu-se a pagar obras na Mata Nacional dos Sete Montes, que não faz parte da sua jurisdição, mas não consegue mandar reparar as coberturas dos edifícios que lhe pertencem -Convento de Santa Iria, Moínhos da Ordem, Central Eléctrica, ex-biblioteca municipal. Da mesma forma, queixa-se de que os turistas vão ao Convento e não descem à cidade, mas vai melhorar e aumentar o número de lugares de estacionamento junto ao Convento de Cristo, que é gerido pelo IGESPAR e cujas receitas vão direitinhas para Lisboa. Em contrapartida o Largo do Pelourinho, que é da sua responsabilidade, continua por acabar. Outro tanto acontece com o infeliz Sousa. Nem lhe esclarecem o problema da casa paterna, da qual se diz expoliado e cuja contribuição continua a pagar, nem o realojam em local digno, pela força se necessário. Em resumo: fazem o que não lhes diz respeito; não cumprem as missões para que foram criados/eleitos. Tristes tempos estes! E ainda têm a lata de dizer que é só má-língua e inveja...

5 comentários:

Anónimo disse...

Sobre o dr. pires da silva do ipt, tem-se fartado de trabalhar: eleito por 3 anos, já vai com 5,5 de mandato (e de vencimento, a acumular com a reforma que já tinha antes de ser eleito).O sair na 1ªpágina é interessante: um outro jornal local lamentava-se que não recebia há anos publicidade do ipt!

Anónimo disse...

Um outro jornal local? Deixem-me adivinhar... será o Templário?!

Anónimo disse...

E o que tem isso de mais? O dr. Pires da Silva é livre de fazer publicidade onde quiser e O Templário, ou seja lá qual for, é livre de se achar merecedor da inclusão dessa publicidade.
Preocupante é que ao dia 4 (hoje) haja funcionários do IPT que ainda não receberam o ordenado do mês passado. Essa é que...

Anónimo disse...

O senhor pires da silva, do ipt, nunca teve perfil académico para estar à frente de um estabelecimento de ensino superior, falta-lhe saber académico e outros atributos... Mas para isso era necessário que Portugal fosse um país exigente também n ensino...

Mas que o ipt tem por lá muitos pires da silva, lá isso tem...

Anónimo disse...

Não é assim. Um dirigente do estado quando usa dinheiro público não deve, por ética, previligiar entidades.Sendo orgão de infomação ainda mais. Por isso as dúvidas sobre o comportamento do Governo no caso PT-TVI.